São Paulo — A Volvo expandiu sua oferta de caminhões vocacionais no mercado brasileiro ao iniciar as vendas do modelo Light Mixer. Fabricado em Curitiba, PR, sobre o chassis do semipesado Volvo VM 270, tem aplicação no setor de construção e preço de entrada, desprovido dos itens opcionais, de R$ 385 mil.
Este é o segundo modelo vocacional que a empresa desenvolve para um mercado específico neste ano. Em junho iniciou as vendas do VM City, dedicado à distribuição urbana na esteira do aumento das vendas digitais em meio à pandemia.
No caso do VM Light Mixer a lógica é a mesma, mas com vistas às demandas da construção que, segundo os cálculos da companhia, baseados em índices e projeções do setor da construção civil, deverão crescer em 2021. De acordo com o diretor executivo Alcides Cavalcanti, "queremos ter uma oferta completa na linha de semipesados para atender todo tipo de necessidade. Este modelo preenche uma lacuna importante".
Neste segmento, o de semipesados, a empresa vem experimentando aumento de participação com o modelo VM e suas versões vocacionais. Segundo Cavalcanti o mercado nacional é formado por cerca de 6,5 mil veículos com algum tipo de implemento vocacional, sendo que caminhões Volvo corresponderiam a 23% deste total. De janeiro a agosto o market share aumentou 6,5 pontos porcentuais.
No caso do VM Light Mixer o implemento, uma betoneira para transporte de concreto, é fornecido pela Liebeherr. A empresa o desenvolveu especificamente para o modelo seguindo projeto que tratou, principalmente, de criar um equipamento leve com maior capacidade de armazenamento: o VM apresentado na quarta-feira, 14, é 900 quilos mais leve do que o VM 8×4 tradicional.
Ser leve, inclusive, é uma das principais características do modelo vocacional VM apresentado pela Volvo. A estratégia de ter opções mais compactas está ligada ao fator custo, que costuma definir negócios dentro de um segmento dominado por modelos espartanos em termos tecnológicos e de conforto. Soma-se à equação leveza-preço a aplicação de câmbio manual de 9 marchas, recurso que torna viável um preço menor para o veículo do que se, no caso, o VM Light Mixer tivesse acoplado ao seu powertrain MWM de 270 cv a caixa automatizada i-Shift.
A equipe de engenheiros da fábrica de Curitiba também inseriu como novidade o quarto eixo direcional para melhorar a movimentação em terrenos reduzidos. As molas traseiras são do tipo parabólica, mais leves do que os tradicionais feixes de molas. As rodas foram construídas em alumínio para receber pneus do tipo 275/80 R22,5.
A linha VM de semipesados ocupou a quarta posição dos caminhões mais vendidos dentro da categoria com o modelo 270. Dados da Fenabrave em setembro mostraram 1,3 mil unidades emplacadas. Lideraram as vendas o Volkswagen 24.280 e os Mercedes-Benz Atego 2426 e Atego 1719.
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