A Toyota abriu processo para contratar até 500 trabalhadores para suas fábricas de Sorocaba, SP, onde produz a família Etios, e Porto Feliz, SP, de onde sairão os motores 1,3 litros e 1,5 litro que equipam o compacto. A fábrica de motores, com inauguração prevista para o primeiro semestre de 2016, empregará em torno de 180 funcionários, segundo comunicado divulgado pela montadora na quinta-feira, 30.
Em recente entrevista exclusiva à Autodata o CEO da Toyota América Latina e Caribe, Steve St. Angelo, revelou em primeira mão que as contratações começariam em poucas semanas. Contou também que a fábrica de Porto Feliz, inicialmente projetada para produzir 70 mil motores, foi ampliada para até 108 mil unidades por ano – exatamente a capacidade de produção dos modelos Etios, também recentemente ampliada.
As contratações de Sorocaba servirão para atender essa nova capacidade produtiva do compacto da Toyota em suas configurações hatch e sedã. De janeiro a junho foram comercializadas cerca de 30 mil unidades dos dois modelos no mercado nacional, segundo a Fenabrave – os Etios também são exportados para a Argentina, Paraguai e Uruguai.
No comunicado divulgado à imprensa, St. Angelo afirmou que, com as contratações, a Toyota “demonstra o compromisso com o Brasil ao criar novas oportunidades de trabalho, complementado pelos recentes investimentos já realizados para o desenvolvimento da produção local e aprimoramento da qualidade dos veículos da marca”.
Koji Kondo, presidente da Toyota do Brasil, ponderou que a geração de empregos é uma das maneiras mais significativas de retribuição à sociedade. “Gostaria de dar as boas vindas aos novos colaboradores da família Toyota do Brasil, que, com certeza, nos ajudarão a continuar a trilhar pela rota do crescimento sustentável.”
Interessados podem consultar as vagas disponíveis na seção Trabalhe Conosco do site www.toyota.com.br.
Campanha – Em São José dos Campos, SP, os metalúrgicos aprovaram em assembleia a pauta da Campanha Salarial 2015, que será conjunta com os trabalhadores de Campinas, Limeira e Santos, representando cerca de 165 mil pessoas. A data-base é 1º de setembro.
O sindicato afirmou em comunicado que a categoria reivindica reajuste de 13,3% no salário, sendo o INPC do período mais 3,4% de aumento real, e 15% no caso das montadoras da região – dentre elas a General Motors, que na terça-feira, 28, anunciou novo pacote de investimentos que exclui a fábrica de São José dos Campos por, segundo a companhia, “falta de flexibilidade e competitividade”.
A Chery, de Jacareí, SP, é outra montadora que tem trabalhadores representados pelo sindicato local.
Os metalúrgicos querem também piso salarial do Dieese para a região – R$ 3,3 mil em junho –, redução da jornada de trabalho para 36 horas semanais, estabilidade no emprego, mais direitos para as mulheres, renovação e ampliação das cláusulas sociais, dentre outras coisas.
Os trabalhadores da região de São José dos Campos, Campinas, Limeira e Santos também se posicionaram contrários ao PPE, Programa de Proteção ao Emprego, anunciado há semanas pelo governo federal. Eles defendem a redução da jornada de trabalho sem mexer nos salários – pelo PPE há redução de até 15% nos vencimentos dos metalúrgicos que aceitarem, em assembleia, aderir ao plano.
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