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04/07/2019

Tanquinho de gasolina é coisa do passado

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Foto Jornalista Autodata Empresarial

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Desenvolvidos no Centro Tecnológico da Delphi Technologies, em Piracicaba, SP, os bicos injetores aquecidos da marca estão no mercado nacional desde 2012. “Nossa tecnologia traz benefícios para as montadoras e para o usuário final. O aquecimento do combustível pode acontecer antes, durante e depois da partida do motor, dependendo das condições ambientais e do veículo, permitindo a diminuição da quantidade a ser injetada, economizando e poluindo menos”, conta Marcos Passos, Supervisor de Engenharia de Sistemas da Delphi Technologies.

 

O equipamento permite a eliminação do reservatório auxiliar de gasolina. “Como o ‘tanquinho’ já tem se mostrado ‘coisa do passado’, os desafios agora são outros, e as futuras legislações de emissões têm se mostrado as principais demandas da engenharia automotiva brasileira relacionadas ao powertrain”, explica Passos.

 

As legislações de emissões Proconve L7 e Proconve L8, previstas para entrarem em vigência em 2022 e 2025, respectivamente, demandam soluções como a redução significativa do etanol que não é queimado durante as combustões do motor, em especial para a partida do veículo em baixas temperaturas. “Neste ponto, os bicos injetores aquecidos da Delphi trazem uma vantagem em relação aos outros produtos e soluções disponíveis no mercado, pois o combustível é aquecido (ou vaporizado) desde as primeiras injeções”, afirma o engenheiro.

 

Em veículos com motores flex se fazia necessário – e ainda se faz, em alguns modelos – um reservatório auxiliar de gasolina, também conhecido como “tanquinho”, usado para ajudar na partida do motor quando abastecido com etanol em temperaturas por volta de 15°C ou mais baixas, situação comum nas regiões Sul e Sudeste do Brasil durante o outono e o inverno.

 

Isso ocorre porque a combustão do etanol é mais difícil em baixas temperaturas, pois só produz vapores apenas acima dos 12°C. É neste momento que acontece o aquecimento do combustível  a partir do aquecimento das paredes dos bicos injetores, o que faz com que ele se vaporize e permita combustões robustas, garantindo a partida do motor e dirigibilidade estável do veículo.

 

A determinação do uso do aquecimento de combustível é feita pelo módulo eletrônico de gerenciamento do motor (ECU), em conjunto com o módulo eletrônico de controle dos bicos injetores aquecidos, que trocam informações entre si pelas redes de comunicação disponíveis no veículo (ex: CAN, LIN).

 

Segundo a fabricante, a peça não necessita de manutenção, a não ser diante do funcionamento irregular do motor. No sistema de aquecimento do combustível desenvolvido pela Delphi Technologies, o módulo controla o aquecimento dos injetores individualmente e diagnostica falhas também individualmente. “Se houver problema em um dos injetores, os outros continuam funcionando normalmente. Além disso, uma lâmpada específica acende no painel, e o motorista será avisado caso algo esteja errado com algum dos componentes do sistema”, conclui o especialista.  

 

Foto: Divulgação