Neste Webcon AutoData o presidente da MWM, Luiz Eduardo Luzzi, conta sobre os planos da empresa
São Paulo – A descarbonização é tema cada vez mais presente em todo o mundo. Saber como serão movidos os veículos no futuro de curto prazo, especialmente no segmento de comerciais, é uma das grandes prioridades atuais. A MWM Motores que, recentemente, após o anúncio de fusão com a Tupy, poderá ganhar o status de ser uma das maiores produtoras independentes deste tipo de produto, aposta forte no caminho dos biocombustíveis, mais precisamente do biogás, como uma das alternativas que poderão vir a ser mais viáveis e eficientes, principalmente na América Latina. Seu presidente José Eduardo Luzzi, participou do Webcon AutoData.
“A MWM tem se destacado, até com certo pioneirismo, na questão da descarbonização e acreditamos que a opção do biogás é o caminho mais correto e adequado para o Brasil”, disse Luzzi. Segundo ele isto acontece porque, hoje, tanto empresas como governos — federal, estaduais e municipais — já trabalham com metas bastante claras de descarbonização:
“Não apenas pela questão ambiental mas, também, porque você ter um selo verde será um diferencial de mercado de agora em diante.”
A MWM acredita que o desafio da sustentabilidade está amparado sobre três princípios, que são o ambiental, o econômico e o social: “Dessa forma qualquer tipo de descarbonização que venhamos a desenvolver tem que ter com objetivos a preservação do meio ambiente, com benefício econômico e ganho social. O Brasil é um dos países com maiores potenciais de biomassa do planeta e, assim, com capacidade de produção de biometano extraordinário. E esta solução atende aos três requisitos no nosso ponto de vista”.
A empresa já investiu mais de R$ 20 milhões em diversas iniciativas que envolvem o desenvolvimento de biocombustíveis e produtos já estão no mercado, desde motores dedicados à geração de energia até o segmento veicular e de mobilidade.
O objetivo da MWM é trabalhar como protagonista principalmente no mercado de geração de energia com esta solução do biometano e, segundo contou Luzzi, a ideia é exportar esta solução: “Todo e qualquer país que tenha uma vocação agrícola ou que tenha uma grande produção de resíduos sólidos urbanos é um local com grande potencial de utilização do biogás ou do biometano”.
Ainda com relação ao futuro, principalmente no mercado internacional, o presidente da MWM disse que a compra, pela Tupy, certamente será muito positiva: “A Tupy é uma das maiores multinacionais brasileiras e está no mundo todo, fornecendo componentes, blocos e peças para praticamente todas as montadoras do mundo ocidental. E isto certamente nos abrirá portas importantes de agora em diante”.