São Paulo – As vendas de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus somaram 189,5 mil unidades em junho, mês marcado pelo programa de descontos do governo para a compra de veículos. Os dados são preliminares do Renavam e representam crescimento de 6,4% sobre as 178,1 mil unidades de junho passado e de 7,4% sobre as 176,5 mil de maio.
O resultado coloca junho como o segundo melhor mês em vendas do ano. Não conseguiu superar março, que registrou 199 mil emplacamentos.
No primeiro semestre foram registrados 998,5 mil licenciamentos, 8,8% acima das 918 mil unidades comercializadas de janeiro a junho do ano passado. O volume registrado, porém, ficou 7% abaixo da 1 milhão 75 mil unidades do mesmo período de 2021.
No fim da tarde da sexta-feira, 30, o governo publicou a Medida Provisória 1 178, que ampliou em R$ 300 milhões os recursos para os automóveis e comerciais leves de até R$ 120 mil e uma portaria que liberava a venda às pessoas jurídicas. No total foram destinados R$ 1,8 bilhão, dos quais R$ 800 mil para veículos leves e R$ 1 bilhão para caminhões e ônibus, com a contrapartida de entregar um modelo de mais de vinte anos para reciclagem.
Somente na sexta-feira, 30, foram emplacados mais de 27 mil veículos, já com algumas unidades compradas por locadoras com o desconto – embora a MP não tivesse sido publicada o anúncio já era oficial e estava em vigência.
De acordo com o MDIC, Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, já foram liberados R$ 950 milhões, pouco mais da metade do valor empenhado para o programa. Para os leves a quantia foi de R$ 710 milhões, dos quais R$ 560 milhões serão devolvidos como crédito tributário para as montadoras e R$ 150 milhões representam os impostos federais do processo. Restam, portanto, cerca de R$ 90 milhões.
A Stellantis solicitou R$ 300 milhões do valor total. A Volkswagen pegou R$ 100 milhões, Hyundai e Renault R$ 60 milhões cada, a GM R$ 30 milhões, Nissan R$ 20 milhões e Honda e Toyota R$ 10 milhões cada.
Dos pesados foram solicitados R$ 240 milhões, sendo R$ 140 milhões para veículos de passageiros e R$ 100 milhões para caminhões.