São Paulo – Uma das maiores queixas – e, convenhamos, justificável –, com relação aos carros elétricos são os seus preços. Um compacto, por exemplo, chega a custar de três a quatro vezes mais do que um similar a combustão. É justificável, também, essa valoração, uma vez que o custo das baterias é elevado e compõe a maior fatia da equação, os modelos ainda são todos importados e tem o fator novidade, o fato de o comprador poder dizer que está na vanguarda da tecnologia. Pois o primeiro Mini 100% elétrico a desembarcar no mercado brasileiro custa em torno de 10% a mais do que seu similar a combustão.
Por R$ 239 mil 990 o consumidor leva para a casa a versão Exclusive do Mini Cooper SE, que, na linha S, custa R$ 214 mil 990. O que a Mini quer com isso? Acabar com os carros a combustão?
De certa forma sim. A marca do Grupo BMW anunciou em março que seu último carro a combustão será lançado em 2025 e que, em 2030, seu portfólio será 100% elétrico. Por aqui os eletrificados representam em torno de 60% das vendas da linha Countryman, que oferece uma versão híbrido plug-in. Rodrigo Novello, diretor de vendas e marketing da Mini, evitou fazer prognósticos com relação à linha Cooper, mas não esconde sua aposta alta no SE, o elétrico.
“Abrimos a pré-venda com uma meta que foi alcançada na metade do caminho”, disse o executivo à Agência AutoData. “No fim de maio pedimos mais um lote à fábrica de Oxford, na Inglaterra. E estamos de olho para atender à demanda local.”
O Mini Cooper SE é movido por um motor elétrico de 135kW, que gera 184 cv de potência. Seus doze módulos de bateria garantem autonomia de 234 quilômetros, segundo a companhia, no modo de condução convencional. Em um teste drive pela Capital paulista por cerca de três horas o nível da bateria caiu do 100% para 84%, com muito anda e para.
Este anda e para, aliás, ajuda na autonomia, pois existe o sistema de regeneração. Ele é acionado ao tirar o pé do acelerador e pode ser configurado para ser ainda mais eficiente.
Por dentro traz como inovação o ar-condicionado dual zone, ainda não muito comum dentre os elétricos. Seu sistema de infotainment traz integração com um aplicativo para smartphone e é compatível com Android Auto e Apple CarPlay sem necessidade de cabo.
São seis opções de cores e três de teto bicor, com uma exclusiva multitom. Ainda é possível personalizar o espelho retrovisor em amarelo em algumas versões.
E são três as versões: Exclusive, por R$ 239 mil 990, Top, por R$ 264 mil 990 e Collection, por R$ 269 mil 990. Até 30 de setembro os compradores ganharão ainda uma Mini Wallbox, o sistema de carregamento de bateria – mas ele também pode ser recarregado em uma tomada comum, de 220v.
Foto: Divulgação.