Londrina, PR – Poucos meses após anunciar aporte de R$ 7 bilhões no Brasil até 2028 a General Motors já negocia com a matriz o aumento deste valor, conforme afirmou à Agência AutoData seu vice-presidente de políticas públicas e comunicação, Fábio Rua. Segundo ele o anunciado foi apenas uma primeira fase do novo ciclo:
“Os R$ 7 bilhões da primeira fase estão confirmados, mas a tendência é que o valor aumente. Já estamos trabalhando para isto, com a intenção de trazer novos projetos para o mercado brasileiro”.
Segundo ele a aprovação do Mover, Programa Mobilidade Verde e Inovação, animou a diretoria da GM, que pretende investir cada vez mais no Brasil. A intenção é tornar o País um hub de exportação para todos os países das Américas abaixo do México, com produção nas fábricas brasileiras de São Caetano do Sul, São José dos Campos, SP, e Gravataí, RS. O Mover pode auxiliar neste projeto trazendo mais competitividade da porta para fora, segundo Rua, com medidas como a criação do IPI verde, como exemplo.
No ano passado as exportações da GM, que seguem para mais de 25 países a partir do Brasil, recuaram mais de 20%: “Temos potencial para produzir mais, nossa capacidade ociosa nas fábricas ainda é muito grande. Queremos mudar este cenário e, com maior competitividade, podemos produzir mais para exportar e também para atender ao mercado local, que com aumento do poder de compra da população e do cenário de crédito pode nos ajudar a ocupar mais as nossas fábricas”.
O vice-presidente disse que a intenção é explorar mais os países das Américas, mas as condições tributárias atuais não permitem o avanço desejado. Um exemplo disso é o Chile, que recebe veículos de outras plantas da GM no mundo porque são mais competitivas na comparação com uma exportação a partir do Brasil devido ao sistema tributário atual.