São Paulo – O portfólio da Volvo no Brasil passou a contar com mais uma versão de modelo semipesado: o VM City, versão mais enxuta da linha VM com a qual a empresa pretende, segundo Alcides Cavalcanti, seu diretor comercial de caminhões, aumentar participação no segmento de distribuição urbana.
O City é produzido em Curitiba, PR, e tem como principais diferenças dos outros da mesma linha a cabine sem leito, mais curta e também aplicada nos VM fora de estrada, como forma de reduzir seu tamanho pois, em tese, a aplicação urbana dispensaria a pernoite do motorista. E também o caixa de transmissão manual de seis marchas – na versão anterior do VM, lançada no ano passado, há também a possibilidade do câmbio automático I-shift.
Buscar mais oportunidades no segmento da distribuição urbana já era uma das pretensões da montadora com a linha 2020, lançada em abril do ano passado para preencher espaço deixado pelos Ford Cargo no mercado. O VM 270, de acordo com dados da Fenabrave, terminou 2019 como o quarto mais vendido na categoria, com 1,7 mil unidades emplacadas e fatia de 6,8% do mercado.
Na liderança no segmento, em 2019, estiveram o Volkswagen Constellation 24.280, com 3,7 mil unidades vendidas e 14,9% de mercado, o Mercedes-Benz Atego 1719, 2,2 mil unidades vendidas e 8,8% de mercado, e o Atego 2426, com 2,1 mil unidades vendidas e fatia de 8,6%.
Neste ano, até maio, as posições se mantiveram inalteradas na lista de mais emplacados dentro da categoria de semipesados, apenas com variações no tamanho das fatias: enquanto os líderes VW Constellation 24.280 e M-B Atego 1719 perderam espaço o Volvo VM 270 aumentou sua fatia para 8,7%.
Desta vez, diante das oportunidades observadas de forma mais intensa durante a pandemia e do aumento da movimentação de cargas nas cidades, a empresa decidiu, segundo Cavalcanti, adaptar o modelo à demanda: “Projetamos esse caminhão para atender tudo o que os transportadores com operações de tiro curto, dentro das cidades ou de distribuição regional, precisam. Mas sem abrir mão da robustez”.
O executivo concordou que o segmento é um daqueles sensíveis ao fator preço, mas evitou o pormenor a respeito de como isso pode ter influenciado no projeto do VM City, que traz reduções importantes a ponto de torná-lo mais atrativo na tabela. O fato é que o câmbio manual pode ser um indicativo nesse sentido, assim como o motor de 270 cv fornecido pela MWM.
O preço surgerido do veículo, que será vendido nas versões 4×2 e 6×2 e com PBT de 23 toneladas, segue, por ora, oculto por detrás do biombo corporativo. A versão acima da sua gama, a VM 220, tem preço na tabela Fipe estipulado em R$ 222,7 mil na versão 4×2.
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