Mais boas notícias de início de ano, além daquelas geradas pela Nissan logo no quarto dia, dessa vez apresentadas em Detroit, Michigan, durante o primeiro dia do Naias 2016, evento mais conhecido como Salão de Detroit, nos Estados Unidos.
A Ford deve, até agosto, setembro, anunciar seu novo plano quinquenal – se não trienal. A General Motors anuncia a produção da nova família Cruze, sedã e hatch, ano-modelo 2017, em São Caetano do Sul, SP, ou Rosario, Argentina.
E a Volkswagen, por meio do presidente de seu conselho, falou com muita franqueza, e humildade, sobre sua encrenca maior, motores que escondiam a sujeira de emissões não coibidas – foi um instante muito importante, e até tocante, de muito contraste diante da alegada arrogância teutônica.
No caso da Ford o novo plano de investimentos não ignora sua operação de caminhões e implica, provavelmente, novos produtos.
No caso da General Motors a questão é descobrir o melhor lugar para produzir os novos Cruze à medida que São José dos Campos, por questões trabalhistas, e Gravataí, por impossibilidade de capacidade de produção, estão descartadas. De acordo com Marcos Munhoz, vice-presidente da General Motors brasileira, “em Gravataí não cabe e em São José dos Campos temos encrenca trabalhista. Rosário ou São Caetano ganharão esse volume, então”.
De qualquer maneira, e seja lá onde forem produzidos, esses novos Cruze serão mostrados no Salão do Automóvel de São Paulo, em outubro.
Detroit, o primeiro grande Salão do Automóvel do Ano, com 12 graus negativos lá fora – e sensação térmica de menos 18 –, parece querer voltar a resgatar seu passado glorioso. Os Estados Unidos produziram 17 milhões de veículos no ano passado, indicador de que o país vence a crise de maneira sustentável, e uma certa alegria toma conta, de novo, do Cobo Hall, Que não apresenta nenhum estande de montadora chinesa este ano.
A tônica das apresentações têm sido conectividade, veículos elétricos, mobilidade, prestação de serviços aos consumidores. Parece, até, que a ideia antiga de encantamento do consumidor volta com outro nome.
A Ford adota uma nova ideia para a sua comunicação de produtos, Make People’s Lives Better – fazer melhor a vida das pessoas em tradução razoavelmente livre –, e deixa claro quer seu core bussines tem tudo a ver com oportunidades emergentes, aquelas que a rotina da vida coloca sobre a mesa e sobre o colo de seus executivos. Mostrou a cara nova do Fusion, sua versão Platinum, ainda mais sofisticada, a híbrida e a plug-in. E a musculosíssima F-150 Raptor Supercrew, de impor respeito em qualquer situação, aquele tipo de veículo que parece a casa da gente.
Também a Mercedes-Benz mostrou novidades, como o SLC 43 e o novo Classe E. Mas vai aí uma crítica: como é que foi possível tornar o Classe E um carro tão feio?
Pela manhãzinha, mais frio ainda, foram anunciados os carro e utilitário do ano, indicação devidamente festejada pelos ganhadores: Honda Civic e Volvo XC 90.
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