São Paulo – O SUV Haval H6 fará a estreia da tecnologia híbrida da GWM, Great Wall Motor, nomeada como DHT, que significa tecnologia híbrida dedicada. Embora seja um carro já conhecido a versão importada para o Brasil e que chegará ainda este ano será reestilizada e terá trem de força que ainda não foi lançado.
Chefe comercial da montadora no Brasil Oswaldo Ramos afirmou, durante entrevista coletiva de imprensa online para divulgar o sistema, que “seremos o primeiro mercado global a lançar a versão top de linha dessa tecnologia DHT no veículo”.
Ele apontou que a principal diferença está no fato de que, enquanto em um veículo híbrido convencional o motor elétrico entra em ação em situações específicas, como em baixa velocidade, no DHT essa equação se inverte: a motorização elétrica é a protagonista e o motor à combustão serve de apoio quando necessário.
Da mesma forma que em alguns sistemas híbridos disponíveis no mercado o motor a combustão pode ser usado como gerador, para recarregar a bateria.
A ideia é que o proprietário do carro tenha uma condução elétrica real, mas com velocidade máxima que poderá chegar a 140 km/h na versão híbrida plug in, a mesma que promete autonomia de até 200 quilômetros, o que é expressivo se comparado à média dos híbridos.
Assim a proposta da GWM é a de um carro potente, que acelera de zero a 100 km/h em até 4,8 segundos, e com baixo consumo de combustível.
Segundo o diretor de planejamento de produto da GWM no Brasil, Guilherme Teles, no mercado há modelos com baterias menores que proporcionam autonomia de 40 a 80 quilômetros no modo elétrico:
“Na GMW acreditamos que a experiência do modo elétrico deva ser superior, pois se você mora nas grandes cidades, mas fora do Centro, o objetivo é que dê para ir e voltar do trabalho somente no sistema elétrico. Assim como fazer pequenas viagens. E essa capacidade maior das baterias propicia autonomia estendida que chega a 200 quilômetros”.
Como funciona – A tecnologia consiste em um motor 1.5 turbo, um par de engrenagens fixas que conectam o motor a combustão às rodas e uma dupla motorização elétrica, que na GWM é chamada de dual motor, que transmite o movimento diretamente para as rodas, recarrega a bateria e auxilia o motor a combustão em situações em que haja alta demanda de torque.
O câmbio também traz novidades, pois é composto por apenas duas engrenagens, uma para altas e outra para médias velocidades. Para as baixas velocidades o sistema opta pela motorização elétrica. Os veículos terão três versões: híbrido convencional, híbrido plug in e híbrido plug in com um motor extra no eixo traseiro.
Com relação à escolha do modelo de condução Teles observou que o sistema faz tudo sozinho: “Ele é inteligente para escolher a melhor condição de potência, torque e baixo consumo de combustível. Ele só entra com os dois motores em potência máxima se você pisar no acelerador. Na versão plug in é possível selecionar no sistema multimídia o modo de condução 100% elétrico”.
A recarga para esses modelos atinge de 10% a 80%, a depender da potência do carregador, em 29 minutos.
A GWM vai trazer o primeiro lote de cem carregadores para distribuir pelo País. E está desenvolvendo parceria para carregadores de carga rápida com shopping centers e postos de combustível. De acordo com Ramos “a ideia não é só o carro mas, sim, o ecossistema inteiro, da placa voltaica ao wall box, do carro ao carregador simples doméstico que cumpre a função do dia a dia”.