Honda Itirapina chega a dois turnos completos com o WR-V

São Paulo – Até dezembro a Honda termina a integração de 250 trabalhadores contratados para a fábrica de Itirapina, SP, com o objetivo de reforçar a produção com a chegada do WR-V, que vem ampliar o portfólio local. Segundo seu diretor comercial, Marcelo Langrafe, esta foi a maior mudança na fábrica, inaugurada em 2019:

“Temos uma fábrica nova e moderna. Além dos novos funcionários instalamos mais equipamentos, mas o grande reforço foi mesmo a força de trabalho. Passamos agora a operar em dois turnos completos em Itirapina”.

Marcelo Langrafe

A meta é ampliar em cerca de 20% a produção de veículos no local. Em 2025, segundo cálculos de Langrafe, sairão das linhas em torno de 105 mil unidades. Com o segundo turno pleno o ritmo subirá para 125 mil já em 2026 – e cerca de 10% têm como destino a exportação.

Em Itirapina são produzidos os veículos City, nas carrocerias sedã e hatch, WR-V e HR-V. A Honda ainda mantém a fábrica de Sumaré, SP, onde são fabricados motores e outros componentes – lá foram contratados mais cem trabalhadores. Toda a operação é abastecida com energia limpa, gerada no parque eólico de Xangri-Lá, RS.

A Honda investe R$ 4,2 bilhões no Brasil até 2030. Parte relevante do investimento foi aplicada no WR-V, SUV construído sobre a mesma plataforma do City e do HR-V. Outra está sendo aplicada no desenvolvimento da tecnologia híbrida flex.

Sem dar datas Langrafe disse que o trabalho vem sendo conduzido e chegará ao mercado “na hora certa”. Em paralelo a Honda expande sua rede de concessionárias, hoje com 210 casas: “Estamos abrindo lojas onde identificamos demanda. Nos próximos dias, por exemplo, inauguraremos uma em Salvador [BA]”.

Honda WR-V tem mesmo porte mas preço menor do que o HR-V

São Paulo – Havia um buraco, em termos de preço, no portfólio brasileiro da Honda. Da versão topo de linha do sedã City à mais barata do SUV HR-V existia espaço para mais um modelo, lacuna outrora ocupada pelo WR-V montado sobre base do Fit, que deixou de ser produzido em 2022 com a reestruturação da gama Honda, que vitimou também o próprio Fit.

Quando o presidente Arata Ichinose anunciou os R$ 4,2 bilhões de investimentos da Honda no Brasil, até 2030, ao vice-presidente da República e ministro do MDIC, Geraldo Alckmin, em abril do ano passado, o retorno do WR-V foi confirmado. O que não se esperava é que ele chegaria com o porte do HR-V, ainda que com preço posicionado abaixo.

São 4 m 325 de comprimento, 2 m 650 de entreeixos. É apenas 2 cm menor do que o HR-V, com 4 cm a mais de entre-eixos. O porta-malas, porém, oferece 458 litros, bem mais do que os 354 do SUV lançado há dez anos.

O portfólio formado por duas versões, EX e EXL, tem apenas o motor 1.5 flex aspirado que desenvolve 126 cv com transmissão CVT. Bem equipado desde a versão de entrada, com central multimídia, ar-condicionado digital, câmara de ré e o pacote Honda Sensing com tecnologias de assistência ao motorista, parte de R$ 144 mil 990. Para ter faróis de neblina em LED, bancos e volantes em couro, carregador de celular por indução R$ 149 mil 990.

Ocupa a faixa de mercado do City Sedan EXL ao HR-V EX – desconsideramos aqui a versão Touring, mais esportiva. Para Ariel Mógor, gerente de marketing e relações públicas da Honda, o porte não é o principal: o WR-V mira público diferente do HR-V.

“O WR-V será o primeiro SUV de muitos brasileiros”, afirmou, completando que a estratégia de marketing direciona os esforços para jovens, casais sem filhos ou com filhos novos, que usam o carro para viajar: “Por isto o porta-malas maior, por exemplo. O cliente do WR-V fará um uso diferente do do HR-V”.

Complementando o portfólio

Mógor admitiu que pode haver uma canibalização dos dois SUVs, mas minimizou. O WR-V é considerado pela Honda um novo carro, que amplia o portfólio e trará novos clientes à marca.

Para colocar o WR-V no mercado a Honda promoveu a contratação de 350 trabalhadores em Itirapina e Sumaré, SP. Na primeira fábrica, de onde sai o modelo, foram acrescentados 250 funcionários – completando, assim, dois turnos completos de produção.

A capacidade produtiva será ampliada em cerca de 20 mil unidades, para 125 mil carros/ano. Esta é mais ou menos a conta da Honda para a produção do novo modelo. De janeiro a setembro, sem o WR-V, foram comercializados 74,6 mil unidades da marca, das quais 45,3 mil HR-V.

Em torno de 10% do volume tem como destino outros mercados, que também receberão o novo SUV.

Guidepoint faz parceria com Stellantis e entra no Brasil

São Paulo – A Guidepoint formou parceria com a Stellantis para fornecer soluções de telemetria, gestão e segurança veicular na América do Sul. A expansão para a região começará pelo Brasil: a fornecedora mantém parcerias com outras montadoras na Europa, Canadá, México e Estados Unidos.

Dentre os serviços oferecidos pela Guidepoint estão telemetria em tempo real, alertas de acidente e roubo, análise e pontuação do comportamento do motorista, cercas geográficas, histórico de viagens, assistência 24 horas para recuperação de veículos roubados e gestão proativa de veículos, tanto individuais como para frotistas.

Nissan celebra a exportação de 100 mil carros fabricados em Resende

São Paulo – A Nissan celebrou o marco de 100 mil carros exportados desde Resende, RJ. O veículo que alcançou o número foi um Kicks Play Sense branco, com câmbio manual, enviado à Argentina, país que recebeu mais da metade deste volume ao longo de onze anos.

O restante foi embarcado para Bolívia, Chile, Costa Rica, Panamá, Paraguai, Peru e Uruguai. O primeiro automóvel produzido na Nissan para exportação foi o March, enviado para Bolívia e Paraguai.

Como modelos e versões mais exportados estão o March S, Versa Sense, Kicks Play Advance e o novo Kicks Advance. Hoje são exportados o novo Kicks e o Kicks Play.

A partir do ano que vem, como resultado do investimento de R$ 2,8 bilhões, Resende passará a produzir novo SUV que será exportado para mais de vinte países, consolidando-se em um hub de exportação

Mahle expande operações e capacidade técnica em Jundiaí 

São Paulo – A Mahle ampliou as operações e a capacidade técnica do seu Centro de Engenharia de Filtros das Américas, localizado no Centro Tecnológico de Jundiaí, SP. O espaço agora dispõe de novos laboratórios de validação, bancadas de teste e áreas dedicadas ao desenvolvimento de soluções de filtração e componentes de motores.

Desta forma é elevada a capacidade de desenvolvimento desde a formulação de materiais até a validação em condições de mercado, o que confere maior autonomia para desenvolver produtos globais. A expansão deve impulsionar parcerias com montadoras e fornecedores, contando com o aumento das equipes locais especializadas para suportar as novas atividades em P&D.

Inaugurado em 2023 o Centro de Engenharia desenvolve produtos como sistemas de filtração do ar, coletores de admissão, tampas de válvulas, carbon canister – que captura os vapores do combustível do tanque, impedindo sua liberação na atmosfera –, cárters plásticos, filtros de ar, óleo e combustível, bem como tecnologias para aplicações em veículos elétricos e movidos a célula de combustível.

Iveco Bus fornece 77 ônibus na Argentina

São Paulo – A Iveco Bus comercializou 77 ônibus para a Transporte San José,  empresa vencedora da licitação do transporte urbano de Paraná, capital da Província de Entre Ríos, Argentina. Dezessete são a gás. Os veículos, encarroçados pela Italbus, foram adquiridos da concessionária Overbus.

Dos 77 ônibus cinquenta são dos chassis BUS 17-280 e 10 do BUS 10-190, ambos a diesel, e os outros dezessete do chassi BUS 17-210 G, que também pode ser movido a biometano.

Este último é produzido na planta de Córdoba, e é o primeiro chassi a gás natural desenvolvido na Argentina, equipado com o motor FPT N60 CNG, de ciclo Otto, especialmente projetado para esse tipo de combustível.

Os veículos começarão a circular em Paraná a partir de dezembro.

Marcopolo é a Empresa do Ano do Prêmio AutoData

São Paulo –  A Marcopolo foi eleita a Empresa do Ano do Prêmio AutoData 2025, o mais tradicional reconhecimento da indústria automotiva sob o ponto de vista de economia e negócios. A empresa, que venceu a categoria Cadeia Automotiva Ampliada, foi a escolhida por um comitê formado pelos jornalistas Márcio Stéfani e Vicente Alessi, filho, diretores de AutoData, Cleide Silva, Emílio Camanzi e Fernando Calmon.

O presidente do Conselho, James Bellini, recebeu o troféu em cerimônia realizada na tarde da quarta-feira, 15, no auditório do Centro Brasileiro Britânico, em São Paulo. A Marcopolo participou com o case que sintetiza a sua vocação para o pioneirismo e a vanguarda: o desenvolvimento do Attivi Integral, o primeiro ônibus elétrico completo, do Volare híbrido e da Marcopolo Rail.

Também foi homenageado na cerimônia Emanuele Cappellano, atual COO para a Europa e marcas europeias da Stellantis e líder global do Stellantis Pro One, divisão de veículos comerciais da companhia. Ele foi eleito pelos leitores de AutoData a Personalidade do Ano, ainda por seu trabalho como presidente da Stellantis América do Sul, funções que deixou no começo do mês.

Emanuele Cappellano. Foto: Bruna Nishihata.

O Volkswagen Tera foi eleito o Automóvel do Ano. Outro Volkswagen, o caminhão pesado Constellation 20.480 foi o Veículo Comercial de Carga do Ano e o Scania K410 o Veículo Comercial de Passageiros do Ano.

Veja a lista com todos os vencedores:

Montadora de Automóveis e Comerciais leves
Toyota

Montadora de Veículos Comerciais
Mercedes-Benz

Fornecedor de Autopeças, Sistemas e Componentes
Knorr-Bremse

Fornecedor de Powertrain
Horse

Cadeia Automotiva Ampliada
Marcopolo

Inovação Tecnológica e ESG
Gerdau

Exportador
Hyundai

Automóvel e Picapes
Volkswagen Tera

Veículos Comerciais de Carga
VW Constellation 20.480

Veículos Comerciais de Passageiros
Scania K410

Personalidade do Ano
Emanuele Cappellano, Stellantis

Alexandre Carrizo é o novo diretor corporativo da Ituran Brasil

São Paulo – A Ituran Brasil anunciou Alexandre Carrizo como seu novo diretor corporativo. O executivo, que anteriormente ocupava a função de gerente comercial de varejo, financeiras e operações, passa a chefiar a unidade dedicada à Ituran Empresas, responsável por soluções corporativas.

Com a nomeação de Carrizo as áreas de comercial e de operação da rede credenciada passam a ser responsabilidade de Thiago Moisés, dentro do departamento comercial e seguradoras, conduzido pelo diretor Roberto Posternak.

Com mais de vinte anos de experiência em liderança comercial e desenvolvimento de novos negócios Carrizo construiu sua carreira em setores como seguro automotivo, telemetria veicular, montadoras, consórcios e financeiras, tendo acumulado passagens por empresas como Quatenus e VB Serviços. 

Graduado em estratégia de vendas e gestão comercial pela FAAP o executivo se destacou na Ituran, onde está há seis anos, pela “capacidade de expandir mercados, desenvolver produtos inovadores e consolidar parcerias estratégicas com montadoras, concessionárias e financeiras”.

Rinaldi planeja dobrar participação no Exterior em três anos

São Paulo – Plano de negócios adotado pela fabricante de pneus Rinaldi, de Bento Gonçalves, RS, para ampliar seu faturamento e reduzir a dependência de mercados específicos é a expansão das exportações. Hoje 11% da receita provêm de embarques a trinta países e a meta é, em três anos, elevar este porcentual para 20% e a quantidade de destinos para cinquenta.

É esperado até o fim do ano o embarque de 350 mil pneus, com média de 30 mil unidades/mês – o ano passado fechou com 250 mil, portanto, alta de 40%. Até 2028 o plano é levar o volume mensal para 70 mil unidades e o anual para 840 mil. Foi o que contou a Agência AutoData André Fiorese, gerente de exportação da Rinaldi com foco na América Latina.

Embora o projeto seja reforçado pelo momento atual de dificuldade no mercado doméstico, com altas taxas de juros e maior restrição do acesso ao crédito, segundo Fiorese ele foi desenvolvido em meados do ano passado – quando já havia sinais de que a crise poderia escalar. 

Para se ter ideia do baque, considerando que 2024 foi um ano positivo para a empresa, dedicada à reposição de pneus de motocicletas e câmaras de ar, agrícolas e industriais, e o faturamento alcançou R$ 400 milhões, a projeção é que em 2025 ele encolha 15%, para R$ 350 milhões.

O objetivo inicial era ao menos manter a receita, mas a retração dos últimos dois meses e meio mudou o cenário. Com isto há estoque de produção suficiente para um mês, o que, vendo pelo lado positivo, apontou o executivo, estabelece condição de realizar entrega imediata. 

Com capacidade instalada para produzir 4 milhões de pneus por ano, em torno de 350 mil unidades por mês, este ano deverá terminar com volume de 3,5 milhões, recuo de 15%: “Apesar de o Brasil ter frota de mais de 30 milhões de motos ativas, com a economia retraída o ambiente fica incerto. Então, se conseguirmos tirar mais 10% da produção e exportar, já é uma força para a fábrica”.

Pulverizar destinos é saída para concorrência desleal

A Rinaldi começou a exportar em 2002 e traçou crescimento sólido, principalmente na América Latina. Para avançar mais, porém, é preciso diversificar horizontes e produtos – recentemente começou a exportar também pneus para quadriciclos. Isto porque o mesmo mal que aflige o mercado local atormenta o setor em outros países: concorrência desleal da Ásia que, conforme Fiorese, pratica metade dos seus preços. 

“Não dá para competir. E não adianta ficar em trinta países, sendo que alguns compram uma ou duas vezes ao ano. Não conseguiremos crescer mais ali. Podemos chegar a outros trinta países e fechar acordos com importadores que desejam produto diferente, não querem só vender o feijão com arroz de pneus chineses, indianos, tailandeses, indonésios. Entramos em uma camada intermediária com qualidade e preços mais acessíveis.”

Para suportar o plano de expansão a Rinaldi voltou a participar em 2024, depois de intervalo de seis edições, da EICMA, salão de motocicletas e acessórios que será realizado em novembro, em Milão, Itália: “Voltamos a vender na França e na Inglaterra e conseguimos entrar na Turquia, onde o primeiro contêiner chegou em julho e esperamos vender de oito a dez contêineres. Um país só não faz diferença mas, com pulverização, em um ano conseguiremos movimentar cinquenta contêineres a mais”.

Fiorese relatou que a situação de incertezas globais também tem aparecido como percalço em negócios que já estavam fechados em Israel, África do Sul e Marrocos que, por causa do cenário, foram suspensas.

Fator de otimismo, porém, é o maior apetite da Argentina, que consumiu 40 mil unidades no ano passado e, para este, tem projeção para 80 mil. “Mas nós já chegamos a vender 180 mil em 2018”, citou: “Em 2023 foi o pior ano, em que embarcamos só 20 mil pneus. Em 2024 começou a abertura e esperamos vender 100 mil até 2028”.

Tarifaço engavetou plano de CD nos Estados Unidos

Nos Estados Unidos havia o planejamento de ter centro de distribuição próprio, engavetado por causa do tarifaço: “Estávamos avaliando os custos quando começaram a vigorar as sobretaxas. Porque no país você é só mais um no catálogo de 5 mil marcas. Mas com unidade própria ganha força”.

Ele contou que, no fim de julho, houve a suspensão do envio de um contêiner por causa do imposto adicional de 50%: eram quase US$ 60 mil em pneus de competição para um pequeno importador da Califórnia. O volume embarcado no ano passado aos Estados Unidos foi de 6 mil pneus e, neste ano, 2 mil.

“Mas entendemos que é um país muito importante para nós, com mercado de motocross e enduro. Não existe por lá a cultura de delivery por moto como há aqui. O entregador de pizza usa Toyota Corolla.”

Para manter-se competitiva a Rinaldi investe, anualmente, de US$ 2 milhões a US$ 3 milhões em expansão, tecnologia, estrutura física, logística e armazenagem, sendo US$ 200 mil para participar de feiras internacionais: “A única maneira é acreditar e investir. As dificuldades passam e é preciso estar preparado para quando a retomada vier”.

Marcopolo vende 106 veículos para Viação Garcia

São Paulo – Como parte do programa de renovação e padronização das frotas das empresas do grupo – Viação Garcia, Brasil Sul, Santo Anjo, Princesa do Ivaí e Londrisul – a Viação Garcia adquiriu 106 ônibus da Marcopolo.

Oitenta veículos são dos modelos rodoviários Paradiso G8 1800 Double Decker e 1200, que serão utilizados nos serviços Leito Plus e Semi Leito. Os 26 restantes são do modelo Torino, nas configurações Urbano e Metropolitano.

Desde a aquisição da Viação Garcia pela Brasil Sul, em 2014, já foram incorporados 1 mil 172 novos ônibus à frota.