Brasília, DF – A AGCO, dona das marcas Fendt, Massey Ferguson e Valtra, de máquinas e equipamentos para o setor agrícola, está otimista com a demanda do mercado em 2022. A expectativa de Rodrigo Junqueira, gerente geral no Brasil, é de aumento de 5% a 6% no mercado total este ano, com a companhia crescendo em ritmo mais acelerado.
“Usamos como base as 61 mil unidades vendidas no ano passado”, disse o executivo. “Como AGCO queremos crescer acima do mercado, mas não chegaremos a dois dígitos de expansão”.
Junqueira afirmou que a AGCO fez um trabalho de estruturação com seus fornecedores e com a rede de concessionárias para apoiar as demandas do mercado brasileiro. Ainda este ano a empresa também avançará no uso de energia elétrica derivada de fontes mais limpas em seus negócios no Brasil, comprando no mercado 100% de energia gerada por fontes como eólica e solar.
Segundo o executivo as principais dificuldades até dezembro envolvem fatores que a companhia não consegue controlar, caso de algum lockdown na China, ainda por causa da covid-19, e a guerra na Ucrânia, duas situações que já exerceram impacto e podem dificultar ainda mais os negócios.
A operação no Brasil representou cerca de 11% do faturamento global da companhia em 2021, que somou US$ 11,1 bilhões, com expectativa de chegar a US$ 12,5 bilhões em 2022. O Brasil deverá manter a sua representatividade.
O CEO global da AGCO, Eric Hansotia, veio ao Brasil para anunciar investimentos e revelou parte dos planos para América do Sul nos próximos anos: “Queremos avançar com a Fendt, ampliar seu mercado por aqui, que hoje é mais forte na Europa”.
Ampliar os serviços de pós- vendas e a disponibilidade de peças também fazem parte dos planos, como forma de se aproximar ainda mais dos agricultores.
Hansotia disse que a empresa quer ser líder em novas soluções para o agronegócio, pretendendo ser a número 1 na mente dos produtores quando o assunto é inovação. Para isso, junto com novas tecnologias, a empresa também trabalhará em uma espécie de retrofit de máquinas, que permitirá modernizar os equipamentos que os agricultores já possuem.
Descarbonização dos seus produtos e operações na região também estão no radar, assim como melhorar as condições de trabalho de seus funcionários.