São Paulo – A indústria automotiva brasileira deu, em maio, seus primeiros sinais de reação ao produzir 205,9 mil automóveis, comerciais leves, caminhões e chassis de ônibus, superando em 6,8% o volume do mesmo mês do ano passado e em 10,7% o de abril. Segundo dados divulgados pela Anfavea na terça-feira, 7, foi a primeira vez no ano que a produção mensal superou as 200 mil unidades e o volume produzido em igual mês de 2021.
A última vez que o setor apresentou crescimento na produção de um mês para o outro na comparação anual foi em dezembro. Tinha sido, também, o último mês a romper a barreira das 200 mil unidades produzidas.
O acumulado do ano, porém, ainda segue negativo em 9,5%, com 888 mil unidades fabricadas, cerca de 100 mil a menos do que de janeiro a maio de 2021. De acordo com o presidente Márcio de Lima Leite a queda é efeito dos volumes mais baixos dos primeiros meses do ano, quando a crise de abastecimento, em especial dos semicondutores, fez com que muitas fábricas parassem a produção.
A situação ainda não foi totalmente resolvida, segundo o presidente: “Está melhor do que há algumas semanas, com tendência de leve acomodação nos próximos meses”.
De toda forma maio trouxe números melhores também nas vendas e nas exportações, uma sinalização de que a produção, nos próximos meses, poderá continuar em recuperação se, de fato, ocorrer essa melhora na cadeia de suprimentos.
O nível de emprego no setor ficou estável, com 101,8 mil trabalhadores, 0,1% acima do quadro registrado em abril. Mas em um ano a indústria perdeu 2,3 mil postos de trabalho.