São Paulo — Uma das pautas mais importantes para a Randon na agenda ESG é o uso de fontes renováveis para a geração de energia no futuro. Uma das apostas está no segmento de placas fotovoltaicas, no qual a companhia tem interesse em verticalizar a operação. O cenário atual é de entender esse mercado, suas demandas e custos para avaliar até que ponto pode ser interessante.
“Ampliaremos o uso de energia fotovoltaica em nossas fábricas nos próximos anos, em grande escala, ocupando 31 unidades Randon. Pode começar a fazer sentido sob o nosso olhar a verticalização e integração de sistemas”, disse Anderson Pontalti, diretor superintendente da Fras-le e responsável corporativo pela área de saúde, segurança e meio ambiente da Empresas Randon.
Este ano a empresa instalará duas usinas fotovoltaicas em suas operações, uma no CTR, Centro Tecnológico Randon, e outra na China, na fábrica da Fras-le. Nesse primeiro momento a solução será comprada de um fornecedor, que também será o responsável pela instalação e pela manutenção dos equipamentos.
Nos planos internos da Randon o segundo passo, daqui a alguns anos, será comprar apenas as placas fotovoltaicas, com sua divisão de tecnologia dominando o conhecimento necessário para instalação, monitoramento e manutenção das usinas solares.
O terceiro passo, depois de adquirir todo o conhecimento necessário sobre o negócio, será decidir até que ponto vale entrar nesse mercado, verticalizando todo o negócio, desde a produção das placas e a sua instalação. Outra opção será a criação de uma unidade de negócios para fornecer a solução para outras empresas, caso ela comece a ser produzida pela Randon.
A Randon também avalia o uso de novos materias na produção de placas fotovoltaicas, caso das nano particulas de nióbio, tecnologia desenvolvida no Brasil da qual a empresa possui patente global. Esse componente, segundo Pontalti, poderia potencializar as placas fotovoltaicas no futuro:
“É possível tornar os produtos mais resistentes e duráveis com esse componente. Queremos, então, entender como podemos aplicar isso nas placas fotovoltaicas. Queremos nos diferenciar no mercado com essa tecnologia e oferecer placas melhores do que as atuais”.