São Paulo — Março foi histórico para o desempenho da Volkswagen Caminhões e Ônibus no Uruguai, onde somou cem veículos vendidos, volume nunca atingido antes por uma marca em um só mês. Segundo Leonardo Soloaga, diretor de vendas internacionais da VWCO, a empresa conseguiu aproveitar o momento de demanda aquecida do mercado uruguaio:
"O governo local liberou alguns incentivos para a indústria durante a pandemia e isso ajudou a manter o segmento de caminhões com boa demanda a partir do segundo semestre do ano passado, sendo um dos mercados que menos sofreu na região. Agora esses incentivos foram estendidos até o fim de maio".
Considerado um mercado pequeno, bem desenvolvido e bastante concorrido pelo número de marcas presentes, outro fator que impulsionou o resultado da companhia no Uruguai em março e no trimestre foi o trabalho da JC Lestido, representante local VWCO que se distinguiu diante dos concorrentes pela boa cobertura de suas concessionárias e pelo atendimento no pós-vendas, área em que aplica o conhecimento adquirido com a operação brasileira.
No trimestre a montadora somou 180 unidades comercializadas, conquistando a liderança do mercado de caminhões, com 28,6% de participação. O volume vendido foi 291,3% superior ao do primeiro trimestre de 2020.
O segmento leve, que representa 50% das vendas anuais, puxado pelo aquecimento da distribuição urbana, foi o que demandou a maior parte dos veículos vendidos pela VWCO, que atende o mercado com a família Delivery, tendo nas versões 11.180 e Express as preferidas pelos uruguaios. Mas o modelo líder de vendas está no segmento pesado, o Constellation, oferecido em versões 6×2 e 6×4.
Para o resto do ano o executivo não revelou quais são as projeções da companhia para o Uruguai, mas disse que não será possível manter o ritmo de vendas registrado em março, pois a alta foi puxada pelos incentivos — e o mercado também não comportaria esse volume o ano todo. Mesmo assim a VWCO quer manter sua participação atual e a liderança.
Em outros mercados a procura por caminhões também está aquecida, principalmente na Argentina, Chile, Colômbia, México e Peru, e isso impulsionou as exportações da VWCO em toda a região, com incremento de 98% na comparação com o primeiro trimestre de 2020.
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