AutoData - Setor automotivo sustenta produção de aço
Mercado
25/07/2018

Setor automotivo sustenta produção de aço

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Foto Jornalista  Bruno de Oliveira

Bruno de Oliveira

São Paulo – O desempenho da produção de veículos no primeiro semestre impulsionou as vendas de aço no País, até junho. O setor foi o segundo maior consumidor do insumo no período, de acordo com Marco Polo de Mello Lopes, presidente do Instituto Aço Brasil, que divulgou na quarta-feira, 25, o balanço semestral do setor siderúrgico.

 

De acordo com ele a participação da indústria automotiva no consumo aparente do insumo superou a fatia de 19,6% registrada em 2016, quando foi feita a última aferição: “Precisamos fechar os dados referentes ao ano passado. Mas, em função do setor automotivo ter sido o que apresentou crescimento importante no período, seguramente superou o de bens de capital”.

 

A produção de veículos em 2017 foi de 2,6 milhões de unidades, alta de 25,2% na comparação com 2016 e que foi alcançada muito em função das exportações. Assim, segundo o raciocínio do presidente da Aço Brasil, o setor conseguiu superar o de bens de consumo, que experimentou crescimento menor no período: 6% segundo dados do IBGE.

 

O setor de construção civil, maior consumidor do aço beneficiado aqui, de acordo com Mello Lopes, deve “seguir no posto, ainda que sua fatia tenha reduzido”. Os dados da produção de aço referentes ao ano passado e ao primeiro semestre serão divulgados em agosto.

 

Até junho as vendas internas de aço foram de 8,8 milhões de toneladas, o que representa alta de 9,9% na comparação com o mesmo semestre do ano passado. O consumo aparente foi de 10,1 milhões de toneladas, alta de 9,3%, sustentado pelo crescimento das vendas internas. A produção brasileira foi de 17,2 milhões de toneladas, volume 2,9% maior do que o registrado em 2017.

 

As empresas produtoras de aço projetam alguma desaceleração na produção e no consumo da matéria-prima em função das incertezas provocadas pelas eleições. O cenário fez com que as empresas revisassem as projeções para o ano: na produção redução do crescimento de 8,6% para 4,3%, e nas vendas de 6,6% para 5%.

 

Fonte: Divulgação.