São Paulo – Daniela Mitsueda foi nomeada gerente de marketing da Mahle Lifecycle and Mobility, passando a se reportar diretamente a Rafael Humberto da Silva, chefe de marketing e produto para a América do Sul.
Ela acumula mais de vinte anos de experiência nos setores de telecomunicações e automotivo, com passagens por Hyundai, Nakata e Frasle, na qual trabalhou nos últimos três anos. Tem especialização em gestão de marketing e vendas pela FGV e MBA em estratégia de negócios m marketing digital pela ESPM.
São Paulo – A partir de 1º de janeiro Maurílio Pacheco da Silva Neto assume a diretoria comercial da Toyota do Brasil, sucedendo a José Ricardo Gomes, que ocupa o posto desde 2022. O executivo de 43 anos retorna ao Brasil após passagem pela operação da companhia no Peru como gerente executivo comercial. Silva Neto ingressou na Toyota em 2007, como trainee de planejamento de vendas. Teve passagens por planejamento de produto e controle de produção e logística.
Gomes irá para a matriz, no Japão, onde assumirá a gerência geral de planejamento de negócios e cadeia de valor da Toyota global.
Outra mudança foi a expansão da atuação de Nancy Serapião, chefe da Lexus no Brasil, que terá sob sua responsabilidade também a Gazoo Racing. Ela passa a ser reportar diretamente ao novo diretor comercial.
Daniel Grespan, que liderou a chegada da Gazoo Racing ao Brasil e ocupa a gerência geral da qualidade para a região, passará a operar como project advisor na divisão esportiva.
São Paulo – Diante da ameaça de produtos de empresas com origem na China, e da adoção mais lenta do que a esperada de carros 100% elétricos na Europa, a Comissão Europeia divulgou na terça-feira, 16, regras flexibilizadas para as emissões de escapamentos dos carros produzidos e vendidos no continente. A intenção de banir os motores a combustão a partir de 2035 foi deixada de lado: eles poderão continuar desde que combinados com alguma tecnologia de eletrificação.
A meta agora é 90% de redução das emissões de escapamento e os 10% restantes compensados pelo uso de combustíveis sintéticos, renováveis e aços de baixo carbono produzidos na União Europeia. As reduções de emissões em vans deverão ser de 40%, não mais os 50% antes definido. A Comissão propôs também uma alteração específica para veículos pesados, sem entrar em pormenores.
As frotas corporativas deverão obedecer metas nacionais de emissão zero ou baixa emissão e incentivos governamentais só poderão ser concedidos para produtos fabricados nos países membros.
Também foram definidos incentivos para a industrialização local: para incentivar a produção de modelos elétricos pequenos serão gerados supercréditos, que poderão ser usados nos carros maiores e furgões. E o programa Battery Booster, com 1,8 bilhão de euros, ajudará a incentivar o desenvolvimento de cadeia de valor de baterias na região.
São Paulo – As vendas de automóveis e comerciais leves no mercado peruano somaram 16,8 mil unidades em novembro, o melhor resultado para o mês nos últimos 13 anos. Na comparação com igual período do ano passado houve crescimento de 32% e de 1,2% sobre outubro, de acordo com os dados divulgados pela AAP, Associação Automotiva do Peru.
No acumulado de janeiro a novembro foram comercializados 168,8 mil unidades, expansão de 21,6% na comparação com iguais meses do ano passado. Caso dezembro siga o ritmo mensal registrado ao longo do ano o mercado encerrará 2025 acima dos 180 mil veículos leves vendidos, de acordo com Alberto Molrisaki, gerente de estudos econômicos e estatísticas da AAP:
“Os resultados de novembro confirmam o forte dinamismo que o mercado vem demonstrando, impulsionado por uma demanda sólida e melhores condições de financiamento”.
As vendas de caminhões, em novembro, chegaram a 1,9 mil unidades, expansão de 36,4% com relação ao mesmo mês de 2024 e queda de 13,6% na comparação com outubro. No acumulado do ano o segmento chegou a 18,8 mil vendas, volume 34,3% maior do que o vendido em idênticos meses do ano passado.
O segmento de ônibus também registrou crescimento em novembro, com 419 unidades, expansão de 43% sobre igual mês do ano passado e alta de 43% na comparação com outubro. No acumulado de onze meses as vendas de ônibus cresceram 35,6%, com 3,6 mil unidades.
São Paulo – O setor automotivo está, por ora, a salvo das novas tarifas criadas pelo governo do México para cerca de 1,5 mil produtos: o acordo automotivo do Mercosul garante a isenção de impostos aos produtos para lá exportados. Na semana passada foram aprovadas, pelo Congresso do México, alíquotas de 5% a 50% para alguns produtos e países. Segundo cálculos da CNI, Confederação Nacional da Indústria, o impacto pode chegar a 15% das exportações brasileiras para o México.
Anfavea e Sindipeças, consultados pela reportagem, informaram que não haverá mudança nos itens que estão no acordo automotivo e que atendem às regras de origem. As duas entidades ressaltaram, porém, que esperam a publicação oficial da lista para ter total certeza.
De janeiro a novembro, segundo a Anfavea, foram exportados 75,2 mil veículos do Brasil para o México, queda de 15,2% sobre o mesmo período do ano passado. As exportações de autopeças, por sua vez, somaram US$ 626,2 milhões, de janeiro a outubro, de acordo com o Sindipeças, recuo de 19%.
São Paulo – Otimista com seu ano positivo de vendas, na direção oposta ao mercado, que sofreu um forte baque principalmente nos caminhões extrapesados, a Mercedes-Benz está rindo à toa. Após acumular crescimento de 11% nos emplacamentos de janeiro a novembro, com 25,6 mil unidades, a companhia tem muitos planos para 2026. Foi o que demonstrou Jefferson Ferrarez, vice-presidente de vendas, marketing, peças e serviços de caminhões, durante balanço do ano realizado na noite de terça-feira, 16:
“2026 é um ano que promete muito. Seguimos acompanhando os desafios, mas também temos ciência de que será um ano repleto de oportunidades. Vislumbramos investimentos em vários setores da economia, como em áreas como infraestrutura, agricultura, mineração e e-commerce”.
Além disso lembrou que em 2026 haverá Fenatran, que costuma movimentar o mercado de caminhões.
“Estamos confiantes de que será mais um ano de crescimento.”
Fabricante ampliou vendas em todos os segmentos em que opera
O vice-presidente exaltou o descolamento da montadora, diante de alta de 11% até o momento, ao passo que o mercado encolheu, neste mesmo intervalo, 8,7% com 103,7 mil emplacamentos. Destacou que o crescimento classificado como sustentável se deu em todos os segmentos de caminhões em que a Mercedes-Benz opera.
O que mais expandiu, 17%, foi o de leves e médios, com 7,7 mil unidades, seguido do de semipesados, com alta de 15%, para 9 mil unidades e, mesmo o de extrapesados, cujo mercado encolheu 24% e no qual a montadora registrou alta de 2%, totalizando 8,7 mil caminhões.
Também no mercado internacional a companhia ampliou suas vendas em 29% frente ao acumulado de 2024, ao somar 9,2 mil unidades exportadas.
Crédito é desafio persistente para o ano que vem
Quanto às dificuldades relacionadas ao crédito, às quais a Mercedes-Benz não está isenta, Ferrarez reconheceu que este ainda é um percalço, tanto por causa da maior restrição por parte dos bancos, diante do maior risco de inadimplência, quanto pelo custo maior devido aos juros nas alturas: “Mesmo para o transportador que obtém o financiamento pagar as parcelas altíssimas está sendo um desafio”.
Disse não haver segredo no crescimento da companhia no segmento de pesados: “Temos sentado com os potenciais clientes e falado sobre portfólio, posicionamento e estratégia comercial, ações conjuntas com os bancos e com nosso negócio de usados, do consórcio e o próprio desempenho dos produtos. O Euro 6 está mostrando, na marca Mercedes-Benz, uma boa vantagem. O cliente começou testando e agora está comprando volumes maiores”.
Ferrarez citou também que o cardápio de produtos pesados ganhou reforço este ano, o que ajudou no desempenho positivo, com destaque para o Actros Evolution, com mais de 4 mil unidades comercializadas até novembro. Relançado em julho o Axor vendeu mais de 1 mil unidades de agosto para cá: “O veículo, que usa a mesma plataforma do Actros, foi muito bem aceito no mercado”.
O executivo lembrou dos testes em andamento do e-Actros, apresentado na Fenatran 2024, que tem sido usado na logística interna da fabricante, além de ter rodado de São Paulo a Curitiba, PR, e ao Rio de Janeiro, RJ.
Ônibus registram maior crescimento em uma década
2025 foi excepcional para o mercado de ônibus e para a Mercedes-Benz, lembrou Walter Barbosa, vice-presidente de vendas, marketing, peças e serviços de ônibus da companhia. De janeiro a novembro foram emplacadas 21,7 mil unidades no País. Considerando que este mês deverão ser emplacados outros 2 mil ônibus, estimou o executivo, o volume deverá totalizar 23,7 mil unidades.
“Este é o maior mercado dos últimos dez anos, com um crescimento que deve girar em torno de 7% a 8%”, disse Barbosa. “Todos os segmentos cresceram. O que mais se destacou foi o de escolares, com acréscimo de 29%, somando 5 mil unidades.”
O de fretamento avançou 11%, com 2 mil 350 vendas. O urbano expandiu 2%, para 7 mil 850 unidades. Este é o maior segmento do Brasil e, segundo Barbosa, mesmo tendo crescido 2%, trata-se de grande volume. Os microônibus ampliaram também 2%, com 4,5 mil unidades. E mesmo o rodoviário, com 2,4 mil emplacamentos, cresceu 1%.
Quanto aos números da Mercedes-Benz a alta acumulada é de 12%, acima do mercado, portanto, com 9,3 mil unidades: “Atingimos a maior participação no segmento de ônibus urbanos dos últimos tempos, com 78% do total. Quanto aos rodoviários a fatia é de 51%”.
Com relação ao mercado de elétricos, mesmo com o dobro de concorrentes, a marca já comercializou mais de quinhentos ônibus a bateria com seu modelo urbano eO500U, sendo que 250 estão em operação.
No mercado externo Barbosa destacou a exportação de seiscentos ônibus de janeiro a novembro, principalmente para Argentina, México, Chile, África e Oriente Médio.
São Paulo – Pela primeira vez na sua história a Volkswagen encerrou a produção de fábrica localizada na Alemanha: a unidade de Dresden deixou de produzir veículos na terça-feira, 16, treze anos após ser inaugurada – desde 2002 saíram das linhas menos de 200 mil veículos, menos da metade da produção anual da sede, em Wolfsburg. É o primeiro passo da Volkswagen para enfrentar a concorrência de chineses e tem dificuldades financeiras na Europa.
O fechamento de Dresden foi acertado com os sindicatos no ano passado, junto com plano para cortar 35 mil postos de trabalho na Alemanha, segundo o Financial Times.
Segundo o CEO, Thomas Schaefer, a decisão não foi fácil mas “é essencial do ponto de vista econômico”.
Chamada de Fábrica Transparente a unidade de Dresden montou o VW Phaeton e, mais recentemente, o ID.3, elétrico, que segue em linha na unidade de Zwickau. O local será alugado para a Universidade Técnica de Dresden para criar um campus de pesquisa voltado para o desenvolvimento de inteligência artificial, robótica e chips. A Volkswagen prometeu investir 50 milhões de euros no projeto nos próximos sete anos.
São Paulo – As empresas fabricantes de máquinas de construção apostam em crescimento para 2026 e 2027, de acordo com estudo apresentado pela Sobratema, Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração. O estudo Sobratema do Mercado Brasileiro de Equipamentos, divulgado durante o evento Tendências no Mercado da Construção, apontou que 61% dos entrevistados esperam crescimento do mercado no ano que vem, porcentual que sobe para 63% em 2027.
O estudo ouviu cerca de 75 empresas, sendo um terço de concessionários, um terço de locadoras de máquinas e um terço de construtoras.
A expectativa deles é de alta de 1% sobre 2025, mas é apenas uma estimativa inicial, de acordo com o vice-presidente da Sobratema, Eurimílson Daniel, por causa das incertezas políticas para o ano que vem. A expectativa é de que a economia avance de forma paralela, sem sofrer tantos impactos:
“Existe uma forte demanda por mecanização no Brasil e temos R$ 300 bilhões em concessões que serão liberados a partir de 2026, durante dez anos. Então, teremos R$ 30 milhões por ano que já estão programados, além da demanda anual do País. Por isto acredito que 1% é só uma referência e podemos alcançar alta ainda maior”.
Eurimílson Daniel, vice-presidente da Sobratema
Além do dinheiro que entrará no mercado por meio das concessões também existe a expectativa de mais investimentos da mineração e do agronegócio, que deverão ter anos estáveis em 2026 e 2027, assim como a construção civil.
O vice-presidente da Sobratema disse que as construtoras e locadoras têm peso muito relevante no estudo, pois são os maiores consumidores de máquinas de construção no País: “Falamos com os dois principais segmentos que consomem máquinas e também ouvimos o outro lado, com uma parte dos concessionários participando da pesquisa. Para 2025 a Sobratema espera uma leve retração de 1% sobre 2024, que foi o terceiro melhor ano da história. Assim o resultado de 2025 é considerado muito bom, ainda que menor”.
O executivo lembrou que a média dos últimos cinco anos foi 34,7 mil máquinas/ano vendidas no Brasil e em 2025 o volume deverá ser 34,3 mil, muito próximo da média, sendo mais um ano acima das 30 mil unidades, ritmo que é considerado interessante para o Brasil. 33% dos entrevistados no estudo também acreditam que o mercado este ano ficará abaixo de 2024, como projetado pela Sobratema.
Um ponto que preocupa os entrevistados é fato de o bolo ser quase do mesmo tamanho do de há cinco anos, enquanto o número de empresas que vendem máquinas no País aumentou, elevando a concorrência e a disputa por participação de mercado, com marcas asiáticas chegando com força, algo que incomoda as fabricantes nacionais — mas não os clientes, que tem mais opções. De acordo com Daniel a rede ainda é um ponto que pesa bastante e quem tem maior capilaridade vende mais.
São Paulo – As vendas de veículos somaram 224,3 mil unidades na Colômbia de janeiro a novembro, com alta de 27,5% sobre iguais meses do ano passado, de acordo com os dados divulgados pela Andemos, entidade que representa o setor automotivo no país. Caso as vendas em dezembro sigam o ritmo superior a 20 mil unidades, como foi registrado desde julho, o mercado encerrará o ano com vendas acima de 240 mil veículos.
A Kia, que assumiu a liderança do mercado local ao longo de 2025, segue na primeira posição no acumulado até novembro, com 30,2 mil veículos comercializados, seguida de perto pela Renault, com 29,9 mil unidades. Em terceiro lugar ficou a Toyota com 22,1 mil.
Já no ranking por modelo o Mazda CX-30 foi o mais vendido, com 7,8 mil unidades, seguido pelo Toyota Corolla Cross, 7,2 mil. Em terceiro lugar aparece o Renault Duster com 6,9 mil unidades.
Em novembro foram vendidos 23,8 mil veículos, incremento de 9% sobre igual mês do ano passado e com relação a outubro houve retração de 5,9%.
São Paulo – A Afac, associação que reúne as empresas de autopeças da Argentina, ligou o sinal de alerta para o processo de CKDização que está ocorrendo no país. Segundo a entidade há um avanço de projetos para a montagem de veículos semidesmontados ou totalmente desmontados, que reduz ou dispensa totalmente a utilização dos componentes produzidos localmente. Um exemplo é o Toyota Hiace: ele é montado a partir de kits de peças importado de outros países e quase não usa componentes locais. A produção neste processo, segundo a publicação argentina Autoblog, foi autorizada pelo governo anterior ao de Javier Milei.
Outros projetos, mais robustos, acabam gerando compras de fornecedores regionais e auxiliam na sustentação da cadeia. Diante deste cenário a Afac propõe um choque de investimentos na Argentina, com visão de futuro que permita reverter a situação de toda a cadeia automotiva instalada.
Dados da entidade mostram que 56 empresas encerraram as operações nos últimos quinze anos. Cinco ocorreram em 2024 e 2025, com os casos mais recentes da SKF e da Dana, relatou o Autoblog.
O avanço dos projetos CKD e SKD no país, aumentando a importação de componentes, afetou a balança comercial das autopeças instaladas na Argentina, que registrou déficit de US$ 8,4 bilhões, com saldo negativo em 9,3% na comparação com o período de janeiro a outubro de 2024.
As exportações de autopeças cresceram 2,3% de janeiro a outubro, somando US$ 1,1 bilhão, enquanto as importações avançaram 8,5% na mesma base comparativa, chegando a US$ 9,5 bilhões.