Nova geração do sedã ganhou desenho exclusivo para a dianteira e novas versões nas duas pontas do portfólio
Buenos Aires, Argentina – O Volkswagen Virtus cresceu. Tanto em porte, com seus agora 4 m 561 mm de comprimento e 2 m 651 mm de entreeixos, como em alcance de mercado, buscando consumidores de faixas mais baixas e mais elevadas de preços. Redesenhado, ganhou identidade própria na dianteira e passou a não ter a mesma cara do Polo, seu parceiro de plataforma, e mesmo tendo mais itens de série passou a oferecer em seu portfólio versões mais baratas.
Com a transferência de parte da produção do Polo para Taubaté, SP, de onde também sai o Polo Track, novo modelo de entrada VW, abriu-se espaço para turbinar a produção do Virtus em São Bernardo do Campo, SP, segundo o COO Ciro Possobom: “Teremos mais disponibilidade do Virtus e esperamos que ele ganhe mais espaço no mercado”.
Ele admite que o novo portfólio, que parte de R$ 103 mil 990 na versão 170 TSI com transmissão manual, tem como objetivo manter uma opção ao frotista que ficou órfão do Voyage, que saiu de linha junto com o Gol: “É um carro maior, mais seguro e mais tecnológico, com um preço que consideramos atrativo para o frotista. E eles estão nos procurando: já temos interessados”.
A linha 2023 do Virtus, redesenhada, chega ao mercado em março. São quatro versões: além da de entrada há opção com o mesmo propulsor 1.0 turbo de 116 cv e transmissão automática, por R$ 112 mil 990, a Comfortline, por R$ 121 mil 990, e a Highline, R$ 130 mil 30, com o motor 1.0 turbo de 128 cv, e a inédita topo de linha Exclusive, por R$ 144 mil 990, que traz o 1.4 turbo e alcança 150 cv.
Esta inédita Exclusive tem a ambição de concorrer com modelos de uma categoria superior e vem bem recheada de itens de conforto e segurança, mas só chega ao mercado depois – segundo a companhia ainda no primeiro semestre. As intermediárias mantiveram o preço da geração anterior oferecendo mais conteúdo, de acordo com a VW.
De série – Para disputar mercado com seus principais concorrentes, que a VW julga ser os Chevrolet Onix Plus e Hyundai HB20S, o Virtus passou a oferecer, de série, itens como faróis e lanternas em LED, painel de instrumentos digital, assistente de rampa e seis airbags. As versões com transmissão automática ainda trazem ACC e frenagem autônoma de emergência.
O três volumes tem um desenho dianteiro totalmente novo, com capô de perfil mais alto e para-choque mais sofisticado, diferenciando a frente do Virtus da do Polo, que eram iguais na geração anterior. A traseira traz o nome do modelo centralizado com o novo logo VW.
O carro cresceu 69 mm, de acordo com a companhia, e tem como diferencial o amplo porta-malas, de 521 litros – um argumento de compra para o público do sedã.
No ano passado, de janeiro a dezembro, foram licenciadas 5,7 mil unidades do Virtus, volume bem inferior ao de seus principais concorrentes. Possobom não revelou sua expectativa de venda mas admitiu que com uma fábrica com mais fôlego para produzir e menos problemas com semicondutores a intenção “é crescer bastante”.