São Paulo – Nos quatro últimos meses a Fiat esteve no topo do pódio do mercado brasileiro de automóveis e comerciais leves em três: outubro, novembro e janeiro. No primeiro mês de 2021 abriu vantagem sobre a Chevrolet, da General Motors: 19% de participação ante 16,4%, com mais de 4 mil unidades de diferença. As vendas dos modelos Fiat cresceram 19,3% no mês, comparado com janeiro de 2020, em um mercado em queda de 11,5% no período.
“Brigaremos pela liderança ao longo do ano todo”, disse Herlander Zola, diretor das operações comerciais da Fiat no Brasil. “Temos novidades importantes que ajudarão a incrementar os volumes.”
Zola cita, aí, a chegada dos SUVs Fiat. Sim: a marca alcançou a liderança em vendas do mercado nacional mesmo sem dispor de um SUV, o segmento queridinho do País no momento, em seu portfólio. O diretor credita o bom desempenho ao sucesso da nova geração da picape Strada, lançada em julho e que ainda enfrenta fila de espera, que, com o desabastecimento de insumos na indústria, chega até a 120 dias.
“A Strada ajudou a impulsionar as vendas de outros modelos do nosso portfólio. Deu mais visibilidade à Fiat, elevando a procura por Argo, Cronos, Mobi, Toro.”
O executivo garante que as vendas poderiam ser maiores caso a produção estivesse operando em pleno vapor e sem gargalos na cadeia. E o sucesso da Strada, de novo, colaborou para o desempenho deste começo de ano: “Fizemos apostas mais ousadas do que nossos concorrentes graças às previsões mais otimistas que tínhamos do mercado. Demos mais segurança aos nossos fornecedores que se prepararam para atender à demanda que esperávamos, e veio”.
Ele disse que as vendas efetivas, negócios fechados em concessionárias, antes dos emplacamentos, seguem no mesmo nível de dezembro. E não só na Fiat: em algumas concorrentes também há demanda maior, que só não se traduziu em estatística de vendas por causa da demora na entrega de carros. E de outros fatores como fechamento de comércio em alguns estados, e até dos Detran.
Zola enxerga, também, manutenção dos desafios nas próximas semanas, apesar das previsões de melhora: “O problema é de commodity e não afeta só o Brasil, é global. Ainda teremos que conviver com essas dificuldades nos próximos meses”.
O que não significa que a Fiat vá parar: além do SUV, prometido para o segundo semestre, chegará ao mercado a atualização visual da Toro, a versão com transmissão da CVT da Strada e o 500 elétrico. Em paralelo a rede trabalha na atualização da identidade visual, seguindo o processo de nova posição da marca iniciado em meados de 2020. Segundo Zola 10% das quinhentas concessionárias Fiat já estão com visual renovado. A expectativa é chegar a 50% ao fim de 2021 e renovar todas as lojas até dezembro de 2022.
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