São Paulo – O avanço e o futuro do biogás e do biometano no Brasil foram debatidos durante o 10º Fórum do Biogás, realizado em São Paulo, pela Abiogás, Associação Brasileira do Biogás. O setor calcula que poderá gerar até 49 mil empregos diretos até 2029, ampliando para 6,6 milhões de m³ de biometano produzidos por dia no Brasil. Esta é a projeção com a qual a associação trabalha a curto prazo, mas o potencial produtivo do País é muito maior, podendo chegar a 216 milhões de m³ por dia, caso os investimentos necessários sejam feitos e o mercado evolua, o que geraria mais de 800 mil empregos diretos e indiretos.
Com perspectiva de crescimento para os próximos anos a Abiogás assinou termo de cooperação técnica com a Seenemar, Secretaria de Energia e Economia do Mar do Rio de Janeiro, para acelerar o desenvolvimento do biometano e do biogás no Estado. O acordo terá duração até o fim de 2025 e prevê a criação de novos projetos, debates e realização de eventos para troca de informações sobre o setor.
Renata Isfer, presidente executiva da Abiogás, que abriu o evento, disse que a décima edição do Fórum acontece em um momento crucial para o setor: “A tecnologia para a cadeia do biogás e do biometano já se desenvolveu e as autoridades e governos já perceberam a importância fundamental dessas fontes na matriz energética brasileira. Por isto estamos colaborando intensamente para tornar essas transformações realidade e acreditamos que isso será realidade nos próximos anos”.
O biogás e o biometano são vistos como uma grande alternativa para a descarbonização de setores desafiadores, como os veículos pesados, e também para gerar para o País a autossuficiência energética. Atualmente o Brasil possui novecentas plantas de biogás no Brasil e outras vinte de biometano, sendo que a produção de biometano em seis unidades é autorizada pela ANP e, por isto, pode ser distribuída para todo o Brasil, enquanto as outras catorze são fábricas para uso interno, sem comercialização.