AutoData - Znidarsis: Nissan crescerá dois dígitos em 2015.
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22/04/2015

Znidarsis: Nissan crescerá dois dígitos em 2015.

Desde novembro vice-presidente de vendas e marketing da Nissan, o brasileiro Ronaldo Znidarsis quer, enfim, estabelecer-se novamente no País. “Estou de volta à minha casa e não penso mais em sair. Chega!”, brinca o executivo, que acumula mais de 25 anos de experiência no mercado automotivo e passagens por General Motors e Volkswagen em países como Venezuela, Coreia do Sul, Singapura, China e Alemanha, dentre outros.

Formado em economia pela Universidade Mackenzie e com mestrado em Gestão pela Universidade de Boston, Znidarsis chega à Nissan em momento definitivo para a jovem fabricante nacional: enquanto o mercado projeta queda nas vendas na casa dos dois dígitos, a marca almeja exatamente o oposto – crescer na mesma proporção.

“Vivemos um bom momento, de expectativa de crescimento na participação e volume. Lançamos a fábrica e o March no ano passado e agora o Versa está chegando às concessionárias. Vamos seguir na contramão do mercado.”

O executivo conversou com a Agência AutoData em Mogi das Cruzes, SP, durante a apresentação do sedã nacional à imprensa. Confira.

Quais são as expectativas da Nissan com relação à produção nacional do Versa?

Antes tínhamos a limitação das importações do México. Agora, com a facilidade da produção nacional, nossa visão é atender a demanda. A Nissan, ao contrário do mercado, está em uma boa época, de expansão no País. Falando em números: nos primeiro três meses projetamos vender 1,5 mil unidades do Versa e depois expandir para 2 mil/mês.

Recentemente o acordo comercial bilateral Brasil-México foi renovado com novas regras: agora 70% da divisão das cotas por montadora é definida pelo país exportador, enquanto antes o índice era de 100%. Isso muda o plano de vocês?

Nós respeitamos. Como disse, o nosso foco é localização e produção nacional, então nossa estratégia não muda, vamos fechar foco no investimento e no desenvolvimento de produtos para o consumidor brasileiro. Somos uma marca japonesa com o toque atrevido de atender o que o brasileiro busca. Com relação à nova regulamentação estamos tranquilos: o March e o Versa são produzidos em Resende e a Frontier no Paraná. Só estamos importando o Sentra do México e o Altima dos Estados Unidos.

Há planos de trazer mais produtos do México?

Vamos analisar o mercado. A Nissan tem portfólio grande lá fora e, embora nossos esforços estejam concentrados na plataforma daqui, estamos analisando oportunidades futuras.

A fábrica de Resende completará um ano em abril. Como estão as operações? Tudo corre dentro do cronograma?

Trabalhamos com um turno de produção e superando expectativas, batendo recordes em níveis de qualidade. Nossa fábrica com um ano de produção já se equipara a índices de qualidade de fábricas do Japão e dos Estados Unidos, algo que nos deixa muito felizes e tranquilos. Ganhamos um prêmio de Fábrica mais Sustentável da América Latina, o que nos alegra porque nossa preocupação é crescer com tecnologia e preservação do meio-ambiente.

Em fevereiro, no lançamento do March com motor de três cilindros, o presidente François Dossa projetou estabilidade no mercado brasileiro e crescimento de 20% nas vendas da Nissan. Mas no fechamento do bimestre muita gente sentou à mesa, reavaliou planilhas e chegou a novas estimativas. E a Nissan?

São várias expectativas até agora. Dependendo do analista consultado a queda no mercado pode chegar de 5% a 15%. Acreditamos que o impacto será maior nas marcas que estão há mais tempo no Brasil, por isso nossa estratégia não muda. Somos uma marca jovem, que teve limitações pelo lançamento da fábrica e que agora está pronta para atender o mercado. Então acreditamos que cresceremos independente da indústria.

A Nissan é patrocinadora oficial dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos do Rio 2016. Alguma ação especial planejada?

A oportunidade de participar desse momento único, de um evento histórico como esse, nos deixa orgulhosos. Teremos novidades sim, mas não vou falar sobre isso agora e não será também apenas no âmbito de produto. A Nissan é uma marca nova no Brasil, ainda não conhecida por muita gente, então temos a grande oportunidade de, associados ao maior evento esportivo do mundo, apresentar a Nissan para o povo brasileiro, que ainda não tem ideia do tamanho da marca fora daqui.

Agora a Nissan patrocina também a Liga dos Campeões, importante torneio de futebol da Europa. Haverá aproveitamento desta iniciativa no Brasil? E o apoio à escola de samba Salgueiro, continua no ano que vem?

Sem dúvida, continua. O Salgueiro é um grande parceiro nosso e faz parte daquele toque atrevido que comentei antes: uma empresa japonesa, com DNA japonês, associada ao carnaval, mostra essa versatilidade e flexibilidade que procuramos. Juntar o lado bom, sério, respeitoso, de inovação e tecnologia do japonês com a ginga, o samba e a versatilidade do brasileiro é uma fórmula ganhadora. Com relação à Liga dos Campeões é espetacular ver a marca em todos os jogos, ainda mais para um apaixonado por futebol como eu. Por enquanto vamos fazer ações específicas em parcerias com alguns concessionários, mas no próximo ano vamos explorar mais essa competição também no Brasil.


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