São Paulo — A Marcopolo projeta, em 2021, um primeiro semestre difícil no segmento carroçarias de ônibus por causa do temor da segunda onda da covid-19, afirmou seu presidente, James Bellini, durante o Fórum AutoData Veículos Comerciais, realizado em ambiente virtual na quarta-feira, 2. No caso do advento de uma vacina e dos seus possíveis efeitos positivos na economia, a tendência, segundo ele, é de que haja crescimento acelerado no segundo semestre, sobretudo no segmento de ônibus rodoviários:
"Com a volta do trânsito de pessoas é inegável que haverá recuperação nas vendas de ônibus rodoviários. O turismo demandará veículos com a volta da ocupação dos hotéis, um contraste ao que acontece hoje com as linhas regulares com baixa ocupação e boa parte da frota parada".
O cenário já é mais preocupante com relação às projeções da empresa para o segmento de ônibus urbanos: "É um setor que está em declínio nos últimos anos, sobretudo com a perda de passageiros para outros modais. A pandemia agravou a situação com a diminuição forte do fluxo dos passageiros. Precisamos urgentemente de subsídios para que haja modernização dos sistemas do País".
A empresa mantém produção em três fabricas: no Espírito Santo e duas em Caxias do Sul, RS, principal polo de produção de carroçarias de ônibus, após fechar sua unidade no Rio de Janeiro este ano. A respeito de um eventual ajuste da produção em função da baixa demanda, Bellini disse que há pouca margem para reduzir os quadros, uma vez que o setor já vinha operando de forma enxuta.
"Caso haja necessisade pode ser que haja lay-off em janeiro, mas não creio que reduziremos mais do que já reduziu."
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