Curitiba, PR – Foi por Curitiba, PR, onde está localizada a sua fábrica brasileira, que a Volvo decidiu iniciar os testes com o seu chassi de ônibus elétrico BZL na América Latina. A partir de setembro uma unidade importada da Suécia e encarroçada pela Marcopolo começará a rodar, operada pela Viação Sorriso, em linhas que atravessam bairros da Capital paranaense.
Não é o primeiro elétrico testado por Curitiba: chassis BYD, Marcopolo e Mercedes-Benz já rodaram pelas suas ruas. Após a Volvo a Higher Bus será avaliada pela Prefeitura.
Curitiba tem, já aprovado e com orçamento reservado, plano de investir R$ 200 milhões na compra de setenta ônibus elétricos a partir de junho de 2024. Os testes servirão para que a Urbs, Urbanização de Curitiba, empresa que gerencia o transporte coletivo na cidade, avalie o desempenho operacional, a autonomia, custo de energia por quilômetro, emissões, conforto e acessibilidade dos ônibus.
Os setenta ônibus não serão necessariamente todos da mesma fabricante, disse o prefeito Rafael Greca: “Temos orgulho da fábrica da Volvo, que gera muitos empregos em Curitiba. Esperamos agora que a Volvo se empenhe para conseguir nos fornecer com bom preço. Porque é isto que decidirá”.
Para aumentar a competitividade já está nos planos da companhia nacionalizar o chassi, que hoje paga 35% de imposto de importação. Concorrentes como Mercedes-Benz, Marcopolo e BYD já têm produção local.
O BLZ em testes em Curitiba possui 12m60 de comprimento e, por ter piso baixo, tem os quatro packs de bateria instalados no teto. Um motor de 272 cv, acoplado a transmissão automática de duas velocidades, empurra o veículo que tem capacidade para transportar até noventa passageiros. A autonomia chega a 300 quilômetros.
Testes também serão realizados em São Paulo, SP, em Santiago, no Chile, e em Bogotá, Colômbia. O BZL permite configuração com três a cinco packs de baterias e até dois motores, dobrando sua potência. Também pode ter outras configurações — em Bogotá, por exemplo, o comprimento é de 9m60.
Na Capital paulista os testes deverão começar em outubro ou novembro. Um chassi com carroceria Caio, atendendo às exigências da SPTrans, que administra o transporte paulistano, rodará operado pela TransWolff.