Mas compacto contrariou as expectativas e não é o elétrico mais barato do Brasil
São Paulo – Em torno de 6,5 mil pessoas reservaram, de domingo, 25, até a manhã da quarta-feira, 28, um Dolphin Mini pelo Mercado Livre sem nem mesmo conhecer os pormenores do carro. A estes consumidores a BYD ofereceu um bônus de R$ 10 mil de desconto e o carregador, que custa R$ 7 mil. Até o fim da quarta-feira a promoção segue: o compacto elétrico está disponível por R$ 98,8 mil. Após o período o modelo, com carregador incluso, custará R$ 115,8 mil.
Não ganhou o título de elétrico mais barato do Brasil, contrariando a expectativa do mercado: este posto ainda é do Renault Kwid E-Tech, de R$ 99,9 mil. De toda forma a BYD aposta forte no compacto e garante que até 10 mil unidades serão entregues em sessenta dias. E, segundo seu chairman, Alexandre Baldy, será produzido em Camaçari, BA.
O Dolphin Mini tem porte superior aos demais compactos do mercado, como Fiat Mobi e Renault Kwid. Seu entre-eixo tem 2,5 m, 8 cm acima do Kwid E-Tech. Tem 1,71 m de largura e 3,78m de comprimento, 34,5 cm menor do que o Dolphin. Mas está homologado apenas para quatro ocupantes e tem porta-malas de 230 litros.
“Estamos estudando uma versão com cinco lugares. Depende de homologação e de conseguir manter o conforto para os passageiros traseiros”, disse o diretor de vendas Henrique Antunes. “Na China só existem opções de quatro lugares. Seria uma configuração inédita.”
Internamente oferece bom pacote tecnológico, com tela flutuante de 10 polegadas que faz rotação, conexão 4G e armazenamento em nuvem. O painel de instrumentos também está em uma tela LCD de 7 polegadas e oferece diversas informações ao motorista. Há ainda carregador por indução para smartphones.
Montado sobre a mesma plataforma do Dolphin oferece seis airbags e sistemas de auxílio à condução como assistente de partida em rampa, de controle de cruzeiro e estacionamento, além de câmara de ré automática. Seu motor elétrico alcança potência de 75 cv com torque máximo de 135 Nm. A autonomia da bateria, segundo o Inmetro, é de 280 quilômetros. Pode ser carregado em qualquer tomada comum, garante a empresa.
Antunes disse que a expectativa inicial era comercializar 25 mil unidades do Dolphin Mini no ano: “Será o nosso carro de maior volume. Mas já estamos revendo este número com o desempenho dos primeiros dias. Temos condições de atender ao mercado caso haja demanda maior”.
Um dos públicos que a BYD pretende atingir é o de motoristas de aplicativos. Fez até parceria com a 99, empresa de mobilidade, que por seis meses cobrará taxa menor, de 9,99% por corrida, dos motoristas que comprarem um Dolphin Mini. Quem adesivar o carro terá taxa zero. O Banco Santander e a Porto Seguro também aderiram à ideia e oferecem condições especiais para financiamentos e seguro.