AutoData - Venda de implementos rodoviários cresce 33%
Implementos Rodoviários
13/01/2020

Venda de implementos rodoviários cresce 33%

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Foto Jornalista Roberto Hunoff

Roberto Hunoff

Caxias do Sul, RS – As vendas de implementos rodoviários ao mercado nacional totalizaram 120 mil 557 unidades no ano passado, com incremento de 33,5% sobre 2018. É o segundo aumento seguido, após três exercícios – 2015 a 2017 – de variações negativas, que somaram recuo em torno de 70% sobre o melhor resultado, em 2011, quando foram entregues perto de 191 mil unidades.

 

Historicamente o setor tem como carro-chave o segmento de carrocerias sobre chassis, na proporção de venda de 1,8 a 2 produtos com relação a cada reboque e semirreboque. Mas em 2019 a lógica se inverteu, e os veículos pesados somaram 63 mil 494 unidades, alta de 42%. Os leves consolidaram pouco mais de 57 mil, com elevação de 25%.

 

Para 2020 a expectativa da indústria é de novo desempenho positivo, com tendência de repetir o porcentual de 2019. Na avaliação de Norberto Fabris, presidente da Anfir, Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Rodoviários, existe espaço para a retomada mais robusta dos produtos leves diante do esperado aumento das operações urbanas para atender ao mercado de consumo.

 

Tomando por base os resultados a partir de 2011 o segmento de pesados apresentou no ano passado seu segundo melhor desempenho, abaixo somente de 2013, quando apurou perto de 71 mil unidades. Já o de leves tem mercado muito grande a recuperar, pois alcançou 107 mil emplacamentos em 2013 e teve seu pior resultado em 2017, de 35,5 mil unidades: “A queda de mercado é muito rápida, enquanto o retorno é sempre um movimento mais lento. Mas a atual curva positiva está se desenhando de forma consolidada, o que indica que poderemos ter um ano muito bom para a indústria de implementos rodoviários”.

 

Dentre as quinze famílias no segmento de veículos rebocados, apenas três apresentaram números negativos no ano passado. Os modelos canavieiros tiveram recuo de 17% e os tanques de inox de 31%. Os tanques de alumínio recuaram 95%, com a entrega de somente duas unidades. O maior incremento, de 67%, foi consolidado na família de dollys. Os veículos graneleiro e de carga seca seguem líderes de mercado, com 16 mil unidades, crescimento de 42% e participação de 25% no total.

 

No segmento de leves as seis famílias tiveram variações positivas. A mais relevante, de 230%, deu-se na linha de betoneiras, totalizando 568 unidades, reforçando a sensação de recuperação na indústria da construção civil. Os baús alumínio e frigorificados constituem o maior volume, com 23 mil 943 entregas e crescimento de 16%.

 

No mercado externo as vendas consolidadas foram as piores nos últimos dez anos. Com relação a 2018 o recuo foi de 34%, para 2,7 mil embarques. De 2011 a 2013 as exportações oscilaram de 5,4 mil a 5,8 mil unidades. Nos anos iniciais da crise, de 2014 a 2017, o volume, em média, foi de 3,5 mil implementos.

 

Foto: Divulgação.