São Paulo – A Texa do Brasil, importadora de equipamentos para concessionárias, oficinas e montadoras, dobrou o tamanho da sua sede em São Caetano do Sul, SP, após colher bons resultados no Brasil nos últimos três anos. O investimento, cujo valor não foi divulgado pelo CEO Nicola Nesci, teve como foco a expansão do galpão, agora com 2 mil m², e da mão de obra, dobrando o quadro de funcionários para quarenta pessoas:
“Temos quatro departamentos principais: suporte técnico de pós-vendas, área comercial, marketing e administrativo, sendo que o último cuida de toda a parte de estoque e logística. Contratamos para todas as áreas”.
Os negócios começaram por aqui em 2014 e mesmo durante a pandemia a Texa conseguiu avançar e registrar crescimento médio de 30% ao ano. O resultado chamou a atenção da matriz na Itália e motivou a vinda do CEO global, Bruno Vianello, para o Brasil pela primeira vez, para acompanhar a inauguração da expansão e para conhecer de perto a operação, que é considerada importante para os resultados globais da empresa.
A área do estoque foi ampliada e a Texa investiu na importação de alguns componentes para ter pronta entrega no País, para tornar mais ágil o atendimento dos clientes. Segundo Nesci processo de importação é lento e, se fosse fechar a venda para depois trazer o produto para o País, prejudicaria o crescimento dos negócios. Outra área expandida foi as salas de treinamentos, que contam com novos equipamentos e ferramentas.
O principal produto da Texa no Brasil é o scanner multimarcas, que pode ser usado em qualquer tipo de veículo para identificar possíveis problemas em seu funcionamento. A empresa possui uma versão pequena para motos, uma intermediária para veículos leves e outra maior para veículos pesados: “Esse produto é considerado um iPhone do setor automotivo, desenvolvido e testado com muito rigor para entregar resultados de alta qualidade”.
A empresa também aposta por aqui no verificador de ar-condicionado, equipamento que identifica a perda de potência do sistema de ar dos veículos, alertando para a necessidade de manutenção. Este equipamento, segundo o CEO, já é usado por muitas montadoras em outros países e, por aqui, as empresas também estão procurando esse tipo de equipamento, assim como mecânicos independentes e concessionárias.
Atualmente, 75% do faturamento da Texa no Brasil vem dos negócios com mecânicos independentes e os outros 25% é resultado das vendas para montadoras.
Novos negócios
A Texa iniciou a produção de motores elétricos na Itália, entrando em um novo segmento, com uma nova unidade produtiva. Alguns grandes clientes já foram conquistados, caso da Lamborghini. Segundo o CEO da operação no Brasil, inicialmente o foco será na Europa, mas nada impede que no futuro a empresa avance neste segmento também no País.