São Paulo — A Empresas Randon tem como meta reduzir 40% das suas emissões de GEE, gases de efeito estufa, até 2030, emitindo 18,6 mil toneladas a menos. Para isso a empresa investirá R$ 100 milhões em energias renováveis nesse período, após mapear que para atingir suas metas precisa aumentar em 50% o uso de energia limpa. O projeto foi apresentado na segunda-feira, 27, durante evento online para debater a agenda ESG da companhia.
Faz parte do projeto de energias renováveis a instalação de usina solar no CTR, Centro Tecnológico Randon, em Caixas do Sul, RS, que representará R$ 7,2 milhões do total investido. A usina começará a operar em janeiro de 2023 e gerará toda a energia utilizada na unidade. Ainda sobrará 30% da energia gerada que será dedicada a área de expedição da Randon Implementos.
Uma segunda usina solar será instalada na fábrica da Fras-le, na China, que ocupará o telhado dos cinco prédios que a unidade possui. Essa usina será responsável por gerar 20% da energia usada e trará ganhos competitivos por ser menos poluente, pois em algumas épocas do ano as fábricas chinesas emitem muita poluição a partir da energia produzida com a queima de carvão e precisam reduzir ou paralisar o trabalho.
Ainda na parte de emissões a empresa tem outras metas, caso da redução de 65% no consumo de diesel usado em alguns geradores e em veículos de transporte interno. Adotar empilhadeiras elétricas também faz parte dos planos para reduzir em 30% o consumo de gás natural usado em algumas partes das operações.
Sérgio Carvalho, CEO da Empresas Randon, disse que o valor investido até 2030 dentro da agenda ESG da companhia será muito maior: “Temos outras áreas para avançar que também receberão investimentos nesse período”.
Uma das áreas citadas por Carvalho é a de descarte de resíduos para aterros, que tem como meta zerar esse processo até 2025, fazendo com que todos os restos de materiais descartados retornem e sejam usados como matéria-prima. Reciclar a areia utilizada e descartada do processo de fundição é outro desafio e a Randon já tem parceria para avançar nessa área.
Reutilizar 100% dos efluentes também está nos planos até 2025, pois hoje a companhia faz todo o tratamento, mas ainda não reusa tudo, assim como avançar na captação de água da chuva para utilizar nas áreas que não requerem água potável.
Desafios ligados aos colaboradores também estão no radar até 2030 e fazem parte da agenda ESG. Nessa área a Randon espera zerar os acidentes graves em suas operações a partir de algumas ações como a cultura da segurança no trabalho, ideia trabalhada internamente, definição de projetos e investimentos que tornam a operação mais segura, automação de processos, uso de AGVs para o transporte interno de componentes.
Avanços em 2021 — Ao trabalhar seus compromissos com a agenda ESG com maior força desde 2021, quando lançou o projeto Rota Verde, a Randon registrou alguns avanços significativos na comparação com 2020: redução de 16% no consumo de energia, 77% dos resíduos recuperados, 2,1 toneladas de materiais recuperados com logística reversa e reuso de 50% da água que seria descartada.