São Paulo – O segmento de locação de máquinas de construção começou o ano aquecido e com demandas em alta, segundo o vice-presidente da Case Construction para a América Latina, Carlos França. O primeiro trimestre registrou volume alto de cotações, com boas perspectivas de vendas para os próximos meses:
“Para a Case é o maior mercado no Brasil: cerca de 31% das nossas vendas foram para a locação em 2023 e este porcentual deverá aumentar em 2024, pois o primeiro trimestre foi bastante aquecido. Considerando o mercado geral de máquinas de construção este segmento representa 25% de tudo que é vendido no País”.
A demanda crescente das locadoras por máquinas está sendo puxada por dois fatores principais, a expansão da frota e a renovação, pois a idade média dos equipamentos disponíveis para locação varia de três a cinco anos de uso. Outro movimento importante é a aquisição de pequenas locadoras pelas grandes, que estão se consolidando no mercado e abrindo capital para ganhar fôlego e ampliar o volume de máquinas em suas frotas.
Sobre o interesse da empresa em também entrar no segmento de locação o vice-presidente afirmou que, no momento, não existem planos de criar uma nova empresa e que a Case Construction seguirá com foco na comercialização de máquinas para os seus distribuidores.
O agronegócio também é um segmento forte para os negócios da empresa, representando cerca de 12% das vendas em 2023, mas este porcentual já foi maior em outros anos, chegando a 15%. Outros ramos também são atendidos pela Case Construction, como o florestal, mineração, construção e infraestrutura, indústrias e governo.
Financiamentos
Ao contrário do que ocorreu no mercado de veículos leves nos últimos anos, que registrou mais vendas à vista do que financiadas por causa dos juros altos, o mercado de máquinas ainda depende muito dos financiamentos e os negócios à vista não representam mais do que 10%, porcentual que é quase todo das locadoras, que são as que possuem mais capital para fugir dos juros.
Carlos França espera que em 2024 os juros dos financiamentos sejam menores porque há uma tendência de queda na taxa básica de juros do País, que já é menor do que em 2023, e a modalidade de CDC, a mais usada no segmento, deverá ganhar força ao longo do ano. Outra opção para financiamentos em 2024 é o Finame 4.0 para máquinas, que oferece taxa diferenciada para equipamentos que possuem tecnologias ligadas a soluções avançadas de manufatura e serviços de IoT, internet das coisas, e a Case possui alguns equipamentos que atendem a estas normas.