São Paulo – De janeiro a junho foram comercializadas 636,6 mil motocicletas em todo o Brasil, volume que representa acréscimo de 23%, ou 119,2 mil unidades, com relação ao primeiro semestre do ano passado, quando os emplacamentos somaram 517,3 mil.
Os números configuram o melhor resultado acumulado para os seis primeiros meses de um ano desde 2015, quando foram vendidas 641,7 mil motocicletas, segundo a Abraciclo divulgou em entrevista coletiva de imprensa na terça-feira, 12.
As vendas de duas rodas 0 KM em junho somaram 120,8 mil unidades, incremento de 13,2% frente ao mesmo mês em 2021, quando 106,7 mil unidades foram emplacadas. Ante maio, que registrou 133,3 mil licenciamentos, houve recuo de 9,4%. Foi o melhor resultado para o mês desde 2013.
Segundo o presidente da Abraciclo, Marcos Fermanian, o varejo reflete, bastante, a disponibilidade: como os estoques estão baixos vende-se o que se produz.
No caso dos mais demandados, os modelos de baixa cilindrada, de até 160, que correspondem a 83,1% do mercado, existe fila de espera de até trinta dias, caso das scooters, comumente requisitadas para para deslocamento urbano. A categoria mais emplacada foi a street asfalto de baixa cilindrada, com 49,1% de mercado.
No primeiro semestre a produção totalizou 671,3 mil motocicletas, alta de 18% ou 102,4 mil unidades em comparação ao acumulado dos seis primeiros meses do ano passado, quando 568,9 mil saíram das linhas das montadoras.
Trata-se do melhor desempenho para acumulado de janeiro a junho desde 2015, quando foram fabricadas 697,5 mil motocicletas.
No mês passado foram fabricadas 101,7 mil unidades, queda de 3,6% ante junho de 2021, que registrou 105,5 mil motos, e de 21,6% com relação a maio, com 129,8 mil.
Fermanian contou que na última semana de junho foram concedidas férias coletivas para a realização de manutenções nas linhas de produção do Polo de Manaus, AM, e que, portanto, essa redução já era esperada.
“Em janeiro e fevereiro, tanto deste ano como do ano passado, sofremos impacto de novas ondas de covid-19 e perdemos produção. Esse volume ainda não conseguimos recuperar, até porque mantemos distanciamento dentro das plantas, o que não permite trazer mais gente para aumentar a quantidade fabricada.”
Mesmo com as adversidades da pandemia e com inflação e juros elevados, a demanda segue mais aquecida com relação ao ano passado, o que fez com que a Abraciclo revisasse para cima as projeções para 2022.
Comércio exterior – Foram exportadas 25,1 mil motocicletas de janeiro a junho, o que representa redução de 4,4% frente ao mesmo período em 2021, quando 26,2 mil unidades foram embarcadas.
Em junho foram exportadas 4 mil 592 motos, volume 23,3% menor do que as 5 mil 990 escoadas em maio. Em comparação com o mesmo mês do ano passado, em que 4 mil 409 foram exportadas, houve crescimento de 4,2%.
O executivo destacou o avanço da Colômbia, que respondeu por 28,9% das vendas externas, seguida por Argentina, com 25,5%, e Estados Unidos, com 19,2%.