São Paulo – O primeiro mês de 2023 registrou 141,8 mil emplacamentos de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus, volume 12,1% superior às 126,5 mil unidades de janeiro do ano passado, segundo dados preliminares do Renavam obtidos pela Agência AutoData. A alta de dois dígitos, de acordo com pessoas ligadas ao varejo, é sobre uma base baixa e o resultado ficou aquém das expectativas.
Em 2021, por exemplo, já sob efeito da pandemia de covid-19, janeiro registrou 171,1 mil emplacamentos. Em 2020, no pré-pandemia, as vendas somaram 193,5 mil unidades.
Na comparação com dezembro, que registrou 216,9 mil emplacamentos, a queda foi de 34,6%.
“A situação é preocupante”, relatou uma fonte à reportagem. “O preço do estoque dos usados está caindo e as concessionárias não estão conseguindo fazer girar, porque o cliente desapareceu.”
O resultado de vendas do mês ainda foi turbinado pelo bom desempenho do último dia, como é usual, quando muitos emplacamentos de locadoras são feitos. Segundo a fonte foram mais de 12 mil unidades licenciadas na terça-feira, 31.
A Anfavea divulgou projeção de alta de 3% do mercado doméstico e espera um crescimento forte no primeiro trimestre, quando as vendas se compararão a um período de mau desempenho, pois nos primeiros três meses de 2022 a crise dos semicondutores atingiu em cheio a produção nacional e fez desaparecer muitos modelos das concessionárias.
A entidade divulga e comenta os dados de produção, vendas e exportações na terça-feira, 7, com cobertura completa da Agência AutoData.