AutoData - Renault pretende novo recorde em 2019
Mercado
24/07/2019

Renault pretende novo recorde em 2019

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Foto Jornalista  Caio Bednarski

Caio Bednarski

Campinas, SP – A Renault projeta um novo recorde de participação de mercado para 2019 na comparação com o ano passado, quando conquistou fatia de 8,7%, a maior da sua história no Brasil, segundo seu presidente no País, Ricardo Gondo: “No primeiro semestre conquistamos 9,1% do mercado, superando o recorde do ano passado, e para o resto do ano a meta é crescer ainda mais, mas não posso revelar nossas projeções”.

 

Segundo Gondo o crescimento no ano passado foi puxado pelo bom desempenho de vendas de dois lançamentos: Captur com câmbio CVT e Kwid, sendo que o segundo foi o que representou as maiores demandas. Para este ano a expectativa é que esses modelos continuem crescendo no mercado e que as vendas da linha 2020 de Sandero, Logan e Stepway também aumentem.

 

O executivo também revelou outro plano da Renault: chegar a 10% de participação de mercado até 2022, seguindo a estratégia de crescer ano a ano. Com relação à posição no ranking das marcas mais vendidas hoje a Renault aparece como a quarta montadora que mais vende, mas o presidente disse que o foco da empresa nunca esteve em disputar colocações: “É legal estar na quarta posição, mas nunca trabalhamos pensando nisso. O nosso foco sempre foi manter o crescimento consistente ano a ano para atingir os 10% de share até 2022. Mas, se estaremos em quarto ou quinto lugar do ranking, tanto faz: a nossa meta é outra”.

 

Para as vendas totais da companhia no Brasil Gondo disse que a projeção é crescer 20% até dezembro, ante as 214 mil 914 unidades comercializadas no ano passado, de acordo com os dados da Fenabrave, enquanto a alta do mercado ficará em torno de 10%. O crescimento esperado para o mercado e para a Renault não resultará na expansão da rede de concessionários, que em 2019 continuará com trezentas casas.

 

Acordo com União Europeia

O acordo de livre comércio com a União Europeia trará pequenas mudanças a curto prazo para o setor, na visão de Gondo, porque levará de dois a três anos para que cada País valide o acordo no seu Congresso:

 

“Depois disso o impacto ainda será leve durante sete anos, pois o mercado abrirá com uma cota anual de 32 mil carros que serão vendidos no País e, dentro das vendas anuais no Brasil, esse volume terá uma pequena participação”.

 

 

Segundo o executivo o acordo terá impactos maiores quando começar a redução de impostos, que acontecerá do oitavo ao décimo quinto ano de vigência do acordo até começar o livre comércio. Para se preparar para esse momento a companhia precisa saber as regras claras de como tudo funcionará com antecedência:

 

“Nosso setor vive de grandes investimentos, então, precisamos saber quais serão todas as normas do acordo para nos prepararmos, mas no geral nós vemos o acordo de maneira positiva, tanto para o Brasil quanto para a Renault, e vamos analisar quais novos modelos poderão ser vendidos por aqui”.

 

Vendas Diretas

Para Gondo as vendas diretas não são um problema, pois a companhia acompanhou o crescimento desse segmento: “As vendas diretas, hoje, representam cerca de 47% do mercado e na Renault a divisão é a mesma”.

 

Fotos: Divulgação.