São Paulo – Nos primeiros sete meses do ano a Royal Enfield registrou a venda de 9,1 mil motocicletas no mercado brasileiro, crescimento de 44% sobre o resultado de período idêntico em 2023. A expansão não deverá parar por aí, segundo seu diretor executivo para a América Latina, Gabriel Patini: até dezembro dez concessionárias serão abertas, somando 38 pontos de venda, e o ritmo da montagem em Manaus, AM, subirá, também com a introdução de novos modelos. A expectativa é fechar o ano com 17 mil a 20 mil unidades vendidas.
Hoje a operação brasileira é a maior depois da Índia, segundo Patini. No mês passado a fábrica de Manaus entregou mais de 2 mil unidades: “Há capacidade para produzir mais. Temos, hoje, um gargalo na linha de produção de kits CKDs na Índia, mas dois turnos adicionais serão abertos apenas para atender à demanda do Brasil”.
Patini calcula que a Royal Enfield tem condições de vender em torno de 35 mil motocicletas por ano no Brasil. Com a expansão da rede, que em 2025 deverá alcançar sessenta casas, a produção deverá ficar na ordem das 2 mil unidades por mês – e toda ela é direcionada ao mercado local, que, no caso, é abastecido totalmente por Manaus.
As motocicletas são produzidas na fábrica da Dafra em uma operação logística complexa: os kits são produzidos na Índia e são embarcados para o Brasil: “Da produção à chegada na fábrica são pelo menos cinco meses. Só no navio são três meses, e ainda temos os transportes internos”.
Uma parte dos itens são comprados de fornecedores nacionais, como as baterias. O objetivo é atender o PPB exigido na Zona Franca de Manaus e não pagar imposto de importação, que em motocicletas chega a 35%.
A diretoria está de olho, também, na seca da Amazônia: os rios por onde as peças e motocicletas transitam estão em torno de 4 m 50 abaixo do nível do ano passado. Mas, por enquanto, as operações seguem normalmente.