Curitiba, PR – A Volvo dedicou R$ 250 milhões, de seu pacote de investimento de R$ 1,5 bilhão para o Brasil até 2025, para nacionalizar a produção de ônibus elétricos. A ideia é produzir na fábrica de Curitiba, PR, ao menos quatro configurações de chassis: midi, padron piso alto, articulado e biarticulado, para atender a demandas de cidades brasileiras que já têm a eletrificação no radar.
Segundo o presidente da Volvo Buses, André Marques, os chassis atualmente produzidos na unidade serão eletrificados: “Os elétricos sairão da mesma linha que os atuais a diesel. Só precisamos fazer adaptações para a montagem de componentes como as baterias. Alguns itens, como freio, suspensão e direção, são os mesmos. Para os demais estamos em busca de fornecedores locais”.
Um fornecedor natural é a BorgWarner, pois os modelos produzidos na Suécia, atualmente importados para testes em operadores locais, usam bateria Akasol. Estes componentes são montados pela empresa em Piracicaba, SP, para atender à Mercedes-Benz, o que naturalmente poderia ser ampliado para fornecimento à Volvo.
A data do início de produção foi mantida em sigilo. Marques disse apenas que será “em breve”.
A Volvo espera, na verdade, os testes com seus modelos em cidades da América Latina. A primeira será Curitiba, já a partir de setembro, com carroceria Marcopolo, e em outubro ou novembro começarão os testes em São Paulo com carroceria Caio. Com a aprovação dos operadores viriam as encomendas e, assim, seria justificada a montagem local, pois chassis elétricos, ao contrário de carros de passeio, ainda pagam 35% de imposto de importação.
Segundo Marques a unidade de Curitiba tem plenas condições de atender à demanda brasileira por chassis, elétricos ou a diesel: “Já chegamos a montar de dez a doze chassis por dia e temos condições de atender a este volume, com flexibilidade”.
Os chassis em testes em operadores nacionais, quando importados, chegam por meio do Porto de Paranaguá, PR, e de lá partem diretamente para os encarroçadores.