Os veículos elétricos são a bola da vez dentro da indústria automotiva, com a China encabeçando essa nova tendência e a União Europeia impondo taxação pesada às fabricantes que não obedecerem ao cronograma apertado para a produção em massas desses veículos.
Neste cenário, o Grupo PSA desenvolveu tecnologia própria para lançar sua linha de veículos elétricos em 2019. De acordo com Carlos Tavares, presidente do grupo, esse modelo será 100% produzido com tecnologia PSA:
“As empresas que não tiverem a tecnologia para o carro elétrico podem quebrar. Por isso, há três anos resolvi investir nesta tecnologia”.
Apesar de considerar importante a entrada na eletrificação até mesmo para a sobrevivência do negócio, Tavares critica a falta de respostas a uma série de perguntas, dentre elas: quem vai pagar a conta da eletrificação, considerando que os governos tendem a perder receita com a tributação dos combustíveis, por exemplo?
Além disso, questões como a falta de infraestrutura para abastecimento e reciclagem de baterias também são pontos levantados pelo executivo: “Sem lugar para abastecer o cliente não vai querer comprar. Vamos empurrar o veículo para o mercado sem uma rede de abastecimento”.
O executivo destaca que a infraestrutura para abastecimento dos veículos deveria ocorrer por meio de uma política pública, algo que ainda não está sendo discutido.
Para Tavares, uma preocupação é que se crie uma propaganda eleitoral nas grandes cidades em cima desse tema: “Hoje não existe um governo que seja capaz de responder a todas essas dúvidas. E a responsabilidade científica dessa tecnologia é dos governos”.
O fato de o Brasil ter a opção do carro flex é positivo tanto para o País quanto para a América do Sul.
Foto: Divulgação.
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