Uma nova leva de mecanismos para ajustar a produção de veículos a atual demanda começou a ser anunciada nesta segunda-feira,13. Volkswagen, Mercedes-Benz e Hyundai Caoa vão paralisar a produção por ao menos algum período nos próximos dias.
A unidade de São Bernardo do Campo, SP, da Volkswagen será a responsável pela maior parada. A montadora terá apenas doze dias úteis em maio. Segundo informações obtidas pelo portal Car and Driver a companhia concederá férias coletivas de 1 a 13 de maio para os funcionários da unidade. Procurada, a Volkswagen preferiu não comentar o assunto, mas o sindicato local confirmou a parada.
A publicação teve acesso a um comunicado da montadora distribuído para fornecedores no qual afirma que não haverá recebimento de componentes durante as férias coletivas, com exceção de itens críticos que serão acertados pela logística da fábrica diretamente com os fornecedores.
Ainda no ABC a Mercedes-Benz concederá dois dias de licença remunerada aos funcionários: na terça-feira, 14, e quarta-feira, 15. Segundo nota da montadora de caminhões a breve parada “trata-se de mais uma medida para continuar a gerenciar o excedente na fábrica de São Bernardo do Campo, SP”.
A unidade tem 719 funcionários em lay-off e a data prevista para o retorno é 30 de abril. O Sindicato dos Metalúrgicos do Grande ABC informou, por meio de porta-voz, que já há uma negociação para tratar da situação do grupo de trabalhadores. A M-B informou em comunicado que “tem dialogado a todo momento com o sindicato para buscar soluções e gerenciar o excesso de pessoas na unidade”.
Centro-Oeste – A partir do dia 22 de abril os 1,6 mil funcionários da Hyundai Caoa em Anápolis, GO, terão férias coletivas de dez dias. Em nota a montadora afirmou que a medida serve “apenas para a readequação de estoque”.
Na unidade da Mitsubishi, em Catalão, GO, o temor é por demissões, de acordo com o sindicato local. A entidade foi notificada pela montadora que está revisando suas contas e que tem excedente de pessoal, porém não informou sobre medidas para contornar a situação. Em nota a montadora disse apenas que “como todas as empresas do Brasil está reavaliando as contas por causa da atual situação econômica do País”.
Chery – Enquanto isso a greve na Chery, instalada em Jacareí, SP, chegou ao oitavo dia na segunda-feira, 13. Representantes da montadora e do sindicato local reuniram-se durante a tarde, mas não chegaram a um acordo durante encontro na Superintendência Regional do Trabalho do Estado de São Paulo.
O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região afirmou em comunicado que o Ministério do Trabalho se comprometeu a enviar fiscais à fábrica da Chery para apurar as denúncias de irregularidades, que incluem má qualidade da alimentação oferecida aos operários.
No encontro o sindicato também cobrou dos representantes da Chery a assinatura da convenção coletiva da categoria, cumprindo salários e direitos dos trabalhadores. A resposta da direção da empresa deve ser apresentada ao sindicato na terça-feira, dia 14, em reunião agendada para 9h na unidade da Chery.
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