Preocupada com juros Fenabrave admite revisar suas projeções

São Paulo – O resultado negativo de vendas de veículos em agosto, com recuo de 5% na comparação com o mesmo mês do ano passado e de 7,3% com relação a julho, somando 225,3 mil unidades, preocupa a Fenabrave. Ainda que a menor quantidade de dias úteis ajude a justificar a queda nas comparações de mês com mês no acumulado o crescimento chegou a 2,8%, bem abaixo das projeções divulgadas pela entidade em julho, já revisada para baixo com relação a janeiro, de avanço de 4,4% nas vendas de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus.

Foram emplacados 1 milhão 677 mil veículos de janeiro a agosto. A Fenabrave calcula um mercado de 2 milhões 752 mil até dezembro. Nos quatro meses que restam, portanto, precisam ser emplacados 1 milhão 75 mil veículos, ou 215 mil, em média por mês.

Dos oito meses de 2025 três superaram este volume, incluindo os dois últimos, julho e agosto, impulsionados pelo programa Carro Sustentável. Acontece que a elevada taxa Selic preocupa o presidente Arcélio Júnior:

“Temos preocupações com as altas taxas de juros e com a desaceleração da economia, que podem afetar os resultados. Mas acompanharemos o mercado antes de rever as projeções”, afirmou em nota que, no fim, sinaliza que haverá nova projeção na próxima entrevista coletiva à imprensa, programada para outubro.

A taxa de juros gera impacto especialmente no segmento de leves, o mais volumoso. Sua queda acumulada é inferior à geral, 3,2%, somando 1 milhão 576 mil unidades. Em agosto, com 214,5 mil emplacamentos, também sofreu menos: recuo de 3,9% na comparação anual e 6,7% na mensal.

A maior queda está no segmento de caminhões, como destacou Arcélio Jr:  “O crédito segue caro e as empresas continuam seletivas nos investimentos. O agronegócio não favorece esse segmento, que reage quando as condições melhoram, mas estão enfrentando desafios importantes neste ano”.

A boa notícia vem das motocicletas, que registraram o melhor agosto da série histórica da Fenabrave, com 185,5 mil emplacamentos, alta de 13,2% sobre igual mês de 2024. A queda com relação a julho é justificada pelos dois dias úteis a menos em agosto.

“No acumulado estamos com um crescimento menor do que o registrado até julho em função da queda na produção de motos, provocada pela paralisação das montadoras que fazem manutenção em seu parque fabril. Mas a motocicleta segue como solução de mobilidade e trabalho no Brasil, devendo fechar 2025 com recorde de vendas.”

De janeiro a agosto foram licenciadas 1,4 milhão de motos, alta de 12,3% sobre os primeiros oito meses do ano passado.

Citroën aposta em novas versões para expandir seu portfólio local

Rio de Janeiro – Com o retorno da versão XTR ao hatch compacto C3 e ao crossover Aircross, e a introdução da Dark Edition no SUV Basalt, a Citroën expandiu sua gama de veículos para a linha 2026. As três configurações chegam para ocupar o topo do portfólio dos veículos – com exceção do C3, que oferece a You!, única com motor turbo, como a mais cara.

O C3 XTR chega ao mercado por R$ 89 mil como a versão mais bem equipada dentre as que usam motor 1.0 Firefly aspirado de 75 cv de potência, acoplado ao câmbio manual de cinco marchas. O Aircross XTR, disponível apenas na configuração de sete lugares, tem preço sugerido de R$ 130 mil, e o Basalt Dark Edition R$ 115 mil.

Citroën Basalt Dark Edition

A apresentação das novas versões marca a chegada da linha 2026 dos três modelos. Todas as configurações passaram por melhorias internas de acabamento, para elevar a qualidade aparente das peças usadas no painel, nos bancos e na lateral das portas.

A configuração XTR do C3 e do Aircross traz acabamento externo exclusivo, com adesivos preto e verde, dianteira e rodas escurecidas, pneus de uso misto e o nome na versão na tampa do porta-malas. Por dentro os bancos trazem melhorias no material interno para gerar mais conforto e o revestimento é novo, melhorando a qualidade aparente, e também receberam costura verde, assim como o volante, a coifa do câmbio e o painel.

No Basalt Dark Edition a receita usada é parecida: o modelo traz por fora a parte frontal com acabamentos escurecidos, aerofólio e novas rodas pretas. Por dentro, as melhorias são quase as mesmas, com a diferença de que as costuras aparentes no banco, volante, coifa do câmbio e painel são em vermelho e as pedaleiras são esportivas. 

Citroën Aircross XTR

Nas três versões citadas o sistema multimídia passou por uma mudança estética, recebendo uma nova moldura, mais fina que a usada nas outras versões da linha 2025.

C3 Linha 2026

C3 Live 1.0 Firefly MT 2026 – R$ 75 mil – Traz o painel pintado, luz no porta-luvas e novas calotas cinzas. Outros itens de série são ar-condicionado, assistente de saída em subida, luzes de condução diurna e desembaçador traseiro.

C3 Live Pack 1.0 Firefly MT – R$ 84 mil – Tem como novidade a nova moldura do sistema multimídia. A versão oferece também ajuste de altura do banco do motorista, controles de áudio no volante, espelhamento de smartphones sem fio e ajuste de altura do volante.

C3 Feel 1.0 Firefly MT – R$ 86 mil – Traz como novidade os controles dos vidros traseiros na porta do motorista, novo revestimento soft touch nas portas e no painel. A lista de itens de série acrescenta apoio de cabeça ajustável nos bancos dianteiros, alarme, câmera de ré, barra de teto, retrovisores e vidros traseiros elétricos.

Citroën C3 XTR

C3 XTR 1.0 Firefly MT – R$ 89 mil – Tem ar-condicionado digital e automático, revestimento diferenciado nos bancos e volante, quadro de instrumentos digital de 7 polegadas e pneus de uso misto.

C3 You! 1.0 Turbo 200 AT – R$ 104 mil – A versão agrega piloto automático, costura diferenciada nos bancos, painel, volante e coifa do câmbio e material soft touch na lateral das portas e painel.

Linha 2026 Basalt

Basalt Feel 1.0 Firefly MT – R$ 94 mil – Traz como novidade sensor de estacionamento traseiro, duas saídas tipo C para os bancos traseiros e revestimento soft touch no painel e na lateral das portas. Outros itens de série são quadro de instrumentos digital de 7 polegadas, quatro airbags, luzes de condução diurna com led, retrovisores elétricos e kit multimídia com espelhamento de smartphones sem fio.

Basalt Feel 1.0 Turbo 200 – R$ 109 mil – Novidade é o ar-condicionado digital e automático e agrega três modos de condução e câmbio automático CVT que simula sete marchas, além dos itens da versão acima.

Basalt Shine 1.0 Turbo 200 – R$ 114 mil – Novo interior escurecido, material novo no acabamento dos bancos e soft touch na lateral das portas e no painel. Agrega os seguintes itens de série: faróis de neblina, piloto automático, encosto de cabeça traseiro com abas, volante com revestimento premium.

Basalt Dark Edition 1.0 Turbo 200 – R$ 115 mil – O modelo tem nova cor cinza disponível e agrega os seguintes itens de série: rodas de liga leve aro 16 com acabamento preto, tapetes de carpete e carroceria bitom.

Linha 2026 Aircross

Aircross Feel 5L 1.0 Turbo 200 – R$ 94,9 mil – Novidades: quadro de instrumentos digital de 7 polegadas, controle dos vidros elétricos traseiros na porta do motorista, duas saídas USB C para o banco traseiro. Outros itens de série são alarme, ar-condicionado manual, direção elétrica com ajuste de altura, rodas de aço 16 polegadas com calotas e vidros elétricos one touch nas quatro portas. Esta configuração é dedicada apenas ao público PcD, Pessoas com Deficiência.

Aircross Feel 7L 1.0 Turbo 200 – R$ 118 mil – Traz os mesmos itens da configuração de cinco lugares.

Aircross Shine 7L 1.0 Turbo 200 – R$ 127 mil – Novidades: uma saída USB C na terceira fileira de bancos, interior escurecido e novo material na lateral das portas e no painel. Além dos itens acima agrega ar-condicionado digital e automático, quatro airbags, câmara de ré, sensor de estacionamento e rodas de liga leve aro 17 diamantadas.

Aircross XTR 7L 1.0 Turbo 200 – R$ 130 mil – Como na versão de cinco lugares.

VW Caminhões e Ônibus celebra cinco anos do Meteor no Brasil

São Paulo — A Volkswagen Caminhões e Ônibus celebra cinco anos do extrapesado Meteor no Brasil. Com mais de 16 mil unidades emplacadas desde 2020, dos modelos 28.480 6×2 e 29.530 6×4, o caminhão também está presente em mercados como Argentina, Costa Rica, Panamá, Paraguai e Uruguai.

O Meteor é o maior veículo já desenvolvido pela VW Caminhões e Ônibus, o que consumiu, ao todo, investimento de R$ 1 bilhão, referente à pesquisa e desenvolvimento, construção de nova linha de montagem de cabines de extrapesados, desde a armação até o acabamento, tudo com manufatura 4.0.

Volvo comercializa vinte ônibus elétricos para São Paulo

São Paulo — A Volvo comercializou vinte unidades de seu chassi elétrico de piso baixo BZRLE, recém-lançado. Os veículos foram adquiridos pela Santa Brígida, por meio da concessionária Nors, para circular na região Noroeste da Capital de São Paulo. 

Da frota atual de 656 veículos da Santa Brígida 489 são Volvo, representando 74% do total. Que agora agrega as unidades do modelo equipado com quatro ou cinco baterias de íon-lítio de 90 kWh cada, que podem ser recarregadas em até uma hora. 

A empresa integra o Grupo Nossa Senhora do Ó, que reúne, também, a Auto Viação Urubupungá, Viação Cidade de Caieiras e a Urubupungá Transportes e Turismo. Passou de 98 veículos em 1980 para os atuais 656 e emprega 4,2 mil trabalhadores.

Horse desenvolve extensor de autonomia para BEVs do tamanho de uma maleta

São Paulo – Uma das novidades do Salão de Munique, na Alemanha, será o extensor de autonomia desenvolvido pela Horse Powertrain, braço de tecnologias a combustão do Grupo Renault em parceria com a Geely. Compacto, com tamanho similar ao de uma maleta, segundo a Horse, o C15 integra motor, gerador e inversor e pode ser instalado em plataformas elétricas já existentes com pouca ou nenhuma modificação.

O motor do sistema tem 1,5 litro e quatro cilindros. A versão aspirada tem 70kW e foi pensada para veículos das categorias B e C. Para a D e utilitários é oferecida uma versão turbo, com potência de até 120kW.

Todo o sistema mede 500 x 550 x 275 mm em sua versão aspirada e pode ser instalado na posição horizontal ou vertical, podendo ser posicionado no compartimento dianteiro ou traseiro. A ideia, segundo o CEO da Horse, Matias Giannini, é “oferecer às montadoras uma forma simples e econômica de aproveitar essa oportunidade e adaptar suas plataformas originais de veículos elétricos originais para um veículo elétrico com extensor de autonomia. Acreditamos que a demanda por esses veículos continuará crescendo”.

A diferença de um BEV com extensor de autonomia para um PHEV, híbrido plug-in, é que o motor a combustão nunca traciona as rodas, tarefa que cabe ao motor elétrico. Mas ao instalar o extensor é possível garantir mais autonomia ao veículo sem precisar instalar mais bateria, o que reduz o custo.

Volkswagen leva a herança da combustão para os elétricos

São Paulo – A Volkswagen anunciou que o carro conceito ID.2all, apresentado há dois anos e meio, chegará ao mercado como ID.Polo. É o início da transferência de nomes consagrados do portfólio da companhia para versões 100% elétricas, mantendo a nomenclatura ID na frente.

O lançamento do novo Polo, com sua versão elétrica, será no ano do seu cinquentenário, 2025. Ainda camuflado o elétrico será mostrado no Salão de Munique, Alemanha, que abre as portas na semana que vem.

Segundo o CEO Thomas Schäfer cada nova geração dos modelos, como Polo, Golf e T-Cross, oferecerá também uma versão elétrica. Mas os veículos a combustão seguirão em linha.

Id.Polo e ID.GTI

Conceitos serão apresentados no Salão alemão, como ID.GTI. que será ID.Polo GTI, e ID.Cross, que será ID.T-Cross – este SUV chega no ano que vem. O ID.1, subcompacto, ainda não teve seu nome divulgado: chega em 2027. Seria Beetle ou up!?

“Nossos nomes de modelos estão firmemente ancorados na memória das pessoas. Eles representam uma marca forte e incorporam características como qualidade, design atemporal e tecnologias para todos. Por isso estamos levando nossos nomes já consagrados para o futuro. O ID. Polo é apenas o começo.”

Linha de Montagem AutoData supera as 100 mil visualizações

São Paulo – O programa Linha de Montagem, quinzenalmente apresentado por Márcio Stéfani, diretor de AutoData, que entrevista as principais lideranças do setor automotivo, acaba de alcançar mais de 100 mil visualizações no YouTube. Até agora, o programa trouxe conversas de peso com nomes que definem os rumos da indústria, como Igor Calvet, Anfavea, Cláudio Sahad, Sindipeças, Sérgio Habib, JAC Motors, Marcos Bento, Abraciclo, Antônio Jorge, FGV, Ricardo Roa, KPMG, Roger Corassa, Volkswagen, Roger Armellini, Toyota/Kinto, e Márcio Alfonso, GWM.

“Não tenho dúvida de que este marco evidencia que a informação de qualidade e insights estratégicos sobre o setor automotivo ainda têm forte influência no Brasil”, destacou Márcio Stéfani., “e que podem ajudar muito os executivos que nos acompanham.”

Ele também ressaltou que a imprensa especializada em economia continua tendo papel fundamental na divulgação e análise de temas estratégicos do setor: “Alcançar 100 mil visualizações em tão pouco tempo é a prova disto”.

Todas as entrevistas estão disponíveis no canal da AutoData no YouTube e podem ser conferidas por quem deseja entender o presente e o futuro da indústria automotiva.

Conheça os finalistas de Montadora de Veículos Comerciais

DAF avança no Brasil com nova etapa de expansão

Com 12 anos de atuação e mais de 50 mil veículos fabricados, a DAF iniciou um ciclo de investimentos a fim de expandir sua fábrica em Ponta Grossa (PR) e ampliar a presença no país. Com isso, a empresa consolida sua visão de futuro ao aumentar a capacidade produtiva, aperfeiçoar os serviços de pós-venda e estreitar a relação com frotistas de todo o país. O grande destaque é a inclusão de novos modelos ao portfólio DAF visando o crescimento no mercado nacional. O projeto visa modernizar a planta com tecnologia equivalente à da unidade belga da marca e expandir a produção para atender mercados latino-americanos.

De origem holandesa e subsidiária do grupo norte-americano PACCAR, a DAF consolidou-se como um dos principais nomes no segmento desde sua chegada ao Brasil. Atualmente, o complexo da DAF em Ponta Grossa é a maior unidade fabril do grupo no mundo: são 68,8 mil m² de área construída, instalados em um terreno de 2,3 milhões de m² com 1.050 funcionários. Em 2024, a fábrica atingiu 40 mil veículos fabricados, sendo que parte desse volume foi exportada para Chile, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru e Suriname.

A expansão anunciada reforça a estratégia da DAF de consolidar sua presença no Brasil e na América do Sul, além de introduzir novos modelos em sua linha de produção. A Rede DAF, presente em 100% do território brasileiro e composta por 16 grupos econômicos, conta com 72 pontos de atendimento entre concessionárias e Lojas TRP. Os mais de 50 mil caminhões DAF que circulam pelo Brasil contam com um atendimento qualificado em todos os estados, sustentado por uma rede sólida e preparada para oferecer os melhores serviços e produtos.

Os planos de crescimento da companhia refletem diretamente na abertura de novas unidades no Brasil para atender os clientes. Recentemente, a fabricante inaugurou três novas concessionárias: uma em São Paulo, outra na Bahia e a primeira unidade no Acre, que também atenderá clientes de Rondônia.

Novos rumos para a Iveco

2025 começou muito bem para a Iveco. No exato instante em que celebrava 50 anos de fundação, com os últimos 28 também presente no mercado brasileiro, a empresa se deu um belo presente de aniversário. Foi a marca  full liner que mais cresceu em participação de mercado entre janeiro e julho de 2025, com alta de 21% nas vendas em comparação ao mesmo período de 2024. Nos pesados, que sofreu uma retração de 23% no período, a Iveco foi na contramão e avançou 25%.

O crescimento conquistado na América Latina, especialmente no Brasil, foi resultado direto de decisões estratégicas tomadas nos últimos cinco anos, onde houve renovação de portfólio, fortalecimento da rede de atendimento e atuação com foco total no cliente. A empresa construiu uma sólida base de conhecimento e presença, fazendo da América Latina um dos mercados mais relevantes para sua operação mundial.

Entre os destaques do período está a liderança do modelo Daily chassi-cabine, com cerca de 40% de participação de mercado no segmento, e o desempenho do Iveco S-Way, que já figura entre os sete caminhões pesados mais vendidos de 2025. Entre janeiro e julho, os emplacamentos do S-Way cresceram 25% em comparação ao mesmo período do ano anterior

A montadora dobrou sua participação de mercado no Brasil de 2020 para cá. Mas quer ir além. A Iveco está concluindo, em 2025, um ciclo de investimentos de R$ 1 bilhão em diversas frentes. Paralelamente, está destinando mais R$ 510 milhões para Pesquisa e Desenvolvimento até 2028, com o objetivo de oferecer tecnologias e inovações contínuas aos seus clientes. Um dos destaques é o portfólio Alternative Power, que inclui o eDaily (elétrico), o Tector NG e o S-Way NG, ambos movidos a gás natural e biometano. É a única montadora da América Latina a contar com um line-up completo (leves a pesados) de caminhões com propulsão alternativa.

O elétrico da Mercedes

No final de 2024, a Mercedes-Benz iniciou as obras de adaptação para produção de ônibus em sua fábrica de São Bernardo do Campo (SP), com foco na montagem de modelos elétricos. O valor do investimento não foi revelado, mas a iniciativa reforça o compromisso da empresa com a descarbonização e a modernização industrial no Brasil.

Com tecnologia da Indústria 4.0, a fábrica teve sua capacidade produtiva ampliada em 15% e as operações logísticas internas, em 20%. A empresa já comercializou 200 unidades do modelo elétrico eO500U para o transporte coletivo de São Paulo, veículos com baterias modulares da Akasol, que garantem até 270 km de autonomia. Estas mesmas empresas pretendem adquirir um total de mais de 500 ônibus elétricos eO500U Mercedes-Benz.

Além das primeiras entregas no Brasil, o Chile é o próximo país da região a receber uma unidade do eO500U para demonstração a clientes, gestores do transporte coletivo e parceiros. Esta ação é fruto de parceria com a Comercial Kaufmann, representante local da marca Mercedes-Benz, e com a encarroçadora Caio. Além de atender aos países da América Latina, o novo produto também será exportado para outros mercados, como a Oceania.

“Este expressivo volume de ônibus elétricos reafirma a entrada da Empresa na era da eletromobilidade com veículos comerciais no País”, diz Sérgio Magalhães, Vice-Presidente Geral de Ônibus América Latina da Mercedes-Benz. Totalmente desenvolvido pela Mercedes-Benz do Brasil para a realidade do País e da América Latina, o ônibus elétrico já está credenciado pelo BNDES para financiamento via Finame. Cerca de 600 colaboradores da Empresa foram treinados e capacitados para a produção do chassi de ônibus elétrico. O veículo foi amplamente testado no Campo de Provas de Iracemápolis (SP), em vias urbanas, e também na Alemanha, onde contou com a expertise da Daimler Buses em ônibus elétricos.

A nova estrutura permitirá atender à crescente demanda por mobilidade elétrica no País, alinhada às metas globais da marca para 2030. O projeto evidencia a visão estratégica da Mercedes-Benz em antecipar as transformações do mercado e consolidar sua liderança também na eletromobilidade.

VWCO na Argentina

Com mais de 1,1 milhão de veículos produzidos em 42 anos de história, a Volkswagen Caminhões e Ônibus está presente em mais de 30 países da América Latina, África, Oriente Médio e Ásia. A empresa tem fábricas em Resende (RJ), no Brasil, e Querétaro, no México, além de parcerias em São Paulo (SP) para a produção dos motores MAN D08 e D26, e veículos em Pinetown, na África do Sul, e Manila, nas Filipinas.

Sempre atenta às novas oportunidades de crescimento, a VWCO ampliou de forma estratégica sua presença internacional ao instalar, no final de 2023, uma linha de montagem em Córdoba, na Argentina, utilizando uma estrutura ociosa do Grupo Volkswagen naquele local. O principal objetivo foi abastecer o mercado local. A linha de montagem foi instalada em uma área exclusiva de 15 mil metros quadrados para os caminhões VW Delivery 9.170 e 11.180, VW Constellation 17.280 nas versões chassis-cabine e cavalo-mecânico, além do chassis de ônibus VW Volksbus 15.190 OD.

“No próximo ano, nossa marca completará 25 anos na Argentina, que é historicamente nosso destino de exportação mais importante na América do Sul. Hoje temos uma operação comercial bem-sucedida entre nossas empresas, com gestão compartilhada e uma rede de concessionários locais. Nada melhor do que comemorar este aniversário antecipadamente com um anúncio tão especial, que também reforçará nossa estratégia de internacionalização”, disse Roberto Cortes, presidente e CEO da VWCO.

A iniciativa fortaleceu o papel do Brasil como plataforma exportadora de veículos pesados, com a engenharia nacional ganhando protagonismo ao abastecer mercados internacionais com soluções desenvolvidas localmente. Com investimento direcionado à produção de até 2,7 mil unidades por ano, a nova unidade gerou mais de 100 empregos diretos e indiretos na região e reativou cadeias produtivas locais, impulsionando o setor automotivo argentino com DNA brasileiro.

Com presença consolidada na América Latina e ambições de expansão para África e Oriente Médio, a VWCO demonstrou, a partir desta iniciativa, visão de longo prazo ao integrar sua produção a uma estratégia global. Trata-se de um exemplo de política industrial inteligente, que transforma excedentes em oportunidades, projetando a força da indústria brasileira e reafirmando a vocação exportadora da marca no cenário mundial.

Em mais um passo rumo à verticalização Librelato adquire Metalblank

São Paulo – Em continuidade à estratégia de investir R$ 405 milhões até 2028 a fim de agregar automação, qualidade e eficiência, e trazer para dentro de casa a maior parte do processo produtivo – o que resultou na aquisição da Ibero, da Zurlo e da Sthall Master –, a Librelato agora prepara-se para incorporar a Metalblank, empresa de cortes de chapa de aço situada em Serra, ES. 

Com aporte que gira em torno de R$ 5 milhões o plano é, a partir de outubro, estar mais próximo à ArcelorMittal, maior fornecedora de aço da companhia, e assim obter ganho logístico e reduzir os desembolsos com frete. Hoje é utilizado entreposto em Caxias do Sul, RS, como apoio. Com a aquisição também ficará mais fácil enviar a sucata à siderúrgica.  

A informação foi dada pela CEO da Librelato, Simone Martins, em entrevista à Agência AutoData. Há seis meses no cargo, a executiva ingressou na companhia em 2018 como diretora administrativo-financeira, em sucessão a Roberto Lopes Júnior, que em setembro de 2024 sucedeu a José Carlos Sprícigo, hoje responsável pelas relações institucionais da Librepar.

“Trata-se de uma operação pequena, mas que tem o propósito de diminuir a sucata, que vendemos para a própria ArcelorMittal, e de internalizar processo que auxiliará tanto a Librelato quanto a Ibero [em Itaquaquecetuba, SP]. A partir do ano que vem estimamos ganho de eficiência de 1% no total do que compramos de aço durante o ano todo.”

Martins disse que esta deverá ser uma das últimas aquisições da Librepar, uma vez que já internalizou a fabricação do eixo e de peças para os implementos rodoviários: “Pode ser que haja um item ou outro, mas o que era de mais importante nós fizemos. Aquisições, agora, só se surgirem boas oportunidades. Não está no nosso radar fazer grandes investimentos na verticalização de autopeças”.

Ela citou que o foco neste momento está na unidade inaugurada em agosto em Guarulhos, SP, que consumiu R$ 10 milhões para realizar a montagem em CKD de implementos fabricados em Içara e Criciúma, SC, com o propósito de estar mais próximo aos clientes e também reduzir gastos logísticos e tempo de entrega.

Diante do aumento da demanda pelo segmento de carga fechada, motivada pelo varejo e e-commerce, principalmente o baú alumínio, que historicamente tinha participação de 8% e, no mês passado, disparou para 22%, este será um dos carros-chefes da unidade paulista, ao lado do sider. O espaço também fará as vezes de hub, e poderá armazenar produtos a pronta entrega para facilitar negócios no Estado e na Região Nordeste.

“A ideia agora é amadurecer todos esses investimentos até 2026. Os aportes previstos para o ano que vem serão injetados na continuidade da melhoria dos processos, em mais automação, qualidade e eficiência.”

Projeção para este ano é de queda de 20% no faturamento

Simone Martins tornou-se a número 1 da Librelato em momento de crise econômica, com a escalada da taxa de juros, em que, na carona da queda nos emplacamentos de caminhões, também encolheu a procura por implementos rodoviários. Em linha com o mercado a projeção é a de que o faturamento seja reduzido em 20% este ano: “Se antes vendíamos 12 mil implementos, agora ficaremos próximos de 10 mil”.

Ela ressaltou que a empresa acompanha o setor mesmo sem volume significativo de baú alumínio. E é aí que reside a aposta de ampliar a oferta deste produto, com o intuito de conquistar maior participação de mercado. “Se houvesse mais produto venderíamos mais”, assinalou, ao lembrar que produtos como basculante e graneleiro despencaram 40% por causa do agronegócio. 

“Em 2026 o mercado não deverá crescer. Mas graneleiro e basculante não ficarão dois anos estagnados, deverão subir gradativamente. Talvez no segundo semestre e no ano que vem vejamos movimento diferente.”

Fatia de mercado de 20% ficará para 2030

Enquanto isso os planos de elevar a fatia de mercado de 12% para 15% no fim do ano terão de esperar mais um pouco para se concretizar. Assim como os de crescer cinquenta anos em cinco, para faturar R$ 6 bilhões, com 20% de participação.

“Falávamos em 2028. Dadas as dificuldades de mercado podemos considerar 2030. Minha bandeira é que tenhamos uma marca admirada pelos clientes e funcionários. Além de todo este processo de integração, que não foi fácil, e não está no fim, temos o desafio de voltar a crescer.”

Hoje a Librelato é a terceira maior fabricante de implementos rodoviários, atrás de Randon e Facchini. Martins afirmou não ter a ambição de ocupar o segundo lugar: o que busca é manter a posição no pódio: “Eles têm, cada um, de 20% a 25% do mercado. Almejar 20% e manter o terceiro lugar acho que é algo possível.”

Dos principais valores da empresa familiar de 56 anos com gestão profissionalizada desde 2011, quando houve a participação do fundo CRP como sócio, que saiu em 2021, a executiva ressalta a ousadia e, ao mesmo tempo, a simplicidade:

“Temos preservado raízes tradicionais mesmo sendo um empresa moderna, mas com características mais humanas. E é preciso continuar crescendo para alcançarmos o plano de que a companhia seja centenária”.

Vendas de usados avançam 21% em agosto

São Paulo – Em agosto foram vendidos 1 milhão 720 mil veículos usados, segundo levantamento da Fenauto, que representa o setor de distribuição independente. O volume superou em 20,5% o resultado de agosto do ano passado e ficou 0,5% acima do vendido em julho.

Na média diária o crescimento na comparação anual foi ainda maior: 26,2%, com cerca de 80 mil veículos transferidos por dia.

O acumulado do ano apresenta 15,1% de crescimento, com 11,8 milhões de unidades comercializadas de janeiro a agosto.

O presidente da Fenauto, Enílson Sales, admite que um novo recorde de vendas de usados poderá ser alcançado em 2025:

“Em 2024 fechamos com mais de 15,7 milhões de unidades comercializadas. Até agora apresentamos desempenho positivo interessante, que pode nos levar a algo em torno de 17 milhões de unidades até dezembro, um resultado extremamente bom para o segmento. Estamos acompanhando a movimentação do mercado com boas expectativas”.