Fiat aposta em marketing de experiência para alcançar mais consumidores

São Paulo – Criar ligações emocionais com os consumidores para estabelecer experiências memoráveis com a marca, e não somente com o produto, é a aposta da Fiat para ampliar sua fatia de mercado, dos atuais 22%. Por meio do marketing de experiência o plano é contar histórias relacionadas ao DNA da empresa e construir laços com ouvintes, e potenciais futuros clientes, como por exemplo fãs de séries televisivas.

Esta é a estratégia encabeçada por Alessandra Souza, que no início deste ano assumiu a posição de vice-presidente de marketing e comunicação da Stellantis para a América do Sul. Com mais de duas décadas de experiência no setor a executiva retornou ao Brasil após três anos na Itália, onde era diretora global de digital e experiência de marca Fiat.

“Acredito muito neste novo jeito de conversar com o consumidor. E a Fiat é uma marca ousada, incrível, moderna e que gosta de estar na conversa de forma não invasiva, em assuntos que devem gerar novos comportamentos, tendências e transformar a sociedade.”

Souza avaliou que este novo momento do marketing de experiência faz com que as empresas voltem a ser boas contadoras de histórias: “Ele traz algo que estamos perdendo, pois demos uma pasteurizada nisso. A proposta é que a identificação dos consumidores seja tão grande, forte e profunda que isto é o que assegurará que estejamos aqui nos próximos duzentos anos. Marcas históricas no automotivo nos mostraram isso”.

Ela reforçou a importância da estratégia principalmente em um momento em que o número de marcas tem aumentado. E que, para se destacar, e conquistar o consumidor, é preciso fazer com que o potencial cliente se identifique com algo que sinta que tenha sinergia com ele, e que também proponha alguma relevância cultural.

A próxima investida da Fiat será na quinta e última temporada da série Stranger Things, de autoria dos Irmãos Duffer, produzida pela Netflix e com data de estreia agendada para novembro. Souza não entrega pormenores, por ora, mas diz que a ideia é trazer algo disruptivo e inserir a marca no universo do fandom, ou seja, na comunidade de fãs.

Stranger Things se passa na década de 1980 e conta a história de grupo de jovens amigos que se envolvem em eventos sobrenaturais e enfrentam criaturas monstruosas, como o Demogorgon, antagonista do mundo invertido, dimensão paralela da aventura, também marcada por projetos militares secretos.

Equipe de marketing liderada por Alessandra Souza e que está envolvida diretamente no projeto de Stranger Things. Foto: Divulgação.

Como um veículo Fiat, moderno, pois, poderia ser inserido no seriado ambientado quarenta anos atrás? Souza respondeu que, como princípio criativo, a série vem deste lugar de ousadia, tanto que os Irmãos Duffer relataram a dificuldade que tiveram para que um estúdio topasse produzi-la.

“Tem uma proposta de procurar novos caminhos, de inovação, rever pensamentos e conceitos. E isto é Fiat, por essência. Dentro do meu perímetro sempre buscamos encontrar este lugar inexplorado, inusitado. Se ele já é pavimentado, pensamos em como usá-lo de uma forma que não seja mainstream, tradicional, regular.”

As conversas foram iniciadas no ano passado, ainda sob a gestão de Frederico Battaglia, nomeado em janeiro vice-presidente da Fiat e da Abarth na América, e envolvem equipe de 25 pessoas do marketing da Fiat. Trata-se de projeto a seis mãos, uma vez que, nas palavras de Souza, a Fiat conhece seu consumidor, a Leo Burnett, agência de comunicação da Stellantis, entende de marketing, e a Netflix sabe tudo sobre Stranger Things, seu fandom e como conversar com eles. 

“Para nós este momento é contundente. Quase que uma pedra angular na nossa forma de trabalhar para aprender muito sobre como fazer um marketing que vai além de uma peça de 30 segundos. Costumo brincar: ou você faz parte do problema ou da solução, mas você não fica mais no meio da conversa.”

Souza lembra que esta experiência já foi tateada na segunda temporada da série The Last of Us, da HBO Max, com o Jeep Gladiator.

“Entramos no meio da conversa, o que foi muito interessante. Ninguém tinha feito igual, mas ainda não é a forma que o consumidor e, até mesmo eu, penso: como eu gostaria que uma marca me abordasse? Exemplo é o que fazemos na Tardezinha [turnê de shows com o artista brasileiro Thiaguinho] com a Citroën. Considero que nós exploramos, mas não exaurimos. Agora queremos entrar nele com maior profundidade.”

Campanha do Jeep Gladiator para a série The Last Of Us. Foto: Divulgação

Referências para a executiva são a forma de se conectar ao consumidor adotada pela Natura no remake da novela Vale Tudo, da TV Globo, em que os produtos são apresentados à vilã Odete Roitman, interpretada por Débora Bloch, e ela os critica. Mas, na sequência, entra o intervalo e a atriz diz que sua personagem é assim, mas que ela, a atriz, não só aprova como usa os produtos: “Esta abordagem que conecta, que é única, é o que vamos buscar”. 

Julho foi o melhor mês de vendas do ano na Colômbia 

São Paulo – Julho foi o melhor mês de vendas no mercado colombiano em 2025, com 23,9 mil veículos. Na comparação com igual período do ano passado houve crescimento de 44,7% e com relação a junho o avanço foi de 32,7%.

No acumulado dos sete primeiros meses do ano as vendas na Colômbia somaram 128,9 mil unidades, volume 26,7% maior do que o registrado em iguais meses do ano passado, segundo dados divulgados pela Andemos, entidade que representa o setor automotivo na Colômbia.

Os SUVs representaram mais da metade do mercado, com 71,5 mil unidades entregues aos clientes. Em segundo lugar ficaram os demais automóveis que somaram 21,8 mil vendas, seguidos pelas picapes com 8,8 mil.

No ranking por marca até julho a Kia passou a Renault e assumiu a primeira posição com 17,3 mil unidades. A Renault comercializou 17,1 mil unidades e em terceiro lugar ficou a Toyota, com 14,5 mil.

Grupo Sada investe R$ 200 milhões em recicladora de veículos

Igarapé, MG – Conhecido por sua diversificação de negócios, que vão do transporte e logística, concessionárias e fabricante de autopeças a time de vôlei e veículos de comunicação, o Grupo Sada prepara-se para sua nova investida: a reciclagem de veículos. Com aporte de R$ 200 milhões o plano é, assim que o governo federal regulamentar o capítulo do Mover, Programa de Mobilidade Verde e Inovação, que dispõe sobre a reciclabilidade, iniciar a operação na unidade de Igarapé, MG. A previsão da empresa é fim deste ano, mais tardar no início do próximo.

Diferentemente do recém-criado Circular Autopeças, da sua principal cliente, a Stellantis, pelo qual veículos serão desmontados para comercializar peças usadas e remanufaturadas, na Igar, iniciativa da Sada, o objetivo é tirar de circulação veículos mais antigos e que tenham dado perda total, extrair os materiais, como vidro, alumínio, aço e borracha, dentre outros, e endereçá-los a empresas que reciclam os produtos e os reutilizam como insumos.

“A Igar vem para ser o túmulo do carro, o fim de vida do ciclo”, disse Mark Watson, gerente de operações da recicladora. Com capacidade de processamento de 300 mil carros por ano a operação ocupa área de 80 mil m² e dispõe de 1 mil 245 vagas para veículos e/ou carcaças e 22 para cegonhas.

O espaço, que se assemelha a uma linha de produção com alto índice de automação, até por questão de segurança, será, segundo Watson, o maior centro de reciclagem da América Latina: “Hoje não existe operação como esta na região. Trata-se de projeto pioneiro que desmonta cem carros por hora, o equivalente a 1 mil carros por dia”.

O primeiro passo é a descontaminação, quando as baterias são enviadas a recicladoras especializadas. Depois as rodas são trituradas, assim como os arames de dentro dos pneus e, estes, são cortados para evitar recapagem, e enviados a empresas de borracha. Os vidros removidos caem em uma esteira que junta os cacos, os óleos são refinados e o catalisador é removido e torna-se sucata. 

Os bancos, o estofamento e outros itens emborrachados são transformados em insumo para gerar energia elétrica. O aço e o alumínio são reaproveitados por siderúrgicas ou tornam-se matéria-prima para outra unidade do grupo, a OMR Componentes Automotivos, que fabrica componentes da parte inferior de blocos de motor para a Stellantis em Betim, MG.  

“É diferente do conceito de remanufatura, em que, por exemplo, aproveita-se uma porta que não sofreu dano estrutural. Aqui tudo se transforma em matéria-prima”, disse, ao contar que o centro é capaz de gerar de 100 a 120 toneladas de sucata geral por hora, e o moinho que praticamente amassa a estrutura metálica do carro absorve até dois veículos por minuto.  

Watson contou que o Grupo Sada amadureceu o projeto ao longo de dez anos e que acabou sendo impulsionado pelo Mover, que trará regras para a atividade: “A rastreabilidade é algo imprescindível, e estaremos em linha com as normas para que possamos emitir certificado da desmontagem do veículo no fim de sua vida útil”.

A Igar também terceirizará sua operação para empresas que precisem do certificado. O gerente de operações estima que haja 45 milhões de veículos com idade de 20 a 25 anos e 8 milhões de carros parados em pátios de Detran e de seguradoras. 

“O potencial é enorme. Agora vamos esperar se no dia 1º de novembro serão validadas as regras da reciclabilidade para iniciar a operação que, no momento, está em fase pré-operacional. É preciso que haja política pública clara que incentive a desmontagem deste tipo de veículos antigos para que o Brasil inicie uma mudança de cultura.” 

O centro de desmontagem começará a operar com quatro linhas mas há potencial para expandir para nove conforme a demanda para a reciclagem de todo tipo de veículo – de outros objetos recicláveis, como eletrodomésticos, inclusive – e avance. Afinal de contas a pulverização dos negócios é intrínseca ao DNA do Grupo Sada.

Volkswagen alcança 26 milhões de veículos produzidos no Brasil

São Paulo – A Volkswagen superou a marca de 26 milhões de veículos produzidos em 72 anos no Brasil. Um Polo, o carro de passeio mais vendido no mercado, simbolizou o marco.

Hoje a companhia produz em São Bernardo do Campo e Taubaté, SP, e São José dos Pinhais, PR. Da primeira saíram 14,9 milhões de veículos, da segunda 7,9 milhões e da unidade paranaense 3,2 milhões de unidades.

O Gol foi o veículo mais produzido: 8,5 milhões. Na sequência estão o Fusca, mais de 3 milhões, e os Fox-Crossfox, 2,1 milhões.

Renova Ecopeças ampliará seu centro de reciclagem veicular

São Paulo – A Renova Ecopeças, recicladora de veículos do Grupo Porto, anunciou a expansão da sua operação. As obras começarão em outubro: um novo prédio será construído no terreno vizinho ao da operação atual, em São Paulo, e tem previsão de iniciar os trabalhos em janeiro de 2026.

Com a nova estrutura a Renova Ecopeças dobrará sua capacidade de armazenamento de veículos para desmontagem, para atender ao crescimento orgânico da demanda e ter um portfólio maior de peças remanufaturadas à disposição dos clientes.

A projeção da Renova Ecopeças é de superar a marca de 3,1 mil veículos desmontados em 2025, número que deverá subir para 4 mil no ano que vem.

GWM abre pré-venda dos nacionais Haval H9 e Poer P30

São Paulo – A GWM abriu as reservas antecipadas para o Haval H9 e para a picape Poer P30, modelos produzidos na fábrica de Iracemápolis, SP, que chegam ao mercado em setembro. Os clientes interessados devem pagar um sinal de R$ 9 mil e podem realizar a reserva por meio do site oficial da GWM, de loja no Mercado Livre, pelo aplicativo My GWM e em todas as concessionárias.

A reserva antecipada estará aberta até 10 de setembro e os clientes que a fizerem receberão alguns acessórios exclusivos em seus veículos. No caso do Haval H9 a GWM instalará engate de reboque, rack de teto e caixa organizadora, e a picape Poer P30 receberá capota marítima de lona, santantônio tubular e trava antifurto do estepe.

Gulf Oil abre seu primeiro programa de estágio

São Paulo – A Gulf Oil abriu o seu programa de estágio Imparáveis do Futuro, dedicado para estudantes universitários a partir do segundo ano de curso. As vagas serão abertas nas áreas comercial, marketing, logística, recursos humanos, finanças e tecnologia.

As vagas são para São Paulo e Iperó, SP, onde está localizada a fábrica da Gulf. Os estágios têm duração de 24 meses, mas para se inscrever os estudantes devem ter previsão de se formar de dezembro de 2026 a dezembro de 2027. As inscrições devem ser feitas por meio do link até 30 de setembro.

Vendas da Shineray crescem 87% de janeiro a julho

São Paulo – A Shineray vendeu 70,5 mil motocicletas de janeiro a julho, volume 86,8% superior ao comercializado em iguais meses do ano passado. A motocicleta Jet 125SS representou a maior parte das vendas no ano, 26 mil unidade.

O desempenho de mais dois modelos foi destacado pela Shineray: o da SHI 175 e o da Jet 50S, que somaram 19 mil e 12,3 mil vendas, respectivamente. 

Peugeot 208 e 2008 serão os próximos híbridos flex da Stellantis

São Paulo – O sistema Bio-Hybrid, como foram batizados os híbridos flex da Stellantis, estará disponível nos Peugeot 208 e 2008 que chegarão ao mercado brasileiro em setembro. A fábrica de El Palomar, Argentina, será, portanto, a segunda a produzir modelos eletrificados na região: de Betim, MG, saem os Fiat Pulse e Fastback com a tecnologia.

As mudanças na motorização dos dois modelos da Peugeot integram o planejamento da Stellantis de buscar seguir como protagonista do futuro da mobilidade no País. O desenvolvimento desse sistema foi feito nos Development Center, Safety Center e Virtual Center da Stellantis na América do Sul, localizados em Betim.

VW Caminhões e Ônibus cria centro de exportações para envio de SKDs

São Paulo – A Volkswagen Caminhões e Ônibus criou, próximo de sua fábrica de Resende, RJ, um centro de exportações onde concentrará toda a operação de envio de veículos SKD para suas três unidades no Exterior – África do Sul, Argentina e México – e para a empresa com a qual mantém parceria nas Filipinas. Segundo o vice-presidente de logística, Adolpho Bastos, os envios crescem ano a ano: em 2024 foi recorde.

A nova área ocupa 3 mil m² e recebe os veículos pedidos pelas operações do Exterior. Eles são programados na linha de montagem convencional e cada componente recebe uma identificação específica, que assegura a rastreabilidade e a organização de todo o processo.

As peças são agrupadas em kits, embaladas e alocadas em contêineres, para serem enviadas a seus destinos. No local foram instalados equipamentos de ponta, como maquinários, sistemas inteligentes de armazenamento, empilhadeiras elétricas, máquinas automatizadas para embalagem. A sustentabilidade também foi pensada: soluções como sensores de presença, que ajustam a intensidade da iluminação conforma e ocupação do ambiente, são um exemplo.

A primeira exportação a partir de nova área foi realizada no mês passado: foram 22 Constellation 26.320 enviados a Querétaro, México.

“Estamos preparados para atender com agilidade e qualidade aos nossos clientes em qualquer parte do mundo. Nossas equipes operam de forma integrada, identificando as demandas dos países em que estamos presentes e entregando exatamente o que o mercado busca.”