São Paulo – A greve dos trabalhadores da Renault em São José dos Pinhais, PR, foi encerrada. A produção nas quatro fábricas – veículos, veículos comerciais, motores e fundição de alumínio – retorna na quarta-feira, 12, após mais de vinte dias de paralisação, desencadeada após o anúncio da demissão de 747 funcionários em 21 de julho, para o fechamento do terceiro turno.
Os trabalhadores aprovaram na tarde de terça-feira, 11, a proposta costurada em conjunto, empresa e sindicato, no fim de semana: os demitidos serão reincorporados e um PDV será aberto, com meta de 747 adesões. Ao fim do prazo do PDV a Renault pode entrar em lay off por até cinco meses – os trabalhadores reintegrados continuarão, neste primeiro momento, em casa, recebendo salários normalmente.
“Sempre estivemos abertos ao diálogo”, disse, em nota, o presidente da Renault do Brasil, Ricardo Gondo. “As bases do acordo coletivo aprovado respondem aos desafios de adequação de estrutura e de competitividade que a empresa já vinha buscando, com soluções como o PDV, flexibilidades, além de todos os aspectos de competitividade definidos até agosto de 2024.”
As demissões foram anuladas após decisão da Justiça do Trabalho do Paraná, na semana passada. A Renault recorreu e, em segunda instância, saiu vitoriosa. Com o acordo o sindicato comprometeu-se a não recorrer da decisão.
Na fábrica de São José dos Pinhais são produzidos Captur, Duster, Kwid, Logan, Master, Oroch, Sandero e Stepway.
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