AutoData - PSA espera carros 100% autônomos no mercado em 2030
Tecnologia
17/04/2018

PSA espera carros 100% autônomos no mercado em 2030

Imagem ilustrativa da notícia: PSA espera carros 100% autônomos no mercado em 2030
Foto Jornalista  Caio Bednarski

Caio Bednarski

O Groupe PSA acredita que os carros totalmente autônomos, com nível cinco de condução, aqueles que dispensam motoristas e levam as pessoas até o destino solicitado, serão realidade a partir de 2030. Os primeiros modelos nível cinco debutam no mercado em 2025, de acordo com Carla Gohin, vice-presidente de pesquisa, inovação e tecnologias avançadas, que falou sobre esse tema na terça-feira, 17, na sede da empresa, em São Paulo.

 

“Já temos dois veículos nível cinco de condução autônoma sendo testados em Singapura e acredito que a chegada dessa tecnologia no mercado começará pela China, Europa e Estados Unidos”.

 

Rodando mais de 150 mil quilômetros com seus modelos autônomos, a PSA destacou que foi a primeira empresa do setor automotivo a receber autorização para realizar testes com pessoas que não são especialistas.

 

Na França, a fabricante já oferece test-drive de veículos autônomos para os clientes, com níveis dois, três e quatro da tecnologia. Esses modelos trafegam normalmente no trânsito, convivendo com os carros conduzidos o tempo todo por motoristas.

 

“No ano passado aproximadamente 50 pessoas testaram nossos veículos autônomos, sempre com um especialista ao lado. E as reações são as mais diversas possíveis. A maioria das pessoas leva algum tempo para confiar no carro e entender que não precisam assumir o controle, o que é normal, pois é algo novo.”

 

Nos próximos cinco anos o autônomo nível três deve ser viável comercialmente, conduzindo boa parte do tempo mas alertando o condutor caso ele precise voltar para o comando por causa de algum problema com a leitura do trajeto. “Em 2022 teremos em nosso portfólio modelos com nível três de condução autônoma sendo oferecido para os consumidores dos países que tenham infraestrutura”.

 

Com relação à chegada dessas tecnologias para a América Latina, a vice-presidente afirma que isso levará um tempo maior do que na China, Europa e Estados Unidos, justamente pela oferta de infraestrutura que cada região possui. “Nossa intenção é ter a tecnologia disponível o quanto antes para oferecer em todos os mercados, de acordo com a infraestrutura e demanda de cada região. Mas também estamos trabalhando em outras tecnologias relacionadas à mobilidade que farão parte desse processo de mudanças em diversos países”.

 

Brasil

 

Durante o evento a vice-presidente também falou sobre pesquisas feitas no Brasil que não estão relacionadas à condução autônoma, mas fazem parte do futuro da mobilidade na região.

 

“Há quatro anos criamos um centro de desenvolvimento em São Paulo, em parceria com a USP, a Unicamp, o Ita e a Mauá, por meio de edital da Fiesp, focado no estudo do etanol e em como ele pode ser usado para ajudar a reduzir os níveis de emissões dos nossos carros”, disse Gohin.

 

O projeto faz parte dos estudos do grupo para atender as metas de eficiência energética e redução de emissões que são exigidas no País. “A primeira fase dos nossos estudos será concluída em outubro e trará informações para desenvolvermos tecnologias futuras que poderão ser usadas pelos nossos carros”.

 

Foto: Divulgação