São Paulo – Para a Pirelli uma parcela do mercado de motocicletas será, no futuro, movido a tecnologias elétricas. O desafio para as fabricantes de pneus é desenvolver produtos que atenda especificações exigidas pelas montadoras, com menor resistência à rolagem, segundo o engenheiro de desenvolvimento de pneus para motos da empresa, Samuel de Santana Barboza.
Ele apresentou a visão da companhia para o segmento na quinta-feira, 11, no Seminário Tecnomoto, em São Paulo – organizado pela própria Pirelli. “Para uma moto elétrica precisamos ter pneus que ofereçam a menor resistência possível ao rolamento, exigindo do veículo o menor esforço para mover seus pneus. Isso preserva a autonomia da bateria, que gastará menos energia para fazer esse trabalho”.
Os pneus verdes desenvolvidos para o segmento de quadro rodas poderiam ser uma alternativa, mas a Pirelli pode desenvolver um pneu que não é considerado verde, mas que ofereça baixa resistência à rolagem e atenda às exigências das fabricantes de motocicletas. Embora as motos elétricas ainda não sejam relevantes no mercado, a empresa já busca o conhecimento necessário para entrar no segmento.
“Há alguns anos fizemos um pneu conceito para um conceito de scooter elétrico da BMW”, explicou Barboza. “Naquele projeto conseguimos reduzir a resistência ao rolamento em 25% na comparação com um pneu convencional fornecido para scooters”.
Para atingir essa redução a empresa mudou a banda de rodagem, os materiais, os compostos e utilizou novos processos de produção. Caso o mercado requeira a produção desse tipo de pneu, a Pirelli poderá usar essa experiência para atender à demanda, segundo o engenheiro de pesquisa e desenvolvimento de motos José Vercesi. A partir dele, evoluirá os projetos para oferecer novos produtos que disponham de resistência à rolagem cada vez menor, mas sem perder as demais características necessárias.
Foto: Divulgação.
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