Novo IPI traz avanços e retrocessos

No último 10 de julho o governo publicou decreto que estabelece novos e sofisticados critérios para calcular o IPI aplicado sobre veículos vendidos no País, sejam eles importados ou nacionais. A nova tributação, que vem sendo chamada de IPI Verde, foi criada pelo Mover, Programa Mobilidade Verde e Inovação, obedecendo a um sistema de acréscimos e decréscimos de pontos, bônus e malus, que traz inegável avanço ao beneficiar carros que emitem menos CO2 e são mais eficientes, seguros e recicláveis. Contudo há distorções que trazem retrocessos justamente a todos esses benefícios.

Em termos gerais foram estabelecidas três alíquotas básicas de IPI e uma delas, já em vigor, é de zero, especificamente para o que é chamado de Carro Sustentável, em uma falsa reedição do programa do carro popular 1.0, que isenta do imposto modelos compactos de hatches, SUVs e picapes, com industrialização nacional completa – estampagem, soldagem, pintura, montagem final e fabricação de motor –, emissão máxima do poço à roda de 83 gramas de CO2e por quilômetro e massa mínima de 80% de materiais recicláveis.

Aí se revela a primeira distorção: a isenção total de IPI, até o fim de 2026, é concedida aos piores e mais depenados carros produzidos no País, ainda assim caros pelo que oferecem. Para ter direito ao incentivo estes veículos nem precisam atingir outras exigências para obter descontos no imposto, como eficiência energética e adoção de sistemas de segurança: basta ser pequeno e emitir pouco, o que se consegue com os motores mais fracos do mercado, caso dos 1.0 aspirados. Isto é um convite à não evolução destes produtos pois já estão isentos e nada mais precisa ser aprimorado para obtenção do incentivo tributário.

Para veículos leves que não atendem aos requisitos do chamado Carro Sustentável foram estabelecidas alíquotas básicas de IPI de 6,3% para automóveis de passageiros e de 3,9% para utilitários – outra distorção gritante aqui é incluir nesta categoria, com tarifa básica mais baixa, picapes enormes, luxuosas, ineficientes e caríssimas sem utilidade comercial, pois são utilizadas por muitos só para ostentar na mobilidade individual e familiar.

Bônus anulados por malus

A partir das alíquotas básicas do IPI começa a valer, em outubro, um sistema de acréscimos e decréscimos de pontos porcentuais, os bônus e malus, que leva em consideração a fonte energética do veículo – eletricidade, etanol, gasolina, diesel ou a mistura destes em híbridos plugáveis, fechados e leves –, potência do motor, o atendimento a metas de eficiência energética, desempenho de segurança e reciclabilidade.

Todos estes critérios fazem sentido à primeira vista, pois em tese criam tributação mais justa do que havia antes, beneficiando veículos mais sustentáveis, eficientes e seguros, ao mesmo tempo em que pune os modelos que vão na contramão destes objetivos.

Mas claramente a nova fórmula de cálculo traz alguns jabutis – aqueles animaizinhos cascudos que não sobem em árvores, mas se estão lá é porque alguém os colocou, neste caso representantes do governo e fabricantes de veículos que por meses discutiram e negociaram as novas regras.

Alguns jabutis já se encontram pendurados em ganhos da árvore de fontes energéticas, que dá o maior desconto no IPI, de 2 pontos porcentuais, para carros elétricos e híbridos plug-in flex etanol-gasolina, e concede 1 ponto para híbridos flex leves, enquanto modelos com motor a etanol têm bônus de apenas 0,5 ponto e os flex equipados só com motor a combustão têm zero, não ganham nem perdem pontos.

Como está modelos com sistema híbrido flex leve ou completo, com pequena ou muita assistência elétrica, mas que podem usar só gasolina se o dono assim o desejar, são mais beneficiado com desconto de IPI do que um carro a etanol que pode consumir e emitir até menos do que um híbrido.

Na tabela de bônus e malus dos veículos comerciais leves encontra-se outra distorção extremada: picapes a diesel, inclusive aquelas da mobilidade-ostentação, terão acréscimo de apenas 2,5 pontos na alíquota-base de 3,9% do IPI, enquanto automóveis a diesel – basicamente os SUVs 4×4 – pagarão 12 pontos a mais sobre a base de 6,3%.

Ganha na energia e perde na potência

As distorções seguem para a tabela de potências, em que apenas motores muito fracos, de até 55 cv, que nem são encontrados no mercado atualmente, têm desconto de 2,5 pontos, os até 66 cv têm 1,75 ponto, os até 72 cv ganham apenas 0,25 ponto e os até 85 cv não ganham nem perdem.

Pelos critérios de potência a maioria dos veículos leves produzidos hoje no País terá acréscimos no IPI, de 0,75 ponto para os que têm até 105 cv e de 1,5 ponto para até 132 cv.

Tributar veículos apenas por sua potência já é uma distorção em si, pois estimula a engenharia do atraso, aquela que tira cavalos do motor só para pagar menos imposto, mesmo que isto signifique perda de eficiência. Muitos veículos elétricos e híbridos beneficiados com bônus de 2 pontos por sua fonte energética mais limpa serão punidos com mais pontos no IPI só porque são mais potentes.

Na prática um veículo muito eficiente em consumo e fonte energética limpa poderá ser punido com tributação maior por causa de sua potência. A quem interessa esta contradição?

Oportunidades perdidas

Também estão incluídos nos critérios de acréscimos e decréscimos do novo IPI o cumprimento de metas de segurança, reciclabilidade e eficiência energética, que já tinham sido estabelecidas por decreto anterior, de abril, que regulamenta os requisitos obrigatórios para comercialização de veículos no País do Programa Mover.

Aqui, ao que parece, o governo atendeu aos pedidos dos fabricantes para não endurecer demais os objetivos e evitar custos.

Para eficiência energética é concedido desconto de 1 a 2 pontos no IPI para aqueles carros que atinjam ou superem as metas, mas nenhuma punição de acréscimo ao imposto está prevista aos veículos que não atenderem.

Da mesma forma é concedido 1 ponto de desconto no IPI de carros que atendam exigências de segurança e adoção de sistemas de assistência. Mas não se perde nada por não cumprir este objetivo, que já é bastante baixo, com a inclusão de sete itens obrigatórios que a maioria dos carros no País já possui, até por obrigação legal, como é o caso do controle eletrônico de estabilidade ESC. Aqui perde-se a oportunidade de ir além e incentivar a inclusão de mais sistemas de segurança ativa.

Na questão de reciclabilidade concede-se de 1 a 2 pontos de desconto no IPI básico, respectivamente, para empresas que recolherem para sucateamento um veículo a cada dez ou a cada cinco produzidos. Assim está se dando incentivo tributário para algo que poderia ser simplesmente uma obrigação legal, a exemplo do que já acontece há anos com a logística reversa obrigatória de pneus no País.

Enfim o novo IPI tem a direção certa mas passa por desvios que, mais uma vez, tendem a atrasar o desenvolvimento da indústria automotiva no Brasil. Mas as regras valem por pouco tempo, só até o fim de 2026, quando o imposto começa a ser substituído pelo IVA criado na reforma tributária aprovada no fim de 2024. Até lá é possível aprimorar a tributação e evitar as distorções.

América do Sul deixa o resultado financeiro da Stellantis menos pior

São Paulo — Não fosse a operação sul-americana da Stellantis, sua terceira maior em volume de vendas, os resultados de um decepcionante primeiro semestre seriam ainda piores. Por aqui as vendas cresceram 20% em volume sobre o primeiro semestre de 2024, somando 471 mil veículos, puxado pelo desempenho da Argentina, o que resultou em geração 5% superior de receita, € 7,8 bilhões, diferença justificada especialmente por fatores cambiais.

Mas o que ajudou muito no resultado financeiro foi o lucro operacional de € 1,2 bilhão na região. Na América do Norte o resultado operacional foi negativo em € 1 bilhão e na Europa positivo em € 9 milhões. No total a Stellantis fechou o primeiro semestre com € 540 milhões de lucro operacional, mas prejuízo líquido de € 2,3 bilhões, que se compara a um lucro líquido de € 5,6 bilhões de um ano atrás.

A receita caiu 13%, somando € 74,3 bilhões.

O CEO Antonio Filosa admitiu que este ano será complicado para os negócios da Stellantis e as tarifas de Donald Trump colaboraram – o CEO calcula que elas gerarão impacto negativo de € 1,5 bilhão no caixa da empresa durante o ano. Mas esforços em outras áreas, como a otimização dos estoques e dos custos de produção, ajudarão a melhorar os negócios.

A Stellantis divulgou também suas projeções para o ano, que haviam sido suspensas por causa das tarifas: reversão da receita líquida para o azul e margem operacional na casa de um dígito – no primeiro semestre fechou em 0,7%.

O retorno de quem não deveria ter ido

O que reforça a confiança de Filosa para o segundo semestre, especialmente na América do Norte, onde o resultado foi pior, é o retorno de carros considerados por ele ícones da história das marcas, como o Jeep Cherokee, que terá powertrain híbrido, e o Dodge Charger. Ambos serão lançados nos próximos meses.

Também retornará ao mercado o motor Hemi, para equipar picapes Ram 1500. O V8 foi descontinuado no ano passado mas, em uma correção de rota, retornará ainda em 2025: “Pesquisas indicaram que 40% dos compradores de picape dos Estados Unidos só consideram marcas que tenham um V8 em seu portfólio. Nós erramos e estamos corrigindo o erro”.

Na Europa a confiança é na consolidação dos seus produtos lançados sobre a plataforma Smart Car, como o Fiat Grand Panda e o Citroën C3 Aircross, que é ligeiramente diferente daquele produzido em Porto Real, RJ. Ainda será lançada a nova geração do Jeep Compass.

Da região América do Sul pouco foi abordado na apresentação. Os resultados positivos mostrados falam por si só.

Ford investe para ampliar produção da Ranger na Argentina

São Paulo – O bom desempenho da picape Ranger no mercado, com aumento de 25% nas vendas no Brasil no primeiro semestre, fez a Ford investir US$ 40 milhões na ampliação de sua produção na fábrica de Pacheco, Argentina, conforme antecipou a Agência AutoData. O ritmo será expandido para mais de 80 mil unidades, 10 mil acima da capacidade anterior – que já fora ampliada em novembro.

De acordo com a Ford o volume levará a Ranger a um recorde histórico de produção, 30% acima do ano passado e 45% superior ao do ano de seu lançamento.

Com este investimento chega a US$ 700 milhões o total investido pela Ford na fábrica argentina, que tem 50% do seu volume dedicado ao Brasil, além de Argentina, Chile, Peru, Colômbia, Paraguai e Uruguai. Segundo a Ford novas configurações serão introduzidas nas linhas, como as versões cabine simples e chassi, apresentadas na Fenatran do ano passado.

“A resposta dos clientes superou nossas expectativas mais otimistas e nos impulsiona a dar um passo a mais para abastecer a demanda local e regional”, destacou Martín Galdeano, presidente da Ford América do Sul. “Com este novo investimento não só elevamos a capacidade produtiva da Ranger a um recorde histórico como também ampliamos a sua oferta com a versão cabine simples, muito esperada. É um orgulho ver como a Ranger continua alavancando o crescimento da Ford no segmento de picapes na América do Sul.”

Anfavea e BYD acionam artilharia às vésperas da decisão da Camex

São Paulo – Pautado para a reunião do Gecex, Comitê Executivo de Gestão da Camex, Câmara de Comércio Exterior, da quarta-feira, 30, o pleito da BYD para a redução das tarifas de importação de kits CKD e SKD, que pode se estender a outras fabricantes com planos de produzir localmente, tem movimentado os corredores de Brasília, DF. Representantes da Anfavea e da companhia chinesa estão fazendo uso de sua influência no colegiado, em uma queda de braço que emergiu à superfície com notas divulgadas à imprensa na segunda-feira, 28.

Conforme divulgado pela Agência AutoData em abril a BYD pediu ao governo a inclusão dos kits nos ex-tarifários por três anos, reduzindo os impostos de importação para 10% no caso dos kits SKD e 5% nos CKD de veículos híbridos ou elétricos. O argumento, segundo afirmou o vice-presidente sênior Alexandre Baldy no início do mês, é que seria mais compensatório trazer os veículos montados da China caso a mesma alíquota fosse aplicada, da forma que é atualmente, para os veículos prontos ou desmontados. No caso dos kits, de acordo com Baldy, há a geração de empregos para a sua montagem em Camaçari, BA.

A Anfavea, em nota enviada à imprensa, afirmou que “reduzir as tarifas de importação para veículos eletrificados nos regimes SKD e CKD, sem compromissos reais de nacionalização, ignora os impactos sociais e ameaça diretamente o emprego e a renda de milhares de trabalhadores da cadeia automotiva. Trata-se de um retrocesso que fragiliza a indústria nacional e compromete o desenvolvimento regional”.

Em paralelo a entidade, junto com Sindipeças, as federações da indústria de Goiás, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo – Estados onde há produção de veículos – e centrais sindicais, enviou carta ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, expondo seus argumentos.

Citam que o subsídio, no caso das montadoras chinesas, seria algo duplicado, pois na China os grandes grupos automotivos recebem benefícios do governo que, de acordo com a Anfavea, somaram R$ 1,5 trilhão nos últimos catorze anos. Isto prejudicaria a competição com as empresas aqui instaladas, há anos com produção de veículos e geração de empregos.

Uma outra carta, assinada por Ciro Possobom, CEO da Volkswagen, Santiago Chamorro, presidente da General Motors, Emanuele Cappellano, presidente da Stellantis, e Evandro Maggio, presidente da Toyota, também foi enviada a Lula.

Tom mais alto nos corredores

Nos corredores do Planalto Central, segundo uma fonte próxima à negociação, o tom da conversa foi elevado. Representantes das associadas da Anfavea, que estão unidos e fecharam questão contrária ao pleito, falam em redução dos investimentos programados para os próximos anos, que somam mais de R$ 180 bilhões. Os negociadores da BYD, por sua vez, chegaram a ameaçar suspender seus planos para o Brasil.

“Não dá para dizer quem será atendido”, afirmou a fonte, que chegou a ouvir do ministro do MDIC, Geraldo Alckmin, que o pedido não passará. Mas existe forte pressão de outros ministérios, como o da Casa Civil, que tem Rui Costa, ex-governador da Bahia e grande incentivador da instalação da BYD em Camaçari, como seu titular: “O Alckmin não é inflexível. Se houver um pedido do presidente Lula, por exemplo, ele poderia ceder”.

A fonte avaliou que o programa do Carro Sustentável, que zerou o IPI de veículos produzidos por montadoras diretamente interessadas no assunto, sobretudo as de grandes volumes como General Motors, Renault, Stellantis e Volkswagen, pode ter sido usado como uma espécie de moeda de troca para o atendimento do pleito da BYD, deixando todas as partes com benefícios.

O Gecex da Camex é um colegiado formado por representantes de diversos ministérios, como Casa Civil, Fazenda, Planejamento e Relações Exteriores, e presidido pelo titular do MDIC, Geraldo Alckmin.

Em entrevista coletiva Alckmin disse que uma possível solução seria atender pleitos das duas partes: o da Anfavea, que deseja a retomada imediata dos 35% do imposto de importação para veículos montados, e o da BYD, criando cotas para importação de CKD e SKD de eletrificados.

Ele não deu mais pormenores e disse que a decisão será do colegiado.

Christian Wahnfried assume diretoria na AEA

São Paulo – Christian Wahnfried é o novo diretor da área de Fora de Estrada e Estacionários da AEA, Associação Brasileira de Engenharia Automotiva. Wahnfried é formado em engenharia mecânica e sucede a Mauricio Lavoratti, que deixou a entidade para outros desafios profissionais.

Wahnfried é especialista em requisitos, combustíveis e emissões na Bosch, onde trabalha há 27 aos, e assume o novo cargo na AEA em um momento importante que é o da transição regulatória de MAR-I para MAR-II.

Mercedes-Benz eActross viaja de São Paulo ao Rio de Janeiro sem recarregar

São Paulo – Em testes no Brasil o caminhão elétrico Mercedes-Benz eActros 400 rodou 422 quilômetros sem precisar parar para recarregar suas baterias. O caminhão saiu da fábrica da empresa em São Bernardo do Campo, SP, e chegou até o Posto Galápagos, em São João do Meriti, RJ, percorrendo a maior parte do caminho pela Rodovia Presidente Dutra.

Segundo a montadora foi a primeira vez que um caminhão elétrico percorreu o principal trecho da Dutra, que liga os Estados de São Paulo e Rio de Janeiro, sem precisar recarregar. O PBT era de 19,2 mil kg e o peso da carga 6,2 mil kg.

O Mercedes-Benz eActros 400 e o eActros 300 serão testados por clientes brasileiros nos próximos meses para que comprovem sua capacidade para operar em rotas interurbanas de cargas médias e pesadas.

IPI Verde deve impulsionar mercado já nos próximos meses

São Paulo — Na mais recente edição do programa Linha de Montagem AutoData Ricardo Roa, sócio responsável pela área automotiva da KPMG no Brasil, avaliou os possíveis impactos da implementação do IPI Verde sobre o mercado de veículos. A entrevista apontou que a nova política, já em vigor em sua primeira etapa, poderá estimular as vendas em curto prazo e gerar reflexos positivos na produção local.

Assista abaixo ou clicando aqui.

“O reflexo imediato deve vir principalmente da fase inicial, já em vigor, dedicada aos veículos de entrada com menores níveis de emissões”, afirmou Roa. Para ele esta primeira etapa do novo IPI Verde pode acelerar vendas tanto no varejo quanto as diretas, com destaque para o canal das locadoras — que tradicionalmente concentram boa parte da demanda justamente por modelos compactos e de menor cilindrada.

Segundo Roa as montadoras que ainda mantêm em seus portfólios produtos neste perfil já estavam se preparando para este movimento, antecipando-se à sinalização do governo de que o novo modelo começaria justamente pelos modelos mais populares.

O sócio da KPMG avalia ainda que a segunda fase do IPI Verde — aquela com regras mais amplas, prevista para entrar em vigor em noventa dias — deverá ter impactos mais graduais, mas não menos importantes: “A nova fórmula de cálculo, que leva em conta critérios como eficiência energética, reciclabilidade, densidade industrial local e conteúdo nacional, tende a influenciar decisões estratégicas de produção e investimentos em médio e longo prazos”.

Na avaliação de Roa este novo ciclo regulatório pode acelerar o desenvolvimento e a oferta de veículos mais eficientes, com maior presença de tecnologias como motores de baixa cilindrada, sistemas de hibridização leve e até o flex híbrido, que passa a ganhar espaço como alternativa viável dentro dos parâmetros do Programa Mover.

“O IPI Verde representa uma mudança estrutural, que vem em um momento importante para o setor. Se bem compreendida e explorada pode ser instrumento relevante para impulsionar o mercado, estimular a produção local e atrair investimentos em inovação.”

A entrevista completa está disponível no canal do Linha de Montagem AutoData e aprofunda a análise sobre os desdobramentos do novo regime tributário para montadoras, fornecedores e consumidores.

Chevrolet Montana 2026 recebe quadro de instrumentos digital

São Paulo – A Chevrolet anunciou a chegada da linha 2026 da picape Montana ao mercado nacional. A principal novidade está no interior do veículo, que ganhou novo quadro de instrumentos digital com tela de 8 polegadas, que se conecta ao sistema multimídia de 11 polegadas, como em outros modelos como a Chevrolet Spin.

Por fora a picape traz novas rodas nas versões Premier e RS e a nova cor vermelho Scarlet. A linha 2026 será vendida nas versões MT, LT, LTZ, Premier e RS. 

As mudanças realizadas visam a elevar a competitividade da Montana no mercado, uma vez que as vendas totais de picapes deverão superar a marca de 500 mil unidades no Brasil em 2025, de acordo com a GM.

Veja abaixo o preço de cada versão da Chevrolet Montana 2026:

Montana 1.2T MT – R$ 141,8 mil
Montana 1.2T LT – R$ 147,8 mil
Montana 1.2T LTZ – R$ 164,3 mil
Montana 1.2T Premier – R$ 173 mil
Montana 1.2T RS – R$ 177,3 mil

Mercedes-Benz EQB 250+ ganha mais autonomia

São Paulo – A Mercedes-Benz anunciou a chegada do novo EQB 250+ no mercado brasileiro, um SUV com motor elétrico de 190 cv de potência e bateria de 70,5 kWh, que permite que o veículo rode até 376 quilômetros, de acordo com as medições do Inmetro, autonomia maior do que a da linha anterior, segundo a companhia.

Os compradores do EQB 250+ receberão um wallbox e a sua instalação junto com o veículo, três anos de garantia de fábrica e três anos de manutenção preventiva já inclusos no valor da compra.

O atual portfólio de elétricos da Mercedes-Benz é composto por sete modelos: EQE 53 4MATIC+ SUV, o AMG EQS 53 4MATIC+ e o EQS 450 4MATIC SUV, EQA 250 SUV, EQA 250 sedã, EQE 350 SUV, EQE 350 sedã

O EQB 250+ traz central multimídia com tela sensível ao toque de 10,2 polegadas e comandos de voz, assistente de manutenção em faixa, que passou por melhorias para ter uma operação mais suave, quadro de instrumentos digital e ar-condicionado digital e automático.

O novo Mercedes-Benz EQB 250+ tem preço sugerido de R$ 399,9 mil e já está disponível em todas as concessionárias.

Caio apresenta eMillenium BRT para transporte urbano

São Paulo – Como parte da celebração de seus 80 anos a encarroçadora Caio anunciou o lançamento do eMillenium BRT, ônibus articulado 100% elétrico desenvolvido para operação em corredores de transporte urbano. Inspirada em sistemas de transporte coletivo europeus a concepção técnica do eMillennium BRT permite futuras adaptações a diferentes plataformas motrizes, conforme a estratégia e as necessidades de cada cliente.

Dentre os principais diferenciais do novo modelo destacam-se os espelhos retrovisores eletrônicos, que substituem os convencionais por câmaras e monitores internos, proporcionando visibilidade total em qualquer condição climática e contribuindo para a segurança da operação.

A cabine do motorista foi redesenhada, “com cores escuras que reduzem reflexos, isolamento acústico aprimorado e ergonomia otimizada, promovendo mais conforto e sensação de segurança ampliada ao condutor”. As portas do tipo fole estão alinhadas à lateral externa da carroceria para minimizar interferências aerodinâmicas.