AutoData - Renegade chega no dia 10 por R$ 70 mil
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23/04/2015

Renegade chega no dia 10 por R$ 70 mil

O céu encoberto e a chuva perene que dominaram a segunda-feira, 23, no Rio de Janeiro, RJ, não tinham nada a ver com os idílicos verões cariocas e muito menos com o horizonte ensolarado que a FCA imagina para o Renegade. Ainda assim o primeiro veículo produzido pela Jeep na nova fabrica de Goiana, PE, foi exibido para imprensa em clima de euforia.

Sem meias palavras Sérgio Ferreira, diretor da Jeep na América Latina, afirmou que o modelo será líder do segmento de SUV compactos no Brasil, posto hoje ocupado pelo Ford EcoSport, secundado pelo Renault Duster – e já para 2015.

Parece tarefa desafiadora, mas o site da Jeep, até a metade de março, já contava com mais de 20 mil cadastros para pré-compra das três versões de acabamento – Sport, Longitude e Trailhawk. Isso sem que os consumidores soubessem o preço de cada uma delas, algo revelado somente na chuvosa noite da segunda, 23: o modelo tem preços a partir de R$ 69,9 mil, com câmbio manual e motor flex 1.8, mas a fabricante promete versão de entrada para daqui três meses a R$ 66,9 mil.

O topo de gama tem valor sugerido de R$ 117 mil. A diesel mais barata, R$ 99 mil, e as intermediárias R$ 89 mil flex 1.8 e R$ 110 mil diesel.

Alem da tradição dos modelos Jeep, ícone do segmento em todo o mundo e que aqui foram produzidos durante duas décadas a partir dos anos 60, a empresa aposta do pacote de recursos tecnológicos e de conforto e na oferta de motor turbodiesel 2.0 em todas as versões.

Os dois motores podem ser associados a caixas de marchas manual ou automática – de nove marchas no caso do turbodiesel e seis nos flex. Único pênalti é que para dispor de tração nas quatro rodas, quase uma lei para um herdeiro dos pioneiros utilitários da marca, o consumidor terá que desembolsar mais: o 4×4 estará presente apenas nas versões a diesel.

Ao que parece essa limitação não incomoda os dirigentes da Jeep, cuja rede de concessionários será oficialmente aberta esta semana com 120 casas e chegará a duzentas até o fim do ano, segundo o cronograma da empresa revelado na semana passada. O interesse pelas versões a diesel na pré-consulta esteve acima das expectativas, assegurou Ferreira, sem no entanto exibir números.

De qualquer maneira a Jeep espera um mix de vendas de 22% da versão diesel.

O Renegade entra para história do setor automotivo brasileiro como o veículo que marcou a volta da Jeep ao Brasil, mas também por ser produzido na primeira fábrica inaugurada após a consolidação mundial da FCA, Fiat Chrysler Automobiles, e dispor de conteúdos inéditos para um produto nacional, como sistema auxiliar de estacionamento ou teto totalmente removível.

A apresentação do Renegade no Rio de Janeiro teve abrangência continental. A FCA convidou jornalistas de todos os países sul-americanos, destinos do SUV já partir do segundo semestre. A participação das exportações este ano, tudo indica, será tímida. A montadora entende que a prioridade imediata será abastecer o mercado interno, até porque em breve, até o encerramento de 2016 – embora a empresa não confirme oficialmente –, o Renegade dividirá o mesmo teto pernambucano com outro produto Jeep e mais um Fiat.


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