São Paulo – Com o aumento da participação do CDC, crédito direto ao consumidor, nos financiamentos de caminhões no País, o BNDES iniciou uma espécie de ofensiva para reconquistar espaço com o Finame, que anos atrás era o principal produto financeiro aplicado na aquisição de veículos comerciais.
A instituição estabeleceu no ano passado, via circular, que grandes empresas com faturamento acima de R$ 300 milhões anuais também podem acessar a TFB, a taxa fixa BNDES, no financiamento de caminhões. Anteriormente, em 2018, o recurso era restrito às pequenas e médias empresas e o banco financiava 80% do valor do ativo.
Com a extensão às grandes empresas o valor financiado também foi alterado: saltou de 80% do valor total do veículo para, dependendo do perfil do comprador, 100% do valor total.
Ruy Meirelles, presidente do Volvo Financial Services, disse na quarta-feira, 5, que a TFB produziu reflexos diretos nas vendas de caminhões a partir das mudanças realizadas no ano passado:
“Não é um subsídio, como foi no passado, mas uma forma competitiva que o banco encontrou para poder voltar a ter espaço nos financiamentos. As taxas são tão interessantes quanto a dos bancos de varejo e torna-se uma opção a mais de produto bancário, que aumenta as possibilidades de se fechar um negócio”.
A TFB, na qual a variação do IPCA é pré-fixada, elimina a variação da taxa de juros ao longo do seu financiamento, o que garante previsibilidade do custo do empréstimo. Ou seja: quando o negócio é fechado utiliza-se a taxa Selic do dia em todas as parcelas do financiamento.
Segundo consta no site da BNDES com a TFB “é possível prever todo o fluxo de pagamento da empresa” e fica sob responsabilidade do banco “arcar com os riscos decorrentes das variações da inflação”.
Foto: Divulgação.
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