São Paulo – Cummins, FPT e MWM, fabricantes independentes de motores, estão otimistas com 2023. Marco Rangel, presidente da FPT no Brasil, Antônio Almeida, diretor de vendas automóveis da Cummins, e Thomas Puschel, diretor de vendas e marketing da MWM, participaram de painel no terceiro dia do Congresso AutoData Perspectivas 2023 e disseram acreditar ser possível expandir seus negócios no Brasil na comparação com 2022, mesmo com a possível retração de alguns segmentos.
O presidente da FPT disse que um ajuste para baixo da produção de caminhões e ônibus é normal quando chega uma nova tecnologia de motorização, caso do Euro 6. Ele estima queda de 5% a 10% na produção de caminhões, o que não deverá afetar o crescimento da companhia: “Compensaremos avançando em outros segmentos, caso do agronegócio, no qual a FPT tem forte participação, equipando um a cada três tratores e uma a cada duas colheitadeiras que operam no País. A expectativa é de aumento da produção de grãos”.
A MWM de Puschel tem expectativa parecida à da FPT para a produção de caminhões em 2023, queda de 9% a 10%, e também pretende compensar esse recuo aumentando o faturamento em segmentos que estão aquecidos: “Pretendemos avançar com os negócios de geradores e torres de iluminação, junto com o fornecimento de motores para outros segmentos. O crescimento das exportações também faz parte dos planos”.
A Cummins é a fabricante que possui projeção diferente para o segmento de caminhões: mesmo entendendo que existe a possibilidade de retração na sua produção, aposta em crescimento para 2023 ante 2022, puxado por uma demanda reprimida que não será totalmente atendida até dezembro.
Antônio Almeida também citou outros segmentos que deverão ajudar na expansão dos negócios no ano que vem: “Para o segmento de máquinas de construção nossa projeção é de crescimento de 17%, mercado em que uma de cada duas retroescavadeiras usa motor Cummins”.
N.E: A Cummins entrou em contato com a Agência AutoData para buscar esclarecer o que foi dito pelo seu executivo no painel: a empresa também acredita em uma possível retração para a produção de caminhões, alinhada com as expectativas do mercado, mas projeta crescimento para os seus negócios em 2023, puxado pela forte presença no segmento de construção civil e das exportações.