São Paulo – Chegou ao fim a greve na Renault de São José dos Pinhais, PR, após dezesseis dias com os trabalhadores de braços cruzados. Em assembleia na manhã da segunda-feira, 23, os metalúrgicos acataram a proposta de revisão do acordo de flexibilidade, PLR e benefícios e retornaram às linhas.
Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba os trabalhadores aceitaram proposta de R$ 22,5 mil de PLR para este ano e de R$ 23 mil para o ano que vem, caso a empresa atinja a meta de produzir 198 mil 160 veículos. Caso o volume suba para 244 mil unidades o valor será de R$ 27,5 mil em 2022 e R$ 28 mil em 2023.
Os salários serão reajustados em 13,7% ou INPC mais 1,5%, o que for maior, este ano, e aumento real de 1,5% em 2023. Vale-mercado também será corrigido com a inflação. Outras demandas do sindicato também foram atendidas, como equiparação salarial e mudanças no acordo fechado em 2020, válido por quatro anos.
O tempo parado deverá ser compensado pelos trabalhadores na proporção de 6 por 8, ou seja, oito horas de greve serão compensadas a cada seis horas de trabalho.
A Renault no Paraná emprega em torno de 5 mil pessoas e produz Duster, Captur, Kwid, Logan, Master, Oroch e Sandero e motores.