São Paulo — As quinze empresas associadas à Abeifa, entidade que representa os importadores de veículos, somaram 1,8 mil unidades vendidas em fevereiro, queda de 30% na comparação com o mesmo mês de 2020. Ante janeiro a queda foi de 8,3% e, no acumulado do bimestre, o recuo foi de 24,1%, com 3,9 mil licenciamentos.
O presidente João Oliveira disse que a retração é reflexo da falta de produtos na rede de concessionárias: "Tanto na importação como na produção nacional de nossas associadas o principal motivo da queda abrupta das vendas, em fevereiro, foi a falta de produto. A cadeia global de suprimentos teve, e ainda tem, dificuldades em abastecer as nossas fábricas aqui e nas matrizes".
De acordo com o executivo as dificuldades da cadeia de fornecimento agravaram o desempenho do setor, gerando impacto até maior do que os da pandemia da covid-19 e da alta do câmbio. A curto prazo a entidade ligou o sinal de alerta com relação aos riscos da pandemia: "Temos um cenário de incertezas no mercado interno de autoveículos, cuja consequência pode afetar ainda mais a já bastante pressionada rede autorizada de concessionárias das empresas associadas à nossa entidade”.
Os licenciamentos de veículos produzidos no Brasil por BMW, Caoa Chery, Land Rover e Suzuki somaram 2,4 mil unidades, volume 16,9% menor do que o registrado em igual período do ano passado. Na comparação com janeiro a retração foi de 16,7%.
Mesmo com os resultados negativos do setor a Land Rover tem motivos para comemorar: superou a Volvo e assumiu a liderança do ranking de vendas em fevereiro com 416 unidades. A Volvo ficou em segundo lugar, com 385 licenciamentos e em terceiro lugar aparece a Kia, com 330.
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