São Paulo – A Randoncorp começou a reciclar a areia que resta de seus processos de fundição, na Castertech Fundição e Tecnologia, em parceria com o Caxiense Fagundes, indústria que processa e comercializa insumos utilizados na construção civil em Caxias do Sul, RS. Recentemente a Fundação Estadual de Proteção Ambiental a autorizou a utilizar o resíduo como insumo.
Batizado como Ecoareia o projeto foi apresentado em 2021 como parte do Rota Verde, conjunto de metas ambientais a serem cumpridas até 2030, por meio de ações conjuntas de todas as unidades do grupo. E um dos ponto principais é parar com os descartes em aterros industriais até 2025.
A areia descartada de fundição, que representa mais de 70% do volume de resíduos da Castertech, deriva de areia de sílica limpa, carvão e bentonita, que é a argila natural, e possui alta capacidade de compactação. Por isto é utilizada para formar os moldes de fundição de metais, principalmente aço e ferro. Depois de ser usada em vários ciclos a areia perde as características originais e precisa ser descartada.
Com o Projeto Ecoareia a Caxiense Fagundes recebe o resíduo e o reinsere na cadeia produtiva – a areia de fundição possui grande utilidade na construção civil: de origem mineral pode, por exemplo, ser usada na base da composição da manta asfáltica em estradas e em pavimentações em geral. A reutilização da areia de fundição substitui, parcialmente, o pó de brita.
Apenas na fundição de Caxias do Sul a Castertech gera cerca de 800 toneladas de areia ao mês. Inicialmente serão destinadas ao parceiro, mensalmente, 400 toneladas. O potencial de reutilização do resíduo pode ser ampliado às outras unidades de fundição do grupo, que funcionam em Indaiatuba, SP, e em Schroeder, SC. Com isto a reciclagem poderá chegar a 12 mil toneladas ao ano. Para atingir o objetivo, porém, a companhia busca parceiros em outras regiões.