São Paulo – Os fabricantes de caminhões acreditam ser possível recuperar, em 2021, os volumes de vendas de 2019. Foi a projeção de Alcides Cavalcanti, diretor comercial de caminhões da Volvo, Ari de Carvalho, diretor de marketing e vendas de caminhões da Mercedes-Benz, Luis Gambim, diretor comercial da DAF, e Ricardo Barion, diretor comercial da Iveco, que participaram do segundo dia do Fórum AutoData Veículos Comerciais, na quarta-feira, 2, em ambiente virtual.
Carvalho, da Mercedes-Benz, disse que a projeção interna da companhia é de vendas de 95 mil a 100 mil unidades no ano que vem. "Minha torcida pessoal é para que o mercado passe das 100 mil unidades. Mas não se pode afirmar que isso acontecerá".
Barion, da Iveco, projetou o mesmo volume: "Poderemos chegar aos 100 mil veículos, mas precisamos de um cenário positivo, como vimos em novembro e como também estamos notando no começo de dezembro".
Os executivos da DAF e da Volvo fizeram um recorte para o mercado em 2021 considerando apenas os segmentos acima de 15 toneladas: nele a expectativa é de vendas em torno de 75 mil unidades, volume também próximo do que foi registrado em 2019.
Gambim ressaltou que a projeção de nova safra recorde de grãos e o PIB com o sinal positivo projetado para 2021 são pontos positivos, mas que também existem outros que devem ser monitorados de perto: "A cadeia de fornecimento é um ponto de atenção para 2021: dependemos deles e da capacidade de acompanharem a retomada".
Cavalcanti, da Volvo, incluiu os setores de mineração e de proteína animal na lista dos que deverão impulsionar as vendas de caminhões e lembrou de mais alguns pontos de atenção: "Indefinição quanto à chegada da vacina contra o coronavírus, alta nos insumos e desemprego e renda das famílias sem recuperação breve podem impactar de maneira negativa o desempenho do setor em 2021".
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