São Paulo – Três meses após revisar, para baixo, suas projeções para o mercado brasileiro de veículos em 2021 a Fenabrave fez nova correção na segunda-feira, 4, após o encerramento do terceiro trimestre. Mais uma vez a expectativa foi jogada para baixo: de 2 milhões 296 mil unidades caiu para 2 milhões 157 mil automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus, o que representaria crescimento não de 11,6% mas de 4,8% sobre 2020, ano profundamente impactado pela pandemia da covid-19.
Ou seja: a Fenabrave acredita que nos últimos três meses do ano sejam vendidos 579 mil 725 veículos no mercado brasileiro, média de 193,3 mil unidades por mês e volume 15% abaixo do registrado no último trimestre do ano passado, quando o consumo somou 684 mil veículos.
“Estamos diante de muitas incertezas e da maior crise de abastecimento de veículos nos últimos anos”, disse, em nota, o presidente Alarico Assumpção Júnior. “Isso nos fez reduzir as expectativas de crescimento para o ano, infelizmente.”
A crise de abastecimento reduziu em 200 mil unidades a expectativa de vendas de automóveis da Fenabrave para o ano, de 1 milhão 780 mil carros da projeção anterior para 1 milhão 580 mil na última. Representaria recuo de 2,2% ante 2020, em vez de crescimento de 10,2%.
Em compensação o bom desempenho dos comerciais leves fez com que a Fenabrave elevasse as expectativas para o segmento, de crescimento de 13,2% para aumento de 28,4% sobre o ano passado, somando 430,5 mil unidades. Da mesma forma foi elevada a projeção para o segmento de caminhões, que com 127,6 mil unidades deve crescer 43,1%, em vez dos 30,5% anteriormente projetados.
Para o segmento de ônibus a correção foi para baixo também: 1,1% de aumento, com 18,4 mil emplacamentos. Em julho a expectativa era de crescimento de 10,6%.
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