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23/03/2018

Entidades empresariais comemoram queda na Selic

Foto Jornalista  Redação AutoData

Redação AutoData

A decisão do Copom, Comitê de Política Monetária, do Banco Central, de cortar em 0,25 ponto porcentual da taxa Selic, tomada na quarta-feira, 21, em Brasília, fez com que setores empresariais comemorassem mais uma baixa na taxa de juros, que caiu de 6,75% para 6,5% ao ano. Este foi o 12º recuo consecutivo.

 

Para o SPC Brasil, Serviço de Proteção ao Crédito, essa diminuição demonstra que o comitê ainda não encerrou o ciclo de queda na taxa iniciada em outubro de 2016. Segundo o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior, o novo recuo e as possíveis quedas adicionais trazem ainda mais estímulo à economia, que vem se recuperando de forma lenta:

 

“O espaço para uma nova queda na taxa de juros acontece porque a inflação segue controlada e as expectativas em relação ao seu futuro estão ancoradas em patamares abaixo da meta. Além disso, a recuperação econômica em curso se dá de uma forma muito lenta, afastando possibilidade de pressão inflacionária mais à frente”.

 

Para ele, o Banco Central sinalizou a continuidade do ciclo de expansão monetária, mas sem abandonar a dependência de novos dados.

 

Para a Fiesp, Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, apesar da baixa da taxa Selic, as pessoas e empresas que precisam de crédito ainda continuam pagando juros altos.

 

O presidente da Fiesp, Paulo Skaf, considera que o Banco Central tem que agir para derrubar as taxas e reduzir o custo do crédito no Brasil:

 

“No cheque especial, a taxa é de 323% ao ano, e, no cartão de crédito, 334%. Isso cria dívidas impagáveis. Quem depositou dez anos atrás R$ 100 na caderneta teria hoje R$ 198,03, enquanto uma dívida no cheque especial de R$ 100, também contraída dez anos atrás, representaria hoje R$ 4 milhões 394 mil 136”.