AutoData - Brilho discreto em ritmo de recuperação em Detroit
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12/02/2016

Brilho discreto em ritmo de recuperação em Detroit

Mais boas notícias de início de ano, além daquelas geradas pela Nissan logo no quarto dia, dessa vez apresentadas em Detroit, Michigan, durante o primeiro dia do Naias 2016, evento mais conhecido como Salão de Detroit, nos Estados Unidos.

A Ford deve, até agosto, setembro, anunciar seu novo plano quinquenal – se não trienal. A General Motors anuncia a produção da nova família Cruze, sedã e hatch, ano-modelo 2017, em São Caetano do Sul, SP, ou Rosario, Argentina.

E a Volkswagen, por meio do presidente de seu conselho, falou com muita franqueza, e humildade, sobre sua encrenca maior, motores que escondiam a sujeira de emissões não coibidas – foi um instante muito importante, e até tocante, de muito contraste diante da alegada arrogância teutônica.

No caso da Ford o novo plano de investimentos não ignora sua operação de caminhões e implica, provavelmente, novos produtos.

No caso da General Motors a questão é descobrir o melhor lugar para produzir os novos Cruze à medida que São José dos Campos, por questões trabalhistas, e Gravataí, por impossibilidade de capacidade de produção, estão descartadas. De acordo com Marcos Munhoz, vice-presidente da General Motors brasileira, “em Gravataí não cabe e em São José dos Campos temos encrenca trabalhista. Rosário ou São Caetano ganharão esse volume, então”.

De qualquer maneira, e seja lá onde forem produzidos, esses novos Cruze serão mostrados no Salão do Automóvel de São Paulo, em outubro.

Detroit, o primeiro grande Salão do Automóvel do Ano, com 12 graus negativos lá fora – e sensação térmica de menos 18 –, parece querer voltar a resgatar seu passado glorioso. Os Estados Unidos produziram 17 milhões de veículos no ano passado, indicador de que o país vence a crise de maneira sustentável, e uma certa alegria toma conta, de novo, do Cobo Hall, Que não apresenta nenhum estande de montadora chinesa este ano.

A tônica das apresentações têm sido conectividade, veículos elétricos, mobilidade, prestação de serviços aos consumidores. Parece, até, que a ideia antiga de encantamento do consumidor volta com outro nome.

A Ford adota uma nova ideia para a sua comunicação de produtos, Make People’s Lives Better – fazer melhor a vida das pessoas em tradução razoavelmente livre –, e deixa claro quer seu core bussines tem tudo a ver com oportunidades emergentes, aquelas que a rotina da vida coloca sobre a mesa e sobre o colo de seus executivos. Mostrou a cara nova do Fusion, sua versão Platinum, ainda mais sofisticada, a híbrida e a plug-in. E a musculosíssima F-150 Raptor Supercrew, de impor respeito em qualquer situação, aquele tipo de veículo que parece a casa da gente.

Também a Mercedes-Benz mostrou novidades, como o SLC 43 e o novo Classe E. Mas vai aí uma crítica: como é que foi possível tornar o Classe E um carro tão feio?

Pela manhãzinha, mais frio ainda, foram anunciados os carro e utilitário do ano, indicação devidamente festejada pelos ganhadores: Honda Civic e Volvo XC 90.


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